É fato que há algum tempo as redes sociais vem dominando um amplo espaço em nosso meio, principalmente com o público mais voltado para os bloggers pessoais, onde são perfis que buscam a todo momento mostrar uma nova coleção de roupa, bolsas, sapatos; ou também aquele perfil onde você vai se deparar com as dicas “perca 10 kg em 1 mês”, será mesmo que isso existe? E aquela foto com uma paisagem incrível? Será que o houve alteração no contraste? E o nível de saturação, será que deu algum efeito diferente? E o corpo distorcido, esconde algo? Sabemos que essas são situações que só basta olhar a rede social durante 30 minutos, que já é tempo suficiente para que a pessoa do outro lado da tela sinta-se mal diante de todos aqueles padrões exigidos pela sociedade, vulgo rede social, e principalmente se você não estiver seguindo esses “padrões”.
No entanto, sabemos que tudo em excesso pode tornar-se algo prejudicial à saúde, e quando falamos em redes sociais vemos que existe uma gama de opiniões sobre o conteúdo que é exposto. Além da rede social ser uma vitrine, expondo diferentes modos e estilos de vida, nelas tem pessoas que buscam sempre mostrar a sua melhor versão. Um dos pontos mais ressaltados nas redes sociais é a busca pelo corpo ideal ou “perfeito”, onde na verdade sabemos que esses são padrões impostos pela sociedade, e que a mídia reforça, acarretando danos para quem tem acesso a esse conteúdo. Dessa forma, quem vê do outro lado tem a impressão de um mundo com requintes de perfeição, onde tudo acontece de forma perfeita, e na maioria das vezes, quem está do outro lado da tela acaba se frustrando com o que vê.
O ponto positivo disso tudo é que você ainda consegue restringir um pouco os conteúdos que poderão aparecer para você. Sabe aquele unfollow que muitos temem? Pois é, ele funciona. O “unfollow” positivo existe para que você consiga filtrar conteúdos que de alguma forma poderão acrescentar a sua vida de forma saudável, e não como uma tormenta ou obrigação. A faxina nas redes sociais tem como intuito tornar a sua vida mais leve, onde os gatilhos que causariam uma insatisfação serão diminuídos, pois, como você não controla a vida, atitudes e escolhas do outro (ainda bem), pelo menos ainda resta o poder de escolha para você, e quem decide o que ter acesso ou não nas redes sociais é você.
* Glycia Thianne Paiva Cardoso, 23 anos, Mossoroense, graduada em psicologia pela Universidade Potiguar. CRP 17/5073.