O autoritarismo cínico e perverso de Artur Lira
*Por Márcio Alexandre
O presidente da Câmara Federal, deputado Artur Lira (PP/AL) está agindo, segundo denúncias de deputados de oposição e minorias, de forma autoritária ao propor, em regime de urgência, a votação de projeto de lei que diminui o tempo de fala dos parlamentares nos debates nas sessões daquela Casa.
Para Lira, as mudanças no regimento vão melhorar os debates. Mais cinismo que isso´, impossível. Como é que se melhora debate tolhendo a participação dos debatedores? Reduzir tempo de fala nada mais é que prejudicar as minorias presentes no parlamento. É improvável que haja algo mais autoritário que isso.
Arthur Lira, é bom que se registre, chegou à presidência da Câmara apoiado por Bolsonaro. É também um dos deputados mais agraciados com emendas no esquema de desvio de verba criado pelo presidente para a compra de apoio parlamentar.
Além disso, repousa sobre mais de 100 pedidos de impeachment do genocida. Lira quer calar a voz de quem tem coragem de denunciar os desmandos do governo criminoso instalado no Palácio Central.
Lira age com a força de um trator para blindar o governo Bolsonaro para que não sejam levados à Câmara Federal questionamentos sobre o escândalo do desvio de verbas para comprar deputados. Ao encampar esse projeto, Lira atua como alguém que se vendeu. Só isso explica o seu desejo de limitar os debates na Câmara Federal. É um autoritarismo cínico. E um cinismo autoritário.
COMPRA E NÃO RECEBE?
Ministro das Comunicações, o potiguar Fábio Faria (PSD) anuncia em suas redes sociais, a compra de milhões de doses de vacina contra a covid. A cada postagem de Faria, são pelo menos 100 milhões. O detalhe é que ninguém sabe onde estão essas vacinas. As que tem chegado aos Estados são a conta-gotas.
CPI DA PANDEMIA
A CPI da Pandemia é uma oportunidade para verificarmos a qualidade de senadores preparados, como Rogério Carvalho (PT/SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
FÁBIO WAJNGARTEN
O ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, mentiu durante quase todo o seu depoimento à CPI da Pandemia. Frio, cínico e mentiroso. Infelizmente, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD/AM) amarelou, não teve coragem de cumprir com uma de suas atribuições e negou pedir a prisão de Wajngarten.