Pandemia

Sindicato crítica recomendação do LAIS sobre retorno de aulas presenciais

Para o SINTE, o LAIS, órgão da UFRN, não leva em consideração que estamos vivendo o pior momento da pandemia

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) publicou nota criticando a recomendação feita pelo LAIS (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde) de estabelece o retorno das aulas presenciais no Estado. 

Para o SINTE, o LAIS, órgão da UFRN, não leva em consideração que estamos vivendo o pior momento da pandemia.

Ainda segundo o sindicato, para essa situação agravada o distanciamento social é fundamental para redução dos casos de internações e mortes. Por fim considera que a prioridade do momento deve ser a vacinação.

Veja a nota na íntegra: 

“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!”

Impressiona o teor das “recomendações” do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN) sobre o retorna às aulas presenciais sem levar em consideração o número de potiguares infectados pelo coronavírus (211050), de mortes (mais de 5 mil só no RN) e o percentual de ocupação de leitos de UTI Covid no Estado que está em 95,38%.

Esperamos que os membros do Laboratório não sigam a linha adotada pelo MP do “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!” de recomendar para outros setores o que eles não fazem e sigam trabalhando em suas funções no home Office, protegidos do vírus que já matou mais de 370 mil brasileiros e brasileiras.

Ao contrário das recomendações do Comitê Científico que – reconhece o pior momento da pandemia no Brasil (com média superior a 3 mil mortes por dia) – segue orientando o distanciamento social e aulas remotas, o LAIS publicou um documento para propor a volta às aulas presenciais sem citar a gravidade da pandemia.

A recomendação do LAIS é um documento com conteúdo genérico, que remete a um desejo político-econômico do que uma recomendação científica. Veja:

“considerando que as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir, o Estado e os municípios devem, urgentemente, iniciar o retorno faseado das atividades escolares híbridas nas escolas públicas.” E fica explícita a preocupação primordial pela economia do que pela vida dos potiguares no trecho a seguir “os prejuízos socioeconômicos ainda não são possíveis de mensurar até mesmo porque as escolas estão fechadas”.

A Regional do Sinte Mossoró reforça, mais uma vez, que o maior desejo da categoria é retornar à sala de aula, que o sistema de aulas remotas nas condições estruturais de desigualdades no Brasil prejudica enormemente os estudantes e professores de escolas públicas, mas não se educa cadáveres.

Educação se faz com vidas, com as pessoas vivas. Por isso, rascunhos de protocolos não garantem a segurança da população. A nossa garantia de vida, neste momento, é o distanciamento social e a vacinação em massa da população.

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