Você conhece alguém que seja dependente emocionalmente de outra pessoa? Ou melhor, alguém que projeta suas expectativas no outro? Pois é, o mundo está cheio de pessoas assim, pessoas essas que na maioria das vezes se submetem a essas situações sem ao menos perceber e enxergar algo de diferente nisso, são pessoas que tendem a depender do outro pelo fato de se sentir preparado para tomar suas decisões, e até mesmo precisar do outro para se sentir amado. Sim, isso existe, e está mais próximo a você do que imagina. Pois, o que acontece em algumas situações é que as pessoas tem a necessidade de externar tudo o que vive, tudo o que está sentindo, esquece que antes delas externarem algo, precisam antes de tudo se compreender em relação aos seus sentimentos e emoções, devem entender que a necessidade de falar para o outro precisa ser recíproca, pois antes de tudo ela tem que entender qual o seu objetivo nisso, e como vai se sentir após tomar essa atitude.
A dependência emocional geralmente apresenta alguns sinais, porém não fica tão claro para quem está na situação, e muitas das vezes as pessoas se sentem pressionadas diante disso, e leva algum tempo para entender que esse momento não é um dos melhores, mas sim, precisa resolver o mais rápido possível, pois os envolvidos na relação sofrem bastante. Alguns indicadores dessa dependência que, em geral, acomete relacionamentos conjugais são ciúme, controle e possessividade. Mas lembrando, essas situações também podem acontecer entre amizades e familiares, como por exemplo aquele amigo que quer a atenção o tempo todo para ele, ou uma mãe que acredita que precisa dar atenção total a um único filho, podem indicar o problema. Vale destacar que nesse tipo de relação não existe espaço para desentendimentos e conflitos, já que se surgir haverá uma ameaça do vínculo, causando um possível rompimento. E isso ocorre justamente porque foi instalada uma dependência emocional, e assim, o outro passa a ser colocado em uma posição no qual preenche o vazio, como se fosse o responsável pela sua completude. Porém, esse tipo de relacionamento não é saudável e, muitas vezes, é necessária ajuda profissional para conseguir reconhecê-lo.
Glycia Thianne Paiva Cardoso, 25 anos, Mossoroense, graduada em psicologia pela Universidade Potiguar. CRP 17/5073