RN suspende continuidade da retomada da economia
Governadora Fátima Bezerra destacou que a alta taxa de ocupação de leitos foi fundamental para que houvesse a suspensão
“Quando resolvemos autorizar o início da retomada parcial de uma pequena parte das atividades econômicas, o fizemos com base nas tendências que estavam em curso”. Foi com essa explicação que a governadora Fátima Bezerra (PT) iniciou a entrevista coletiva desta terça-feira para anunciar que o Governo do Estado decidiu suspender, por tempo indeterminado, o início da segunda fase da continuidade da retomada das atividades econômicas, previstas para essa quarta-feira, 8/7.
A governadora lembrou que dois fatores foram fundamentais para a decisão de retomada: a baixa taxa de transmissibilidade da Covid-19 e a necessidade de se manter a taxa de ocupação dos leitos de UTI em 80%.
Ela disse que apesar de todos esforços feitos – como a instalação de 72 novos leitos de UTI nos últimos 15 dias -, não se conseguiu a trazer a taxa de ocupação para índices inferiores a 80%. “Essa é a razão, portanto, pela qual estamos suspendendo essa segunda fase da retomada da atividade econômica”, reafirmou.
Fátima Bezerra lembrou ainda que há fatores positivos, como a criação de novos leitos, a baixa taxa de transmissibilidade e o fato de a taxa de isolamento social não ter caído (no domingo, depois de mais de 40 dias, essa taxa voltou a patamares superiores a 50%).
A governadora lembrou ainda que outros setores seguem com suas atividades suspensas, como as aulas presenciais na rede pública e privada e os templos religiosos. “Queremos retomar as atividades o mais breve que puder, mas mas isso só será possível com segurança dos dados epidemiológicos”, ressaltou, lembrando que a taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 80% é um deles. “O momento ainda requer muito cuidado”, ponderou.
A chamada segunda fração da retomada da economia potiguar, que se iniciaria amanhã, previa a reabertura de estabelecimentos como lojas de móveis, eletrodomésticos, colchões e utensílios domésticos; lojas de departamento e magazines, desde que não funcionem em shoppings centers e centros comerciais; joalherias, relojoarias e comércio de joias; lojas de eletrônicos e de informática, de instrumentos musicais e acessórios, de equipamentos de áudio e vídeo e de equipamentos de telefonia e comunicação, dente outros.
Apesar da suspensão do início do funcionamento das atividades elencadas na segunda fração, as lojas que abriram suas portas na primeira fração, autorizadas a funcionar desde 1 de julho (quarta-feira da semana passada) seguem em atividade,