Política

Campanha de Lula pede inelegibilidade de Bolsonaro no TSE por abuso de poder político e econômico

Uma das ações defende que o presidente destinou recursos financeiros de forma ilegal aos cidadãos com o objetivo de ganhar votos

A campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume a chefia do executivo em janeiro de 2023, entrou com duas ações de investigação judicial eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a inelegibilidade do presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico. A informação foi apurada e publicada pela CNN Brasil nesta quinta-feira (8).

Contemplando 53 páginas, conforme aponta a reportagem, uma das ações defende que o presidente destinou recursos financeiros de forma ilegal aos cidadãos com o objetivo de ganhar votos e, portanto, infleunciar a escolha dos eleitores nas urnas. Ao todo, o documento lista dez ações que se configuram como abuso de poder, dentre as quais estão erros na inclusão de beneficiários do Bolsa-Família entre 2019 e 2022, antecipação dos repasses do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás durante o segundo turno e o Crédito Consignado do Auxílio-Brasil.

A coligação observa, ainda, que as ações não buscam criticar medidas favoráveis à população, mas a utilização da máquina pública por Bolsonaro e seus apoiadores para “otimizar tais programas sociais com o claro intuito de promover campanha eleitoral em favor do candidato à reeleição, o que é vedado pela legislação brasileira”.

A segunda ação, por sua vez, soma 198 páginas. De acordo com a matéria da CNN, ela pede que, além de Bolsonaro, também se tornem inelegíveis o candidato a Vice, Braga Neto, os filhos do presidente, senador Flavio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, a deputada Carla Zambelli, o deputado eleito Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer e Magno Malta.

Como embasamento, a solicitação aponta que os nomes citados atentaram contra o sistema eleitoral brasileiro com a finalidade de “abalar a normalidade e higidez do pleito, para, assim, deslegitimar o sufrágio eleitoral democrático e seguro, incutindo nos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema eleitoral e, por consequência, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito”.

Os atos mencionados se referem a condutas antes da campanha eleitoral, no período eleitoral, no dia da eleição e após o pleito. Estão entre elas a divulgação do Inquérito no 1.361 ao nascimento da desinformação do suposto ataque “hacker” às urnas, Intensificação do ataque aos institutos de pesquisas durante a campanha eleitoral e o pedido de anulação de votos depositados em 279 mil urnas eletrônicas sem respaldo fático-comprobatório.

Tribuna do Norte 

Notícias semelhantes
Comentários
Loading...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support