VIOLÊNCIA NO FUTEBOL

Infelizmente o tema é antigo, em alguns países que viveram situações extremas já conseguiram, de certa forma, controlar o problema, como é o caso mais conhecido dos hooligans na Inglaterra. Estou falando da violência nos estádios de futebol que no Brasil, e um caso mais grave no México, tomaram proporções assustadoras nos últimos meses com feridos graves e até mortes. E o pior, cada vez mais essa violência entre bandidos disfarçados de torcedores vão além dos estádios e dos seus arredores. Várias praças de guerras são montadas em dia de jogo.

E não vamos ficar apenas nas arquibancadas e do lado de fora dos estádios. A forma acintosa como jogadores, comissões técnicas e dirigentes reclamam das arbitragens, também fomenta a violência. Para se ter uma ideia, chorando o árbitro que apitou Atlético Mineiro e Cruzeiro, até a metade da semana passada, ainda não havia voltado para casa temendo por sua vida, pois tem recebido ameaças de morte. Sofreu investidas no estádio e nas proximidades de sua residência. A situação é grave e, estádio de futebol e seus arredores hoje vão se tornando lugares não recomendados as pessoas de bem, aos verdadeiros torcedores amantes do futebol que querem apenas apoiar o seu clube do coração.


FIFA PODERIA SE POSICIONAR

Seguindo no tema do tópico inicial da coluna e, guardadas as devidas proporções é claro, como estamos falando em guerra e a Fifa já se posicionou em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, ficamos a espera que a entidade faça o mesmo em relação aos incidentes no Brasil e no México. Como a situação é mais grave no Leste Europeu, a entidade resolveu eliminar a Rússia da próxima Copa do Mundo, por aqui, nas Américas, é preciso também punir aqueles que vão usando a violência nos estádios e seus arredores.

É preciso punir, de forma dura, para deixar o exemplo de que esse ato não ficará impune. Não adianta ficar apenas nas ameaças, prender alguns envolvidos hoje e coloca-los em liberdade amanhã. Como aconteceu com aquele torcedor na Libertadores que matou um adolescente apontando-lhe em rojão que explodiu no corpo de um rapaz de 14 anos e, poucos dias depois ele, o agressor, já estava livre no estádio. Isso é fazer de conta que pune e, consequentemente, fomentar o sentimento de que, pode continuar praticando violência, bagunçando o futebol que nada de ruim lhe acontecerá. A Fifa precisa se posicionar, leia-se, com punição dura para todos os envolvidos, no seu caso, clubes, “torcedores” infratores, dirigentes e as entidades responsáveis pelo evento.

DUPLICAÇÃO DE RODOVIAS

O pulso ainda pulsa em relação ao sonho de duplicação de algumas rodovias importantes no Rio Grande do Norte. Em sessão na Câmara Municipal de Mossoró, o vereador Lucas das Malhas (MDB) levantou o tema fazendo referência direta a necessidade de duplicação da BR-304, chamando a responsabilidade para que a bancada federal do RN possa se unir em favor desse sonho. Eu complementaria essa reivindicação acrescentando, essa de reponsabilidade do governo local, a duplicação de um trecho da RN-117.

Em relação à rodovia federal o vereador argumentou que, além de melhorar o deslocamento entre Mossoró, Natal e vários outros municípios, se pouparia vidas que são perdidas nos acidentes. Um acidente a cada dia, com ou sem proporções graves. Já na rodovia estadual, percebe-se, além da questão da locomoção, um crescimento rápido de Mossoró no sentido da RN-117 que tem como cidade mais próxima Governador Dix-Sept Rosado. No trecho encontramos novos bairros e até empresas. Isso gera emprego e renda fomentado também pelas atrações turísticas que surgem ou já existiam no trecho. Tudo isso e, a possibilidade de evitar acidentes graves, justificam a duplicação desta rodovia.

RN INVADIDO PELO CEARÁ

Nos anos 30 o Ceará tentou invadir parte do Rio Grande do Norte entrando por Tibau e Grossos avançando até parte do município de Mossoró. Na época se falou até mesmo na possibilidade de um conflito armado. A questão acabou sendo resolvida via judiciário quando Rui Barbosa atuou na condição de advogado na defesa do território potiguar. E a história, com menos gravidade, porém não menos preocupante, parece se repetir. O alvo cearense, mais uma vez acusado de avançar suas fronteiras, seria o município de Baraúna.

A denúncia foi apresentada, via redes sociais, pelo ex-vereador baraunense, Edson Barbosa. Ele afirma que o governo cearense já teria avançado cerca de 65 km2 em terras norte-rio-grandenses, e isso é grave. Disse ele em sua denúncia que os municípios de Quixeré, Jaguaruana e Aracati já teriam absolvido seis comunidades o que representa algo em torno de 100 famílias. Não precisa de um conflito armado, porém as autoridades do Rio Grande do Norte precisam reagir, averiguar a veracidade ou não da situação e, em caso positivo, adotar as medidas cabíveis e urgentes para retomar seu território e colocar um ponto final nas investidas. Lembrando que os dois estados são governados pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Quem sabe isso facilita a conversa, no caso, para preservar o território.

MANTENDO A MÁSCARA

Por todo o Brasil governadores e prefeitos começam, via decretos, a flexibilizar o uso de máscaras. Alguns já aboliram esse adereço em tempo de pandemia da Covid-19 por total em ambientes abertos, já em relação aos locais fechados existem divergências entre utilizar ou não. No comércio, por exemplo, existem algumas Câmaras de Dirigientes Lojistas (CDL) pedindo aos associados que orientem seus funcionários que continuem utilizando a máscara.

A ideia é respeitar o cliente que possui algum problema de saúde ou tenha passado e siga em processo de prevenção. Como o ambiente da loja não é totalmente aberto e a ventilação não é natural, faz sentido a preocupação. Já em relação aos clientes que vão ao comércio, fica facultativo o uso ou não da máscara. É sempre bom lembrar que, apesar da flexibilização, a pandemia ainda não acabou e é preciso continuar tomando alguns cuidados para evitar novo crescimento na contaminação.

TROCA DE JUÍZES

Assim como já acontece com os juízes federais e da justiça do trabalho, os magistrados estaduais estão ganhando o direito de fazer a troca entre tribunais de diferentes estados. A mudança é comemorada pelas entidades que representam a categoria, como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Desembargadores (ANDES). Em dois turnos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC – 162/19)) foi aprovada pelos deputados federais e será enviada para apreciação do Senado.

Sem essa alteração os magistrados, quando queriam a mudança de estado, eram submetidos a um novo concurso, o que parecia contraditório já que continuavam na mesma atividade na qual ingressara através de concurso. Sem prejuízo a terceiros, existindo a vaga o juiz poderá solicitar a mudança de estado, principalmente quando esse é o seu de origem. A mudança pode acontecer também por motivo de doença, por exemplo, ou até mesmo se o ambiente não favorecer para que o magistrado realize seu trabalho com liberdade e segurança.

MENSAGEM

“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”.

Haile Selassie

RACISMO NO BARRETÃO

Lá no começo da coluna publicamos um texto sobre a violência no futebol. E as agressões não são apenas físicas, infelizmente. O ambiente esportivo que deveria ser apenas de festa pelo gol e as lamentações no caso de derrota, porém renovando as esperanças acreditando no resultado positivo na próxima partida, hoje também é ocupado por atos de racismo. Isso mesmo, a cor da pele também é motivo para que pessoas emocionalmente despreparadas e desconectadas com os novos tempos agridam o próximo.

Faço esse preambulo para dizer que um ato de racismo foi registrado no Campeonato Estadual do Rio Grande do Norte. A vítima, o treinador do Potiguar de Mossoró. Quem confirma é o clube que escreveu o seguinte nas redes sociais através da sua assessoria de comunicação:

Ato de racismo registrado nas arquibancadas do Barretão.

Um torcedor do Globo chamou o técnico Nilson Corrêa de macaco por três vezes. As frases racistas foram ouvidas pelos integrantes da diretoria, pelo gerente de futebol, Zezinho Mossoró e alguns torcedores do Alvirrubro.

Ficamos indignados e pedimos a presença da polícia e da guarda municipal para denunciar o crime de injúria racial

📽 Fabiano Morais / ACDP

#RacismoNao

PROPOSTA ABAFA GREVE E DISCURSO

Nos últimos meses temos assistido uma batalha intensa travada entre representações sindicais, governadores e prefeitos em torno da proposta de reajuste salarial dos professores, depois que o Governo Federal, através do Ministério da Educação, anunciou o percentual de reajuste na ordem de 33,24%. A tensão tomou conta do país com alguns governadores se negando a conceder esse percentual e até prefeitos anunciando que já vinham pagando salários acima daquilo que estava sendo proposto.

No Rio Grande do Norte não foi diferente do restante do Brasil. Por aqui, pela resistência inicial do governo estadual, aconteceu até greve dos professores. Já no segundo maior município do Estado, Mossoró, o sindicato da categoria já tinha uma paralisação engatilhada, porém teve que baixar as armas. O prefeito Allyson Bezerra, até contrariando alguns dos seus assessores, resolveu surpreender e apresentar um piso superior ao que vinha sendo reivindicado, ou seja, subiu para 33,67%. Certamente a proposta irá abafar a proposta de greve e derrubará alguns discursos que andavam eloquentes nos últimos dias.

FUTEBOL DE BAIRRO

O futebol amador ainda resiste em alguns bairros de Mossoró. Não tem a mesma visibilidade de outras épocas, mas a chama permanece acesa e, quem sabe, a turma consiga ganhar novo fôlego. Lembrando que foi do campinho de areia que saíram vários jogadores que serviram não só a dupla Potiguar e Baraúnas, como também acabaram saindo para mostrar seu talento em outros clubes além fronteiras mossoroenses e do próprio estado do Rio Grande do Norte.

Uma das competições mais tradicionais do amadorismo mossoroense é o Campeonato do CSU, no campo do Abolição I. Graças aos esforços dos desportistas Zé Nonato e “Piru”, é assim mesmo que ele quer ser chamado, a competição retornou. E, para garantir que a bola role legal, foi fechada uma parceria com a Escola de Arbitragem Kaio Jefferson de S. Braz, coordenada por Josué Araújo. No sábado, 12, por exemplo, no confronto das 15:00 entre Voltec x São Paulo, o apito ficou com Weberton Pereira auxiliado por Kleber Silva e Josué Araújo. Sucesso aos organizadores, equipes e arbitragem. Contatos da Escola de Arbitragem: 9.8786-0335; 9.9971-0323; 9.9121-7464; 9.8726-4840.


DICA LEGAL – FAIXA DE FRONTEIRA

A Constituição Federação, a partir do seu Artigo 20 e passando, entre outros, pelos Artigos 25 e 29, define as fronteiras do país, estados e municípios, localizando seus domínios entre águas, ilhas, terras devolutas enfim, tudo aquilo que esteja no solo, subsolo e, principalmente, em área de fronteira para colocar, como diz o ditado popular “cada macaco em seu galho” e os “pintos nos is”. Isso garante a defesa da fronteira contra possíveis invasores.

Tomando como base apenas a Constituição de 1988, define-se faixa de fronteira a zona que é constitucionalmente definida como até 150 (cento e cinqüenta) km de largura, “ao longo das fronteiras terrestres, considerada fundamental para defesa do território nacional” (CRFB/88, art. 20, § 2º), cuja ocupação e utilização sofrem restrições legais. Observando os artigos já citados podemos aproveitar para remeter a denúncia de que o vizinho Ceará estaria ocupando, de forma indevida, território do Rio Grande do Norte, (veja nota nesta edição).

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