Avaliação

Professores dizem que aulas remotas não garantem aprendizagem

Informação é de pesquisa feita pelo SINDISERPUM com 229 docentes da rede municipal de ensino

A maioria dos professores de Mossoró afirmou, em pesquisa feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) que as aulas remotas, realizadas provisoriamente nesse período, por conta da pandemia da Covid-19 não garantem aprendizagem dos estudantes. De acordo com 83% dos professores pesquisados, as atividades on line não são efetivas para a aprendizagem dos alunos.

Esse e outros dados foram apresentados ontem aos docentes durante assembleia on line promovida pela entidade nesta terça-feira, 2/6. A pesquisa apontou anda que para 87,3% dos professores pesquisados, as aulas remotas aprofundam as desigualdades na distribuição das oportunidades de ensino-aprendizagem. Outro dado que chamou bastante a atenção da direção do sindicato é que 49% dos docentes pesquisados afirmaram que menos da metade dos alunos de cada turma assiste às aulas remotas.

Para a presidente do SINDISERPUM, Marleide Cunha, a secretária de Educação de Mossoró, Magali Delfino, “enterrou qualquer resquício de racionalidade e alguma responsabilidade com a educação pública ao tentar criar uma realidade paralela (ilusória) sobre a frequência dos estudantes as aulas remotas” ao afirmar, em entrevista a órgão de comunicação que a frequência dos estudantes a essas aulas é de 95%.

“Jogar na imprensa um número de 95% de frequência em atividades virtuais é absurdo. Tão irreal que nem podemos chamar de mentira, pois dizem que toda mentira tem algum fundo de verdade. Acho que a palavra neste caso, é devaneio. Até nas aulas presenciais este número é difícil de ser alcançado”, ressaltou a sindicalista

Segundo o sindicato, 229 professores da rede municipal responderam à pesquisa. “Tomamos o cuidado para que somente respondessem ao questionário os docentes que estão efetivamente em exercício de sala de aula”, ressaltou Marleide Cunha na assembleia desta terça-feira, 2/6.

Para o SINDISERPUM, os professores estão realmente se esforçando para garantir alguma efetividade, mas as dificuldades socioeconômicas e familiares são imensas. “É preciso reconhecer os impactos destas atividades virtuais no aprofundamento das desigualdades das oportunidades de aprendizagem. Caso contrário, as crianças e adolescentes da escola pública sofrerão para vida inteira os efeitos da pandemia 2020”, finaliza Marleide Cunha.

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