ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

O ano é novo, porém alguns problemas que afetam a população, principalmente aquela mais carente, são velhos. Podemos citar como exemplo, negativo é claro, que as denúncias feitas no plenário da Câmara Municipal de Mossoró pelo anestesiologista, Ronaldo Fixina, infelizmente, é uma realidade geral no Rio Grande do Norte. Na oportunidade ele falou da falta de estrutura do Estado e do município para atendimento digno na saúde, citando a deficiência na falta de equipamentos e insumos, como também corredores lotados no Hospital Regional Tarcísio Maia e unidades de saúde nos bairros da cidade.

O novo ano começou e as denúncias no mesmo sentido dessas que foram citadas acima se comprovam também em Natal. No Hospital Walfredo Gurgel os corredores estão sendo utilizados como enfermarias e sala de espera. Uma matéria mostrada semana passada na Inter TV Cabugi, no Bom Dia RN, mostrou essa realidade. Pacientes esperando por mais de 15 dias por uma cirurgia ortopédica, sem a menor previsão se iria realmente acontecer. A única oferta do Estado para um dos pacientes foi ele assinar um termo de responsabilidade e esperar em casa. Cenas de descaso que só comprovam que, o ano novo chegou trazendo junto os velhos problemas do ano que se foi.


O MEU AMIGO PEDRO

Perdendo mais um bom amigo com a notícia da morte do treinador Pedrinho Albuquerque na semana que passou. Lembro Pedro aqueles velhos dias quando os dois pensavam sobre futebol do RN. Lembro, amigo Pedro, quando você nos abriu as portas do hotel no qual estava hospedado o elenco do Corinthians de Caicó antes da decisão do Campeonato Estadual, conquistado pelo Galo do Seridó. Antes do jogo, lembro Pedro, quando você nos convidou para conversar, ou melhor, falar aos jogadores no vestiário do Estádio O Marizão.

Atitudes de confiança que só um verdadeiro amigo pode ter. Aqui deixamos nossa solidariedade à família e que eles tenham a certeza de que o esposo e pai, deixou um legado positivo, pois se tratava de um cidadão do bem. Do seu jeito, verdadeiro e sem meias palavras para dizer a verdade na qual ele acreditava para o futebol e a vida. O que nos conforta nesse momento, amigo Pedro, é saber que onde você vai eu também vou. Enfim, meu amigo Pedrinho Albuquerque, tudo acaba onde começou. (Observação: Em alguns pontos do texto fazemos analogia a música de Raul Seixas intitulada – Meu Amigo Pedro).

QUESTÃO DE EDUCAÇÃO

As chuvas tão desejadas pelo homem da zona rural, estão chegando. E com ela, junto com a alegria do campo, vem a preocupação para quem mora na cidade. São alagamentos e esgotos transbordando. No segundo caso a culpa é geral, destacando aqui a falta de educação da população. Isso mesmo, você que passa o tempo todo jogando lixo na rua é responsável por grande parte da obstrução do saneamento. Pura falta de educação.

Lixo na rua. Aquele copinho descartável, o papel da goma de mascar, a garrafinha da água mineral, enfim, tudo isso acaba obstruindo, o popular “entupindo” bueiros e esgotos. Vamos sim continuar cobrando das autoridades responsáveis a limpeza, porém nós precisamos fazer a nossa parte não jogando lixo na rua. É uma cena comum, por exemplo, observamos o adulto já perdido pela falta de educação, orientando uma criança a jogar o papel que envolvia o picolé no meio da rua. Chove e tudo é arrastado para o sistema de esgotamento. Cuide hoje para não sofrer as consequências amanhã.

REAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

Com o anúncio do fim da portaria que congelava qualquer pedido de reajuste salarial foi aberta uma nova discussão que envolve direito e necessidade. Só que, no ambiente dos municípios, os prefeitos não estão entendendo desta forma e levam tudo para o campo político, aquela decisão que lhe possa parecer mais simpática junto à população, leia-se, eleitorado. Ao mesmo tempo que se dizem preocupados com possíveis pressões para reajustar salário e aperto nas finanças, eles falam na realização de concursos públicos.

Então fica a pergunta: Nos dois casos ao final de tudo não vai atingir a folha salarial e consequentemente as finanças do município? Claro que os prefeitos sabem que sim. Porém é aqui que entra a decisão mais simpática, para ele prefeito, que é o concurso. Na verdade o reajuste salarial é um direito do servidor e a realização do concurso é uma questão de necessidade. Se existir essa necessidade, terá que haver o concurso com ou sem reajuste dos servidores que já estão no quadro. Sem dúvida essa situação renderá um bom debate.

CALENDÁRIO ELEITORAL

Se o ano é de eleição, essa também tem o seu próprio calendário e os envolvidos, candidatos e assessores, precisam ficar atentos a todas as datas. A campanha mesmo pra valer essa vai acontecer a partir do dia 16 de agosto quando acontecem os comícios, distribuição de material gráfico, propagandas na internet e caminhadas. Entre os meses de agosto e setembro, período de 26 do primeiro mês e 29 do mês seguinte, ficam liberadas as peças publicitárias em horário gratuito de rádio e televisão.

O calendário segue com datas bem interessantes. É o caso do período para os candidatos utilizarem a janela partidária, entre 3 de março e 1° de abril. Lembrando que esse é o único período em que parlamentares podem mudar de partido livremente, sem correr o risco de perder o mandato. E todos precisam se filiar a um partido até o dia 2 de abril. Sobre as convenções partidárias essas devem acorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, ficando o dia 15 de agosto como limite para o pedido de registro de todas as candidaturas. Já o eleitor deve ficar atento para a data em que serão emitidos ou transferidos títulos eleitorais, qual seja, 4 de maio. (Fonte: Agência Brasil).

AGLOMERAÇÃO GERAL

Embora no discurso oficial se fale em não realização de carnaval e outros decretos pelo Brasil fale na limitação de público em eventos fechados e abertos, o que se observa na realidade são grandes aglomerações como se a pandemia jamais tivesse existido. Embora ela ainda permaneça entre nós e, com novidades em suas variações. Na verdade quem vai fazer a festa diante de tudo isso é o vírus da Covid-19.

Na realidade, em alguns casos, podemos afirmar que foi tudo liberado e, em algumas situações feitas acomodações de finanças e falta de iniciativa mesmo para promover um grande evento que se transforme, por exemplo, em atração turística em período de não pandemia. Essa situação de pandemia na verdade vai se transformando em uma boa válvula de escape para aqueles que não se programam melhor. Falácia.

 

MENSAGEM

“Não basta fazer coisas boas – é preciso fazê-las bem”.

Santo Agostinho

FISIOLOGISMO SIM

Composição política entre partidos diferentes, formados por pessoas que até pensam diferente, é algo passível de ser visto como normal, até em ano eleitoral. E eu até penso assim. Porém, quando observamos almoçando juntos para discutir esse tema pessoas que se agrediam no “jantar da noite anterior”, fica difícil não classificar a cena como fisiologismo puro. Existem, ou existiam, aqueles que empunhavam a clava em defesa da moral e dos bons costumes, apontando o outro como o grande mal a ser derrotado. Hoje se juntam.

Se o discurso da divergência ficasse apenas no campo das ideias, cada um expondo o seu ponto de vista sem denegrir a imagem do outro, e aqui o nível desce ao mais baixo degrau, certamente não haveria espaço para esse tipo de comentário, pelo contrário, se aplaudiria o ato de unir forças em defesa da sociedade. Porém, como tudo não passa de fisiologismo, a vida segue e, cabe ao eleitor fazer suas escolhas. Aqui, esse também não é inocente, se deixa na maioria das vezes ser levado pela paixão, que sufoca a razão em favor de uma liderança ou ideologia. É o que penso, e logo escrevo.

INVESTINDO NA BASE

Essa é uma discussão antiga, porém ganhou força nos últimos dias em grupos de whatsapp e nós concordamos com tudo que foi dito sobre a indiferença de alguns investidores em não acreditar nas divisões de base. Aliás, acho que essa turma coloca em risco a própria sobrevivência do clube quando renegam a necessidade de apostar na projeção de novos atletas. Afinal, nem mesmo eles disponibilizam dinheiro suficiente para bancar a montagem e manutenção dos elencos.

Sendo assim, a saída é acreditar e gastar parte dos recursos disponíveis na valorização das divisões de base e tentar revelar jogadores para o próprio elenco e ainda tentar a negociação de alguns deles, gerando renda para o clube. E esse investimento na base tem que ser uma prática permanecente, perene e não sofrer interrupções. Se os dirigentes não mudarem de atitude em favor da base, não terá dinheiro para bancar o time e ainda ficará sem material humano próprio para compor. Isso vale, em especial, para aqueles clubes de futebol de menor investimento. Os grandes clubes, faz tempo, já ganham um bom dinheiro com os atletas “feitos” em casa.

X9 NA VICE-PREFEITURA?

A oposição em Mossoró anda assistindo de camarote os embates entre o prefeito Allyson Bezerra (SD) e seus correligionários, ou melhor, ex-companheiros de campanha. Isso mesmo, alguns membros do quadro de apoio do prefeito de Mossoró só serviram mesmo para o período de campanha, aos poucos esses estão sendo eliminados da relação inicial. Só fica quem permanecer fazendo a mesma leitura determinada pelo chefe do executivo. Pensar e agir diferente, é quase um crime.

Bom, se sai o ex-corregilionário, como por exemplo, o vice-prefeito, também estão caindo fora aqueles que foram indicados por essa autoridade e, consequentemente, o quadro terá que ser resposto. Na vice-prefeitura saíram as pessoas de confiança do vice-prefeito Fernandinho das Padarias e foram nomeados nomes estranhos à sua relação política. O próprio Fernandinho já disse que não conhece ninguém. A cena ficou parecida com possíveis “X9” para acompanhar os passos do vice. Será? Se for verdade, isso em nada parece com a proposta de uma nova postura política para Mossoró. Aqui nenhuma conotação partidária, apenas a opinião de um pobre mortal metido a observador.


DICA LEGAL – CONTRIBUIÇÃO E IDADE

A partir de janeiro de 2022 algumas regras, para o Regime Geral de Previdência, lembrando que o servidor público tem suas regras, foram alteradas. Reforço, a novidade se relaciona ao regime geral. Vamos saber o que diz, por exemplo, a aposentadoria pelo Tempo de Contribuição mais Idade. Esta regra também exige atenção, pois também sofreu mudanças a partir de 1º de janeiro de 2022. Até então, a Mulher precisava contar com 30 anos de contribuição e mais uma idade mínima fixada em 57 anos, já o Homem necessitava de 35 anos de contribuição e mais a idade mínima de 62 anos.

Com as mudanças a idade mínima aumentou em 06 meses tanto para o Homem quanto para a Mulher. Assim, a Mulher precisará além dos 30 anos de contribuição, uma idade mínima de 57 anos e 06 meses, já para o Homem, além dos 35 anos de contribuição, precisará agora contar com a idade mínima de 62 anos e 06 meses. Esta regra também é aplicada aos Professores que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, passando a ser exigido para a categoria docente os seguintes requisitos a contar de 1º de janeiro de 2022: Professora deverá contar com no mínimo 25 anos de contribuição e possuir a idade mínima de 52 anos e 06 meses, já o Professor deverá contar com no mínimo 30 anos de contribuição e  a idade mínima de 57 anos e 06 meses. (Fonte: extraclasse.org.br).

Notícias semelhantes
Comentários
Loading...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support