Justiça

Juiz mantém prisão de acusados de hackear autoridades

A operação investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades e a prática de crimes cibernéticos.

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, decidiu nesta segunda-feira (30) manter a prisão preventiva de Luiz Molição e Tiago Eliezer Martins, presos na 2ª fase da Operação Spoofing, deflagrada no dia 19 pela Polícia Federal. A operação investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades e a prática de crimes cibernéticos.

Na semana passada, o magistrado converteu a prisão temporária dos acusados em preventiva, por tempo indeterminado. No entanto, por determinação legal, o juiz realizou nesta segunda-feira uma audiência de custódia para verificar as condições da prisão.

Durante a audiência, Molição reclamou de “condições insalubres” na prisão e disse que seus remédios não foram entregues no horário pelos agentes da PF, que também não estariam repondo a água destinada aos presos. As defesas dos acusados também reiteraram pedidos de substituição da prisão por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.

Ao analisar os argumentos, o juiz Ricardo Leite entendeu que a prisão deve ser mantida para assegurar as investigações. Segundo Leite, a suposta participação dos acusados no hackeamento de autoridades não está clara e não há outras medidas alternativas para garantir o andamento da apuração da Polícia Federal.

No dia 1º de agosto, o juiz Ricardo Leite também decretou a prisão preventiva de mais quatro investigados presos, desta vez, na primeira fase da operação.

A primeira fase da Operação Spoofing foi deflagrada no dia 23 de julho e resultou na prisão de quatro suspeitos de hackear o ministro Sergio Moro. Os detidos também são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Agência Brasil

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