OPINIÃO

Gengibre e doença hepática gordurosa: o que os estudos mais recentes trazem

A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma das mais comuns, e apresenta relação com outras condições como obesidade, resistência à insulina, e síndrome metabólica.

O acúmulo de lipídeos nas células hepáticas pode atingir níveis tóxicos, gerando aumento do estresse oxidativo associado à lesão mitocondrial, peroxidação lipídica e danos ao tecido hepático, com inflamação e, em casos mais graves, fibrose.

Nesse sentido, estratégias com compostos antioxidantes e anti-inflamatórios são promissoras, reduzindo o risco da doença e de seus acometimentos à saúde.

O gengibre é uma raiz muito utilizada em todo o mundo e apresenta grande potencial antioxidante e anti-inflamatório, além de efeitos hipolipemiantes e de sensibilização da insulina.

Uma recente metanálise de estudos in vivo e ensaios clínicos avaliou o efeito do gengibre na DHGNA e evidenciou sua eficácia na melhora de vários parâmetros como redução dos níveis hepáticos e séricos de colesterol total e de triglicerídeos, redução dos níveis séricos de LDL, glicose em jejum, malondialdeído (marcador de estresse oxidativo) e das enzimas hepáticas ALT e AST, bem como melhora dos níveis hepáticos das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase.

Os mecanismos propostos incluem a expressão de enzimas antioxidantes, reduzindo a geração de espécies reativas de oxigênio, melhora da sensibilidade à insulina e atividade hipolipidêmica, auxiliando na redução da gordura hepática. Com isso concluímos que o gengibre auxilia de uma forma global na melhora do paciente com esteatose hepática, sendo um tratamento eficaz se auxiliado por um plano alimentar bem calculado e personalizado pelo nutricionista.

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