Fala independente

Jornalistas lançam primeira revista feminista de Mossoró

Projeto terá em sua linha editorial a produção de reportagens e publicações onde as mulheres serão as protagonistas

Mossoró é uma cidade que historicamente expõe uma grande representatividade feminina, porém esse é um fato que contrasta de forma significativa com as desigualdades sociais que inclui gênero, classe e raça. Temas tão importantes, principalmente para quem é, diretamente, afetado e tão pouco explorados pelas mídias locais.

É exatamente para ocupar esse espaço ocioso que surge a proposta inovadora e pioneira de uma mídia independente e feminista que venha abordar esses temas ignorados. Trata-se da revista Matracas, um veículo de comunicação que será lançado nesta sexta-feira (22) em Mossoró que traz na sua linha editorial um jornalismo sob a perspectiva de gênero, independente e sem mordaças.

A revista Matracas foi idealizada e tem a frente as jornalistas Ceiça Guilherme e Sayonara Amorim que trazem como grande diferencial em relação as mídias convencionais, a fala aberta e direcionada para um determinado público, no caso as mulheres. A Matracas terá na sua base um jornalismo aberto, completo, responsável e sem limitações. Os conteúdos serão totalmente produzidos por mulheres que serão também o foco de todas as temáticas abordadas.

Segundo a jornalista Ceiça Guilherme, é uma proposta inovadora e desafiadora comunicar e abordar temas importantes referentes as mulheres, temáticas que muitas vezes incomodam uma sociedade estruturalmente machista. “A ideia é, unir jornalismo e feminismo para defender mulheres, ouvir mulheres, denunciar violências, contribuir com as lutas, defender direitos, ampliar vozes… Vamos abordar questões invisibilizadas na mídia tradicional”, destacou.

A revista será veiculada de forma online, com publicações especiais quinzenais, porém, terá ‘alimentação’ de informações atualizadas em suas redes sociais. Para a jornalista Sayonara Amorim, contar histórias de mulheres de forma integral e sem cortes ou censuras é algo que sempre a atraiu. “Desde o início do meu trabalho como repórter sempre me atraiu muito contar histórias, ir nos locais, detalhar fatos, porém, os limites e as regras presentes nos meios de comunicação tradicionais sempre me incomodaram. Por isso a ideia de um jornalismo independente onde não existe um controle de fala é o que me instiga. O objetivo é ir buscar histórias de mulheres, onde quer que elas estejam. Vamos fazer jornalismo humanizado, numa perspectiva de gênero e, claro, estendendo as discussões para as questões de classe e raça”, completou.

As jornalistas reforçam que um dos objetivos da Revista Matracas é ser uma espécie de porta voz de mulheres, principalmente das mulheres que não tem voz e nem vez. A primeira edição da revista estará disponível a partir das 20h de sexta-feira (22) no site: http://matracas.com.br. Publicações da revista também serão disponibilizadas através do Instagram, Facebook, Twiter e YouTube.

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