Por VANJA REIS
Nunca a vida foi tão refém do exalo
se exalas bem,
és um fruto poderoso.
Do amor ao ódio
há um cheiro que domina o homem,
natureza adentro;
pensar, exalar, viver, nada mais.
Agora somente um perfume nos inebria, ainda que na senzala da morte,
mas nos inebria.
Tão somente o existir, não somente a vida, mas o cheiro do medo e da incerteza.
Exalar deixou de ser somente verbo,
agora se fez carne.
Se me ofendes,
de odor me desvaneço e te perco assim, infragrante.
E sobrevivo na essência que aflora
na alma pela intuição do ser,
Instinto que me faz querer viver
os sonhos
em flagrâncias
em todos os sentidos
da química efluir
da pele o desejo
do outro nos corpos sedentos aos anseios que me devoram.
Da ausência física como bálsamo…