Politizar o debate sim; fulanizar, não

 

Típico de absolutistas e autoritários, o atual governo federal busca a todo momento tornar ilegítimo, em todos os espaços – físicos ou digitais – qualquer debate sobre as suas ações (ou a falta delas). Manipulador como é, o chefe do Executivo nacional busca apequenar as discussões, sobretudo por ter consciência de que está em desvantagem por apresentar um discurso – ruim – que não atrai mais como antes.

A pandemia do coronavírus, que deita seus tentáculos, com muita força e abrangência pelo país, é uma das questões que merecem a participação dialógica da sociedade. Com serenidade, responsabilidade e de forma propositiva. Não esqueçamos que estamos tratando de uma situação crucial para as nossas vidas.

É necessário politizar, sim, o debate. A politização acontece quando divulgamos a cada instantes os dados atualizados da doença para que as pessoas percebam como está a velocidade da escalada da doença.

É politização quando se denuncia a falta de condições dos hospitais, para que os governos adotem as ações necessárias visando a equipá-los de forma correta e na quantidade necessária à demanda.

É politização quando criticamos a demora na compra de materiais imprescindíveis à prevenção. É politização sempre que apontamos a necessidade de aperfeiçoamento das ações governamentais.

O que não podemos é fulanizar a questão e o debate.

Fulanizar é o gestor criticar um auxiliar porque está fazendo o trabalho minimamente certo. Fulanizar é ameaçar colaboradores de demissão a todo instante. Fulanizar é manipular dados. Fulanizar é colocar a população contra a única medida capaz de minimizar o avanço do coronavírus. Fulanizar é provocar aglomerações, para aumentar capital eleitoral e colocar vida das pessoas em risco. Tudo isso é fulanizar. E acredito que todos sabem de que fulano se fala.

OUTRA PERDA

A arte e a cultura estão de luto mais uma vez. A perda mais recente é a do escritor Rubem Fonseca. Que ano difícil, hein?

QUEDA DE BRAÇO

E continua a queda de braço entre o presidente e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O ministro deve perder o cargo, afinal de contas, seu patrão é mal, invejoso e quer que morra muita gente com a Covid-19. Lamentável.

MAIS MALDADE

E o presidente do Brasil segue pressionando a Câmara Federal a aprovar a Medida Provisoria 905, que, entre outras maldades, retira direitos como 13° e adicional de férias. O governo se aproveita da pandemia para massacrar os trabalhadores.

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