Greve poderia ter durado menos
Finalmente chegou ao fim a greve dos professores da rede municipal de ensino de Mossoró, iniciada em 8 de março. Quase 40 dias em que os alunos ficaram sem aulas por causa da intransigência da prefeita Rosalba Ciarlini. Na prática, quase nada foi oferecido para que os docentes pusessem fim à paralisação. Isso porque a prefeita já vinha atendendo – mesmo a conta gotas – algumas das reivindicações dos trabalhadores.
Parece que Rosalba fez cavalo de batalha e somente abriu-se ao diálogo após o Ministério Público convocar uma audiência. Lembrando que provocação nesse sentido foi feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), após a prefeita ignorar nove ofícios pedindo para negociar.
Sobre o resultado da audiência com o MP, para os professores ficou o compromisso da prefeitura de avaliar, a partir de agosto, o impacto da concessão da diferença do reajuste do Piso do Magistério. As publicações das progressões (mudança de letra) vem sendo feita, mesmo que lentamente e assim continuará até o final do ano. O mesmo em relação ao pagamento do décimo quarto salário.
Enfim, Rosalba vem fazendo – a passos de tartaruga – o que tem de fazer. Só não quis sentar para negociar com o sindicato. Atitude pequena para a principal autoridade da cidade. Foi essa sua intransigência que fez com que a greve durasse tanto. É esperar que cumpra o que se comprometeu junto ao MP. Já que ela não teve a grandeza de um gesto mínimo que evitaria que a greve durasse tanto.
Sem consignados
Não são apenas os servidores da prefeitura de Mossoró que estão sem poder contrair empréstimos consignados junto a bancos oficiais: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Os servidores do Governo do Estado do Rio Grande do Norte estão sem o benefício desde fevereiro do ano passado. Nesses tempos de arrocho salarial e atrasos nos recebimentos de proventos, não poder renovar um empréstimo tem sido uma pedra no sapato de parte do funcionalismo público potiguar.
Programação do trabalhador
Movimentos sociais e sindicais já estão montando a programação das comemorações de 1° de maio, dia do trabalhador. Em Mossoró terá atividades políticas e culturais a partir das 8h com passeio ciclístico e carreata saindo do Sindprevs e culminância no Sinte, com feijoada e banda de música.
Bom exemplo
Em Porto do Mangue, a prefeitura concede bolsas de estudos a alunos do ensino médio (tanto da rede estadual quanto os que estudam no IF). O projeto foi criado pela atual administração municipal, do prefeito Sael Melo.
STF na berlinda
É bem verdade que o ministro Alexandre Moraes exorbitou ao abrir investigação contra quem critica o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele o fez porque sabe que tem gente graúda agindo contra a Corte. Mas o Alexandre errou. Por duas razões muito óbvias. A primeira é que no sistema persecutório penal brasileiro, um órgão acusa, outro investiga e um terceiro julga. Portanto, se o STF é órgão juklgador, ele não pode investigar. Segundo: qualquer ato que atente contra a liberdade de expressão é condenável sob todos os aspectos. Agora que tem gente querendo um STF cada vez mais fraco e desacreditado, isso tem.
Impeachment
Os mais exaltados querem que seja instalado processo de impeachment dos ministros Dias Toffoli e do próprio Alexandre de Moraes. Impeachment, no Brasil, sempre nos deixa com um pé atrás. E na pior das hipóteses disso acontecer, quem nomearia seria o presidente Bolsonaro. E os escolhidos por ele são de uma incapacidade terrível. Para se ter uma ideia, o mais festejado é o limitadíssimo Sérgio Moro.