A divisa, a pandemia e os empregos
O vizinho Ceará viverá tempos ainda mais difíceis nos próximos dias. A pandemia atingirá níveis de descontrole em solo cearense, preveem autoridades sanitárias. Trata-se de um alerta que exige medidas urgentes das autoridades daquele Estado, e também de seus vizinhos. O Rio Grande do Norte, cuja média de contaminação atingiu patamares superiores ao da média nacional, é um deles.
Essa situação diz respeito de forma muito particular à cidade de Mossoró, localizada a poucos quilômetros do Ceará.
Fomos informados hoje que uma empresa que atua naquele Estado e que tem funcionários que residem em cidades como Mossoró, Serra do Mel e Areia Branca, segue com suas atividades. Mais que isso: os trabalhadores viajam toda segunda-feira ao Ceará, mais precisamente para a cidade de Cascavel, e retornam toda sexta-feira à noite.
Esse fato mostra duas coisas: primeiro que a possibilidade de transmissão de pessoas indo e vindo do Ceará está cada vez mais evidente. Segundo, que não há barreira sanitária – estadual ou municipal – que faça o monitoramento e/ou o contingenciamento desse tráfego.
É preciso que a prefeitura de Mossoró e de ouras cidades vizinhas adotem medidas urgentes para evitar esse entra-e-sai pela divisa RN/CE. Mesmo que o tráfego seja por questões de trabalho, é necessário que se tome providências para que, nessa crise, não viremos também um Ceará.
NAS ALTURAS
A Companhia de Serviços Energéticos do Rio Grande do Norte (Cosern), conhecida por gostar de aumentar o valor da conta de energia, está se superando nesses tempos de isolamento social. As contas estão vindo com valores muito acima da média.
PERIGO À VISTA
Engana-se quem pensa que a ameaça de cassação do registro do PT é uma investida apenas contra aquele partido. É uma tentativa de acabar com o pluripartidarismo. Ou todos os partidos reagem o quanto antes ou poderá ser tarde demais.
NAS ENTRELINHAS
É interessante temos conhecimento de que pessoas se curam do coronavírus. Agora, é um risco enorme ficar replicando informações dessa natureza (principalmente as falsas notícias) darão a muitos a falsa sensação de que se poderá acabar com a quarentena. Os robôs do gabinete do ódio, liderado pelo filho do presidente Bolsonaro, adora replicar essas informações (especialmente as que não correspondem à verdade).