Uma pesquisa, várias perguntas
Pegou mal, muito mal mesmo, a decisão da direção da Super TV de não divulgar a sua pesquisa sobre a disputa pela prefeitura de Mossoró. A emissora havia prometido revelar os números na segunda-feira, 2/11. No domingo pela manhã, ocorreu um episódio que aponta para a possibilidade de vazamento dos dados. Logo cedo, começaram a circular os números em grupos de whatsapp. A direção da TV lançou uma nota informando que seu site havia sido invadido por hackers. Os invasores, segundo a nota, teriam apostado no mencionado portal “dados de suposta pesquisa”. Até aí, a história não oferece dúvidas. É muito comum que isso aconteça. O estranho mesmo foi a direção da Super TV anunciar, na segunda-feira, numa nota insossa e pouco crível, que não divulgaria os números em respeito ao telespectador. Em nenhum momento, justificou que a não publicação estaria ligado ao fato de o site ter sido invadido. Para a maioria das pessoas, só havia uma forma de a Super TV afastar qualquer suspeita sobre a pesquisa e a veracidade da informação sobre a suposta invasão: divulgar os números do levantamento do Instituto Sensatus, feito para ser divulgado pela emissora. A não divulgação lançou uma série de questionamentos: os dados divulgados eram realmente os que haviam sido postos no site da emissora? Houve invasão do site ou vazamento da pesquisa? O suposto vazamento teria a intenção de fazer coim que a divulgação ocorresse? Informações obtidas pelo Portal do RN dão conta de que a emissora estaria sofrendo pressão para não divulgar os números. Isso procede? Caso seja verdade, de quem seria a pressão? Para o leitor fazer a sua avaliação, lembramos que os dados (vazados ou não) trazem a prefeita Rosalba Ciarlini bem à frente do deputado estadual Allyson Bezerra (SDD), além de colocar a também deputada Isolda Dantas (PT) em terceiro lugar na disputa, à frente da ex-prefeita Cláudia Regina (DEM). As perguntas aqui apresentadas refletem o sentimento do eleitor, do leitor e do telespectador da Super TV. Não divulgar os números, sem argumentação plausível, soa estranho, suspeito e desrespeitoso com os mossoroenses.
FIDELIDADE PARTIDÁRIA
Há um fato muito importante que mostra o quanto a maioria dos candidatos não tem compromisso com plataformas de governo, com defesa de ideias ou projetos: a troca constante de partidos. Em Mossoró, por exemplo, tem gente que se candidata a vereador em todas as eleições e a cada 2 ou 4 anos está em um partido diferente.
CAMPANHA JÓRIO
Ex-presidente da Câmara Municipal, Jório Nogueira tenta voltar ao Legislativo mossoroense. O que chama a atenção é que quase não se vê nada da campanha de Jório pelas ruas. Até mesmo a postulação do irmão dele, Jailson Nogueira, tem mais visibilidade.
PÓS PARA SERVIDORES
O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE)n da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) aprovou ar resolução que garante vagas para servidores técnicos administrativos, nos cursos de pós-graduação na instituição. Uma grande vitória para a categoria.
EXTREMA ARROGÂNCIA
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, ante à iminente derrota nas urnas, ameaça ir à Justiça para tentar anular as eleições americanas. Engraçado que para ele, só há fraude se ele não ganhar.
CASO BRASILEIRO
A situação lembra o que aconteceu com o Brasil em 2018. Naquela oportunidade, Bolsonaro lançou todas as dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas. Para o presidente, as urnas somente seriam confiáveis se ele saísse vencedor. Foi o que aconteceu. Acredito que em 2022, Bolsonaro fará o mesmo.