Tudo é consequência
Mais uma vez aqui estamos nós escrevendo para lembrar que tudo é consequência. Tudo que acontece em nossa vida, como já dito, é consequência dos nossos próprios atos. Colhemos o que plantamos, diz a sabedoria popular. Isso posto, quero me reportar ao comportamento de algumas ex-autoridades, que andam utilizando as redes sociais para festejar ou reclamar. Quem acha que plantou bem, comemora, e aqueles que pelo visto pisaram na bola plantando errado, são verdadeiros muros de lamentações e fúria.
Amigo, ou amiga, tudo é consequência. Hoje, sem o poder, existe ex-autoridade se sentindo sozinha, abandonada, esquecida e traída como se um ferro quente lhe tivesse atravessando o peito. Tudo é consequência daquele ato, talvez, praticado contra quem não fazia parte da sua cota de beneficiados. Pense bem, e não culpe apenas o mundo pelo seu momento de isolamento. E termino escrevendo o que disse Chico Xavier: “Deus pôs, no fundo do nosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Ouvi-a, que ela só dará bons conselhos”.
FLEXBILIZAÇÃO – TRABALHADOR TRABALHANDO
Em muitas cidades do Rio Grande do Norte e, em outros estados, os governantes atenderam ou cederam ao apelo e resolveram flexibilizar seus decretos permitindo a volta, mesmo com restrição de tempo ou ampliando o horário de expediente de alguns setores da economia. Eu diria que, com a flexibilização o trabalhador se encontra trabalhando. Porém, e disso ninguém pode fugir, a pandemia ainda se faz presente e é preciso muitos cuidados.
É bom acompanhar a economia voltando a se fortalecer, porém os excessos precisam ser evitados, do contrário não poderão se queixar se tudo for fechado novamente. É preciso continuar evitando aglomerações e tomar aqueles cuidados de higienização das mãos que todos já conhecem muito bem. Façamos isso antes que seja tarde. Pediram e os governantes cederam, agora a população (povo, empresários, pequenos e grandes comerciantes), precisa fazer sua parte.
JAPÃO E OS JOGOS OLÍMPICOS
E a peleja continua com o Comitê Olímpico Internacional, o COI, querendo a qualquer custo realizar os Jogos Olímpicos em Tóquio, no Japão. Mesmo o país e, principalmente a cidade de Tóquio que será a sede, vivendo estado de emergência decretado no final do mês passado, o Comitê segue com o seu plano de não suspender a competição. Pelo contrário, anunciou agora que, até a data de abertura dos jogos 75% da Vila Olímpica estará vacinada. Aliás, não existe uma certeza, apenas a crença de que isso acontecerá antes dos jogos programados para o período de 23 de julho a 08 de agosto.
Na previsão do presidente do Comitê, o alemão Thomas Bach, ele apenas crê em um percentual de 75% das pessoas que ficarão na Vila Olímpica. O problema aqui é saber o que acontecerá com os outros 25% que estarão no mesmo espaço e não serão vacinados. Só lembrando que o Japão vive uma nova onda de contaminação pelo novo coronavírus e, após pesquisa, 85% da população pede o cancelamento ou novo adiamento do evento. Repetindo o que já foi dito antes, a situação é delicada, porém como envolve muito dinheiro, estão querendo manter os jogos a qualquer preço. Mesmo que esse seja a vida.
H1N1 VACINA PARA PROFESSORES
Tem situação que fica difícil entender e, pior ainda, defender. Vários parlamentares, do vereador ao deputado, empunharam a bandeira em defesa da inclusão, no grupo de prioridade, dos profissionais da educação para receber a vacina contra a Covid-19, como meio de assegurar um retorno as aulas com maior segurança. E tem sito uma luta difícil encontrando pelo caminho fortes opositores.
Pois bem, tem algo acontecendo que pode fortalecer mais ainda a posição dos contrários dessa antecipação. Lá na vacina contra a gripe H1N1, chegou a vez dos professores se vacinarem e, pasmem, poucos ou, quase ninguém tem aparecido para receber a imunização. Como explicar isso? Tem chamado nas rádios e até carro de som nas ruas alertando os professores para tomar a vacina. Na avaliação das autoridades a procura tem sido muito baixa. Mistério!!!!
BOA NOTICIA NO RN, DINHEIRO NO BOLSO
Na semana passada avançou mais um passo o processo de quitação de um antigo débito do governo do Rio Grande do Norte com os seus servidores. Utilizando sua conta nas redes sociais a governadora Fátima Bezerra confirmou, e o pagamento já começou na sexta-feira, 21, a liberação dos recursos relacionados ao 13º salário de 2018 para aqueles que ganham até R$ 4,5 mil. E também os que estão na faixa dos R$ 2 mil. Antes tarde do que nunca.
Claro, e é chato mesmo, a turma não anda satisfeita com a liberação conta gotas, porém o problema poderia ser maios se não existisse o pagamento e o atraso fosse mantido. Lembrando que os Servidores da Segurança Pública já botaram a mão na grana no dia 15 de maio. É aproveitar o dinheiro no bolso e torcer para que essa situação não mais se repita. Só para refrescar a memória, nada de olhar pelo retrovisor, porém vale dizer que o atraso vem da gestão Robinson Faria, porém a dívida é do estado.
INEGIBILIDADE MANTIDA
Já que citei Robinson Faria na nota supra, vamos emendar mais uma informação envolvendo o seu nome. Inclusive é um tema que já tratamos aqui no Repercutindo quando saiu a decisão condenatória que, apesar do recurso apresentado, foi mantida. O ex-governador do RN continua inelegível, de acordo com decisão da Corte Eleitoral potiguar. Por unanimidade, foi rejeitado um recurso no processo que declarou a inelegibilidade do ex-governador por abuso de poder econômico e político, isso lá nas Eleições de 2018. A sessão que manteve a decisão aconteceu na quinta-feira, 20.
Além de Robinson Faria, mais cinco ex-agentes públicos da administração estadual também foram atingidos pela decisão. Todo esse procedimento é resultado de uma ação de investigação proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral, e o Tribunal Regional Eleitoral-RN constatou que recursos públicos foram utilizados e comprometeram a isonomia do pleito. Foram condenados na mesma ação os auxiliares Francisco Vagner Gutemberg de Araújo, Pedro Ratts de Ratis, Pedro de Oliveira Cavalcanti Filho, Ana Valéria Barbalho Cavalcanti e Josimar Custódio Ferreira. Apesar das duas decisões condenatórias, ainda cabe recurso. Aguardemos o passo seguinte. No momento, todos inelegíveis.
MENSAGEM
“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio”.
Martin Luther King
MILITARES DO RN, AMBIENTE TENSO
O diálogo entre as associações que representam os militares do Rio Grande do Norte e a cúpula do governo estadual, tem sido posto de lado abrindo caminho para imposições e ameaças. Pelo menos foi isso que denunciou no plenário da Câmara Municipal de Mossoró o vereador Cabo Tony Fernandes (PSC). Segundo ele, até o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) resolveu intimidar os policiais que ocupam cargos de direção nas associações.
Procedimentos estão sendo abertos contra aqueles que resolvem denunciar condições inadequadas de trabalho e até postura de quartel vem sendo exigida durante reuniões com as autoridades governamentais. O vereador adiantou que a categoria não vai se intimidar e reforçara as denúncias sempre que existir algo que vá de encontro aos direitos conquistados com muita luta ao longo dos anos. A situação decepciona mais ainda, acrescentou o Cabo Tony, quando tudo isso acontece em um governo que se diz em sintonia com os trabalhadores. Em observação nossa, eu digo: O diálogo é sempre o melhor caminho.
TEREMOS CIDADE JUNINA SIM
Em novo formato, com o público podendo acompanhar tudo sem sair de casa, e assim manter o distanciamento social como manda os cuidados de combate a Covid-19, teremos sim o Mossoró Cidade Junina em 2021. A sigla MCJ ganha mais uma letra, o “V”. Agora o MCJV representa o Mossoró Cidade Junina Virtual. Além dos shows com muita música no formado de lives, também foi assegurada a realização da atração – Chuva de Bala no País de Mossoró.
Isso mesmo, o evento que conta a história da resistência de Mossoró ao bando da cangaceiro Lampião será apresentado em formato de filme. Uma excelente matéria da jornalista Sayonara Amorim, postada na quinta-feira, 21, aqui mesmo no Portal do RN, conta em detalhes como isso acontecerá. Vale apena conferir e, no mês de junho, acompanhar tudo pela telinha. Vale destacar que tudo vem sendo feito com artistas e produtores de Mossoró, ou seja, em tempo de pandemia uma forma dos profissionais garantirem emprego e renda.
EMENDA GARANTE 300 MIL PARA HOSPITAL
Aqui a boa notícia tem espaço garantido. Por exemplo, o resultado do esforço do vereador Pablo Aires (PSB) que buscou junto a senadora Zenaide Maia (Pros) recursos para serem investidos no Hospital Psiquiátrico de Mossoró que, com justiça, receberá o nome de Milton Marques de Medeiros. A senadora atendeu e, através de emenda impositiva assegurou o valor de R$ 300 mil.
De acordo com assessores do vereador, os recursos serão investidos na reestruturação do hospital, e assim melhor atender aos seus pacientes e oferecer condições de trabalho mais adequadas aos servidores. O vereador Pablo Aires já adiantou que sua missão agora é fiscalizar a adequada utilização dos recursos. E fique de olho mesmo.
DICA LEGAL – RACISMO E INJÚRIA RACIAL
Depois do jogo Potiguar e ABC, quando um membro da comissão técnica do time natalense teria chamado um diretor do alvirrubro de “macaco”, pelo fato ser negro, muita gente questionou se ele seria preso ou não. Embora a interpretação imediata seja de racismo, esse sim crime inafiançável e imprescritível, existe ainda o crime de injúria racial, que cabe fiança. Embora o STF já tenha tratado do tema em sentido contrário.
A Lei 7.716 trata diretamente da questão do racismo. Logo em seu artigo 1º diz que serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de preconceitos de raça e de cor. O rico artigo 5º da Constituição Federal de 1988 já trata do tema em seu inciso XLII. Dentre os delitos contra a honra, o de injúria qualificada pelo preconceito tem recebido especial atenção da política e dos operadores do direito, sobretudo após a promulgação da Lei n. 9.459, de 13 de maio de 1997, que adicionou a injúria qualificada pelo preconceito ao Código Penal em seu art. 140, §3º. Aqui se inclui também a questão da raça, COR e etnia.