Como agir diante de um surto psicótico?
Alterações repentinas de comportamento, alucinações, delírios (ideias de perseguição, escuta de vozes, visões irreais); reações desproporcionais à realidade; comportamento agitado, incoerente, agressivo ou catatônico são os principais sintomas de um surto psicótico, um episódio de dissociação psíquica no qual a pessoa perde a noção da realidade e se torna incapaz de pensar racionalmente. Durante um surto psicótico ocorre um aumento de atividade no sistema límbico (área do cérebro responsável pelas emoções e pelo prazer), fazendo com que as percepções fiquem alteradas e os pensamentos se desorganizem. Mas afinal, o que muitos querem saber é, o que pode desencadear um surto psicótico? Dessa forma é importante ressaltar que o surto pode ser um sintoma de uma doença maior ou apenas um episódio isolado, conhecido como episódio psicótico breve. As doenças psiquiátricas que podem levar a quadros de surto psicótico são: Esquizofrenia, Transtorno Bipolar, Mal de Alzheimer, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e distúrbios de personalidade; O uso patológico de álcool e drogas alucinógenas também pode desencadear um surto psicótico. No entanto, o ideal a ser feito diante de um surto é encaminhar o indivíduo imediatamente a um hospital para receber medicação e cuidados adequados.
Depois de ser controlado, é importante que o psiquiatra faça um diagnóstico do paciente e determine se a psicose foi um episódio breve ou se está associada a outra doença. Durante o surto tenha sempre uma postura neutra e jamais confronte a pessoa. Não questione os delírios e alucinações, preferindo ser compreensível. Enquanto espera auxílio médico, afaste a pessoa de objetos perigosos como facas e armas. Em casos graves, internação psiquiátrica é necessária para investigação e realização de intervenções apropriadas. Casos mais leves podem ser atendidos em ambulatórios e não necessitam de internação. É importante que a pessoa receba ajuda o quanto antes, pois podem tomar decisões precipitadas e equivocadas durante o surto, inclusive resultando em suicídio.
* Glycia Thianne Paiva Cardoso, 23 anos, Mossoroense, graduada em psicologia pela Universidade Potiguar; pós-graduanda em Neuropsicologia. CRP 17/5073