Combate à Covid

RN avança na vacinação de pessoas sem comorbidades e inclui lactantes

Pactuação na Comissão Intergestores Bipartite amplia faixa etária sem comorbidade; lactantes também serão vacinadas no “Dia D”

O Governo do Rio Grande do Norte pactuou o avanço imediato da vacinação das faixas etárias de pessoas sem comorbidades e inclusão de lactantes com bebê de até 6 meses. As decisões foram tomadas em reunião, na manhã desta quarta-feira (09), na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que contou com a participação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e representantes dos municípios potiguares.

Com a pactuação, o avanço para atender as faixas etárias sem comorbidades deverá ocorrer imediatamente e simultânea à vacinação dos grupos prioritários. O acerto será levado à apreciação do Poder Judiciário, já que atualmente existe uma decisão judicial em caráter liminar que impede o estado de incluir ou antecipar grupos para vacinação contra a covid-19.

“A decisão que a CIB tomou nesta manhã é muito importante porque significa, mais do que nunca, a gente avançar na preservação da saúde, na preservação da vida, considerando que o quadro epidemiológico aponta, infelizmente, para crescente mortalidade de pessoas mais jovens. Daí a necessidade imperiosa de vacinarmos, simultaneamente, os grupos prioritários; e, agora, avançarmos na faixa etária por idade de forma decrescente, a exemplo do que está sendo feito em outros estados”, disse a governadora Fátima Bezerra, durante a coletiva de imprensa realizada no início da tarde de hoje (9) no auditório da Governadoria, em Natal.

Com a chegada de um novo lote, na madrugada desta quinta-feira (10) — são 59.250 doses da AstraZeneca/Oxford – será feita uma divisão de 50% para o avanço em faixa etária e 50% em grupos prioritários, incluindo a cota para trabalhadores da educação.

Também foi pactuado a inclusão da vacinação para lactantes com bebês de até 6 meses, que deverá ocorrer juntamente com a vacinação de gestantes e puérperas no “Dia D”, a ser realizado no próximo sábado (12). A inclusão das lactantes segue as recomendações da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN. O projeto de lei da deputada estadual Isolda Dantas (PT) inclui as mulheres lactantes na prioridade da vacinação contra covid-19 no Rio Grande do Norte.

Além dessas pactuações, foi decidida a realização de um mutirão para o registro no RN + Vacina, em uma ação conjunta ao Cosems, regionais de saúde e apoiadores técnicos da Sesap, a fim de atualizar as informações da aplicação das vacinas no sistema. A Sesap também disponibilizará um formulário para os municípios informarem os números da vacinação das pessoas com comorbidades, uma forma de proporcionar celeridade a este público.

“O ‘Dia D’ será abrangente, fazendo a busca ativa dos grupos prioritários que ficaram um pouco para trás em todos os municípios. Devido à subnotificação de doses aplicadas, precisamos colocar esses dados do RN + Vacina e, a partir dos mutirões, vamos apoiar e estimular os municípios nos registros de doses”, informou Lyane Ramalho, subsecretária de Planejamento e Gestão da Sesap.

O Rio Grande do Norte recebeu mais de 1,6 milhão doses de vacinas, sendo 762.440 da CoronaVac/Butantan, 814.950 da AstraZeneca/Oxford e 102.960 da Pfizer; e, 1.169.745 doses já foram aplicadas nos potiguares.

Panorama Epidemiológico — Durante a coletiva, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, apresentou o panorama epidemiológico da covid-19 no Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte continua num platô alto de casos que tem ultrapassado o limiar de 1.300 casos no final de maio, mostrando a gravidade da situação. “Os dados mais recentes mostram que, a partir de fevereiro deste ano, os decretos tiveram efeito, mas o platô voltou a subir, possivelmente associado aos contatos realizados em datas comemorativas, como o Dia das Mães”.

Segundo a tendência de casos apresentada pelo secretário, a Região Metropolitana de Natal, e os municípios de São José de Mipibú, Santa Cruz, Assú, Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros apresentaram um aumento no número de casos nas últimas semanas, com exceção da região de João Câmara, que houve um declínio de casos mais significativos. Já em relação aos óbitos, o RN apresenta um platô acima de 20 óbitos/dia. A letalidade está acima de 1,5% de casos de mortalidade para cada 100 pessoas diagnosticadas.

“É importante mantermos os decretos restritivos. Principalmente, de bases regionalizadas, o fortalecimento das medidas de fiscalização em torno do “Pacto pela Vida” e dar uma atuação mais forte para atenção primária à saúde, monitorando os casos, fazendo a vigilância, isolamento das pessoas”, reforçou Cipriano.

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