RENDAS E BORDADOS

A arte repousa sobre a mesa e a autora está ali mesmo. A renda foi tecida de modo quase despretensioso, o manejar paciente dos bilros na almofada, a troca dos alfinetes sobre o cartão. Para a rendeira, o sentimento prazeroso de apreciar a peça começa ao imaginá-la e flui naturalmente no desenvolvimento de sua confecção. Uma cena comum, na…
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CIDADE HORIZONTAL

Mossoró, uma cidade horizontal, começou há pouco a viver a realidade das grandes construções elevadas, os espigões. Eles são relativamente recentes e conquanto já tenham mudado consideravelmente a paisagem urbana, a grande maioria da população ainda vive como vivia antes, em casas com terreiros e quintais. No início da década de 60 o máximo que se…
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NÃO ERA APENAS ZONA

A área geográfica de concentração de bordéis e similares, incluindo bares, boites, dancings, que existia em todas as cidades como reduto isolado, em que só ia quem tinha negócio, onde ninguém passava por acaso, era conhecida por uma profusão de nomes diferentes, dos clássicos, usados em todas as partes do país, aos regionais que às vezes precisavam…
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ARTE E POESIA DE PALHA

O chapéu de palha era para a população nordestina, nos campos e periferias das cidades, equipamento de proteção contra o sol causticante, no trabalho, mas também hábito em qualquer ocasião, sinal de dignidade que só descobria a cabeça para reverenciar o que era maior e maior era o que sintetizava sua fé. O chapéu de couro era mais próprio do…
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RETRATISTAS DO MONÓCULO

Do final dos anos 50 até meados da década de 1970, uma pecinha em forma de cone truncado e feita de um tipo de plástico, o poliestireno, virou uma espécie de moda popular. A extremidade alargada do cone, quase retangular, era fechada por uma tampa de material banco e translúcido e uma fotografia semitransparente, em filme positivo (nas fotos…
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ROCAS-QUINTAS (02)

Continuemos o passeio iniciado em texto anterior, seguindo por aquela que por muitos anos foi a mais conhecida linha de ônibus urbanos na capital do Rio Grande do Norte: a Rocas-Quintas. No corredor de Rua Mário Negócio sucediam-se os marcadores que orientavam a mobilização no bairro das Quintas. Ultrapassada a linha férrea, na Guarita, começava o…
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ROCAS-QUINTAS

Na cidade do Natal do final dos anos 60, quando a ida à Redinha ou Ponta Negra era uma viagem a ser feita nos veraneios ou, no máximo, em finais de semana e o ponto mais avançado a Oeste, a Cidade da Esperança, era separado do centro urbano por uma extensa área de sítios que começavam no Alecrim, o principal corredor viário do transporte coletivo…
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A RIFA DA REDE

Em 13 de junho de 1963 o Brasil tinha na Presidência da República o gaúcho João Goulart, que agitava o país com o discurso das reformas de base. John Kennedy era Presidente dos Estados Unidos. A guerra fria estava cada vez mais quente. Em compensação, o Brasil ensaiava sua contribuição para uma outra revolução mundial, a da música, no balanço…
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VAI DE JEEP

Jeep era denominação particular para um tipo de veículo fabricado pela Willys Overland, concebido para rodar em terrenos difíceis. Aliás, muito difíceis, pois nasceu de necessidades do exército norte-americano durante a guerra. O Governo dos Estados Unidos lançou o desafio e as montadoras do país concorreram com seus protótipos. O modelo da Willys…
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O GRANDE PALANQUE

Nas disputas eleitorais no Brasil, as ruas eram o cenário natural. Passeatas, carreatas e comícios. Líderes buscando influenciar a decisão do eleitor. Os comícios-relâmpagos, nos bairros, no meio de semana e as grandes concentrações, no final, multidões deslocando-se como ondas humanas, em carros, caminhões, bicicletas ou a pé, para praças ou…
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