Pra que serve o jornalismo?

*Por Márcio Alexandre

A resposta à pergunta parece óbvia: informar. Mas não é apenas isso. Não basta apenas informar, mas bem informar. Ainda não é possível, com isso, esgotar o importante e imprescindível papel do jornalismo, seja ela impresso, televisivo, radiofônico ou em plataformas digitais. Mesmo assim, foquemos nessa grande missão. 

Os que dela se ocupam devem ter em mente que estão sob uma grande responsabilidade. Isso porque a função social do jornalista está intrinsecamente ligada à questão da cidadania. “O jornalista não pode esquecer seu papel e sua importância, peças fundamentais em termos de construção da cidadania, uma vez que é responsável pela transmissão de informações e a ideia de cidadania está subordinada à informação. (LOPES, PROENÇA, 2003, p. 133). Essas linhas iniciais são postas para que passemos a analisar um fato recém-ocorrido em Mossoró: a demissão de duas estagiárias que trabalhavam no Serviço Social da Indústria (Sesi) no processo de aplicação de vacinas e que perderam o emprego após dois blogueiros (um de Mossoró e outro de Natal) terem erroneamente, divulgado que elas teriam participado de manifesto feito contra o genocida Bolsonaro por duas artistas que acabavam de ter sido vacinadas.

Embora não saibamos se tais blogueiros são jornalistas (profissionais, provisionados ou diplomados), o certo é que ao manter blogues se reportando a fatos diários da vida das pessoas e se colocando como alguém que transite a notícia, se postam na condição de.

Parece-nos que, lamentavelmente, ambos querem para si apenas o bônus de estar nessa condição: escrever sobre o que quiser, contra quem quiser, do jeito que quiser, sem ao menos se dignar a fazer algo mínimo para quem lida com a informação: a checagem dos fatos.

Se agiram apenas com desídia, sem se preocupar em tratar o fato com o cuidado que merece, precisam refletir sobre oque acham que estão fazendo. O jornalismo não pode estar sendo praticado por quem tem tanta preguiça.

Se por outro lado, divulgaram de forma errada por ato de vontade, deliberadamente, querendo agradar a outrem, fustigando vinganças, estimulando reações raivosas, buscando auferir ganhos que não sejam aqueles legitimamente definidos pela lei, tratam-se, portanto, de rufiões. Nesse caso, o jornalismo não pode estar sendo praticado por gente tão calhorda, ignóbil e criminosa. É preciso que haja freio para inibir a atuação de tipos tão inescrupulosos.

MÚSICA DE QUALIDADE

O talentoso artista Val Costa se apresenta logo mais a partir das 20h, em Chico´s Bar (avenida Santa Luzia, no bairro Santa Delmira, em Mossoró). Show de voz e violão da melhor qualidade.

MORTES E DESUMANIDADE

As redes sociais viraram um verdadeiro obituário. Não há dia ou ora em que não vejamos publicações de gente lamentando a morte de amigos e familiares em consequência da covid. É nesse contexto que o presidente quer acabar com o uso de máscara. Mais desumano impossível.

VACINAÇÃO EM ALTA

A Revista Veja informa que o Rio Grande do Norte é a unidade da federação que tem o maior índice de aplicação de vacinas contra a covid. Segundo a publicação, o RN aplicou 93,15% das doses recebidas do Ministério da Saúde até agora. Palmas para a governadora Fatima Bezerra (PT) e para os prefeitos que levam a vacinação a sério.

MENTIRA CRIMINOSA

Integrantes da tropa de defesa do presidente B9lsonaro na CPI da Pandemia, os senadores Eduardo Girão (PODEMOS/CE), Marcos Rogério (DEM/RO) e Luís Carlos Heinze (PP/RS) não podem ser chamados apenas de negacionistas. São mentirosos contumazes ao defender a narrativa governista de eficácia da cloroquina contra a covid. Como disse Natália Pasternak, trata-se de uma mentira que mata.

MUDAR NARRATIVA

Aliás, após a exposição feita hoje na CPI pela microbiologista Natália Pasternak sobre o assunto, se eles ainda insistirem nessa cantilena criminosa, é porque além de mentirosos, são cínicos, vis e não tem qualquer apreço à vida dos brasileiros. De forma declarada.

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