Uma ode à esperança

O sonho deu lugar ao pesadelo. A música cedeu ao grito. A fala foi substituída pelo choro. O sorriso foi vencido pela preocupação. A angústia tomou o lugar da alegria. O otimismo foi suplantado pelo medo. Agora, o encontro é remoto. O trabalho é tele. As reuniões, virtuais.  O toque não é mais na pele. O teclado usucapiu o lugar do rosto. Não está fácil para a grande maioria.  Que os de bom coração não percam a fé. É preciso resistir. Que nossa esperança seja fortalecida. E que permaneça o amor a nos alimentar. Que o AMOR seja amado.

 

 

NÃO É DE HOJE

Com a devida vênia e todo respeito que tenho pelo Ministério Público, mas o parquet tem sido de uma infelicidade tremenda ao propor ação para que o Estado obrigue o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas. A virar realidade, a proposta do MP será mais um elemento a tornar ainda mais grave a pandemia que já é catastrófica.

 

NÃO É DE HOJE II

O MP justifica que uma série de questões que acometem crianças e adolescentes nesses tempos é sinal da ausência da escola. Caros promotores, a escola tem conseguido  contribuir para minimizar e até acabar com muitos dos problemas que a vulnerabilidade social que afeta grande parte dos estudantes das instituições públicas de ensino provocam. Mesmo quando não recebe apoio de algumas instituições que, no afã de agradar plateias, a coloca na arena das críticas infundadas.

 

NÃO É DE HOJE III

Não é de hoje que crianças sofrem maus-tratos, se evadem, são exploradas. Há muito tempo a escola denuncia questões como essa. Mas lamento dizer-lhes: não é a ausência da escola física que origina a evasão. Ela existe mesmo com as escolas abertas. E é elevadíssima. A ausência de educação agudiza esses problemas. Mas a despeito das dificuldades enormes também pra professores, o ensino está sendo oferecido. É o possível nesse momento. O necessário para se preservar a vida. O problema é outro e vossas senhorias deveriam saber. Se a falta de um celular e de internet inviabiliza que alguns se ausentem, o que dizer dos que se ausentam mesmo os tendo?

 

DIREITO X DIREITO

Educação, não se discute, é direito fundamental. A vida, no entanto, é o mais importante de todos os demais direitos porque garante inclusive, o direito à educação. Negligenciar com a vida é crime.

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