Comunidade acadêmica discute retomada das atividades presenciais na UERN
Ainda no mês de junho, haverá uma nova reunião para avaliar o momento e traçar as estratégias para a retomada das atividades
Um momento rico de debate em torno de soluções para o retorno das atividades acadêmicas na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), suspensas desde 31 de março devido à pandemia do Covid-19.
Nesta segunda-feira (1°), diretores de Unidades Acadêmicas, representantes do Fórum dos Chefes de Departamentos Acadêmicos, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Associação dos Docentes (ADUERN) e do Sindicato dos Técnicos Administrativos (SINTAUERN) discutiram com a equipe de gestão universitária e com a Comissão Especial de Consulta alternativas para a retomada de atividades acadêmicas na Instituição.
A Comissão de Consulta apresentou os estudos que estão sendo desenvolvidos para a retomada presencial das atividades, nas dimensões acadêmica, de infraestrutura e de tecnologia. De acordo com a reitora em exercício, Fátima Raquel Morais, o objetivo da comissão é apontar as necessidades e sugerir soluções para que Universidade esteja pronta para a retomada presencial, embora ainda não seja possível prever quando as atividades presenciais poderão voltar a acontecer.
“Não sabemos quando tudo isso vai acabar, mas sabemos que nada será como antes. Sabemos também que será uma retomada gradual, pois temos em nossa comunidade, professores, estudantes e técnicos com comorbidades, que não poderão voltar à rotina de trabalho presencial de imediato. Além disso, a UERN terá que disponibilizar álcool e outros insumos para o retorno das pessoas em seus ambientes. Tudo isso está sendo analisado cuidadosamente, discutido e deverá compor um documento para orientar a Universidade neste momento”, explicou a reitora em exercício.
Se por um lado a UERN traça estratégias para a retomada presencial, por outro, a Instituição estuda alternativas para a oferta de atividades neste momento de isolamento social. O pró-reitor de Ensino de Graduação, Wendson Dantas, apresentou uma proposta de oferta de componentes na modalidade de ensino remoto em semestre especial.
A ideia é utilizar meios digitais e/ou não digitais no processo de ensino-aprendizagem através da oferta de disciplinas de forma remota. A adesão tanto para professores quanto pra estudantes não é obrigatória, não havendo nenhum prejuízo para o estudante ou o professor que não se inscrever nesta modalidade. Os professores poderão ofertar até uma disciplina e os estudantes se inscrever em até dois componentes curriculares. A proposta deverá ser enviada nesta semana para apreciação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).
“Este modelo está sendo utilizado por outras Instituições de Ensino Superior do país. A vantagem para o estudante é que ele poderá cumprir neste período de isolamento social parte dos componentes acadêmicos do seu curso, e até disciplinas optativas. Outra vantagem é que, dependendo da adesão, irá contribuir para que as salas de aula estejam com menos estudantes no retorno da modalidade presencial, respeitando as orientações de distanciamento que precisarão ser adotadas neste novo momento”, argumentou o pró-reitor.
Para os estudantes que queiram aderir ao semestre especial e tenham dificuldades de acesso à internet, a Pró-Retoria de Assuntos Estudantis (PRAE) irá lançar, caso a proposta seja aprovada pelo CONSEPE, um edital para disponibilizar bolsas com o objetivo de garantir aos estudantes em condições de vulnerabilidade social, recursos para esse acesso à tecnologia.
Ainda no mês de junho, haverá uma nova reunião para avaliar o momento e traçar as estratégias para a retomada das atividades presenciais e acadêmicas na UERN.