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Universidades vão atuar no combate ao analfabetismo

UERN, UFRN e Ufersa vão elaborar Protocolo de Intenções com o compromisso de unir esforços para a viabilizar proposta

A preocupação com analfabetismo foi um dos pontos abordados na tarde desta quinta-feira, 31, na reunião do Fórum de Reitores ocorrida na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

Na ocasião, os reitores José de Arimatea, da Ufersa; José Daniel Diniz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e, Pedro Fernandes, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), ouviram a explanação da Comissão do Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos. Essa comissão, que conta com representantes das quatro Instituições de Ensino Superior – IES, foi criada por iniciativa do Governo do Estado. A ideia envolver as IES no trabalho de redução da taxa de analfabetismo.

Após ouvir atentamente a proposta, os reitores se mostraram sensíveis à iniciativa e optaram pela elaboração de um Protocolo de Intenções com o compromisso de unir esforços para a viabilização do Projeto.

“Cada instituição se compromete em analisar e decidir como será essa contribuição”, afirmou o reitor José de Arimatea, lembrando as dificuldades financeiras das instituições federais. O reitor da UFRN, professor Daniel Diniz, informou que o documento será encaminhado à governadora Fátima Bezerra. O reitor da UERN, professor Pedro Fernandes, ressaltou a importância de aproximar as políticas institucionais das universidades com a demanda do Estado. “Hoje, temos vagas sobrando nos cursos de licenciaturas e nos municípios verificamos carência na formação de professores”, exemplificou.

A Comissão colocou para os gestores das universidades que a viabilização poderá ser feita por meio de editais de financiamento de ações de extensão e pesquisa a serem lançados exclusivamente para essa finalidade. Dados do IBGE apontam que o Rio Grande do Norte possui 403 mil analfabetos, o que equivale a 14% da população. O Plano Estadual de Educação prevê até 2025 uma redução de 50% desse contingente. Daí, a preocupação em envolver as universidades com uma participação efetiva de professores, técnicos e estudantes que poderão atuar como alfabetizadores, além das instituições oferecerem capacitações, transporte e espaço físico para o desenvolvimento do projeto.

COTAS – Outro assunto debatido no Fórum foi à política de cotas nos processos seletivos das IES. “A ideia é aprofundar e amadurecer a discussão no sentido de um consenso entre as quatro instituições públicas de ensino superior do Estado”, defendeu o professor Ricardo Lins Viera, da UFRN, ao considerar o assunto como reflexão permanente no âmbito das instituições pelas inúmeras particularidades que o envolve.

“O que está em jogo é a condição da deficiência ou a condição da deficiência ao histórico escolar?” indagou o professor apontando um ponto de partida para a discussão. Para o reitor da Ufersa, professor José de Arimatea, o tema exige ampla discussão, sugerindo, inclusive, a discussão junto ao Ministério Público e Procuradoria da União. A questão das cotas tem acarretado muitas ações na justiça devido à falta de uma padronização pelas instituições de ensino superior. Os gestores entendem que a inclusão está além de uma função meramente normativa merecendo ampla atenção das instituições. (Fonte: Assecom/UFERSA)

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