Uern completa 52 anos de história com avanços expressivos
A interiorização é a marca forte da Uern. São seis campi localizados nos municípios de Assú, Caicó, Mossoró, Natal, Pau dos Ferros e Patu
Fundada no interior do semiárido nordestino, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Uern completa nesta segunda-feira, 52 anos de história. Por mais de meio século, a Instituição tem oportunizado à população norte-rio-grandense o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade.
A interiorização é a marca forte da Uern. São seis campi localizados nos municípios de Assú, Caicó, Mossoró, Natal, Pau dos Ferros e Patu, distribuídos em todas as regiões geográficas do estado, conferindo à Universidade a maior capilaridade regional do Estado. Atualmente, são 58 cursos em licenciatura e bacharelado, que contribuem significativamente para o fortalecimento da educação básica e do desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte.
“Ao longo de 52 anos, a Uern tem avançado, fazendo história de transformação social, cultural, econômica e educacional no RN. E nos últimos anos, esses avanços foram ainda mais expressivos. A Uern acompanhou os crescimento das universidades do país, com políticas mais fortes de pesquisa e pós-graduação e de extensão”, declara a Vice-Reitora Fátima Raquel Rosado Morais.
De acordo com o Pró-reitor de Ensino de Graduação, Wendson Dantas, o ensino na Uern tem sido pautado por importantes conquistas ao longo dos últimos anos, fazendo com que a Uern consolide a sua marca de universidade socialmente referenciada em todo o estado do Rio Grande do Norte. “Temos todos os cursos reconhecidos e bem avaliados junto ao Conselho Estadual de Educação, o que confere ao estudante da Uern a garantia de validade e reconhecimento de seu diploma em todo o território brasileiro”, afirma.
Na pós-graduação, a Instituição conta com 22 cursos de mestrado e 4 doutorados, refletindo em maior quantidade e qualidade nas pesquisas desenvolvidas. Além disso, mais de 90% do corpo docente da Uern é formado por mestres e doutores, resultado da política de capacitação que também alcança os servidores técnico-administrativos.
“Nos últimos anos, a Uern vem adquirindo uma grande robustez quanto ao desenvolvimento das suas pesquisas, assim como aos resultados que elas estão obtendo. A cada ano que se passa, os números de projetos são maiores e, por conseguinte, o número de pessoas envolvidas também. São pesquisas que lidam com as mais diversas áreas do conhecimento, sobretudo aquelas consideradas áreas estratégicas para o estado do Rio Grande do Norte”, afirma o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Rodolfo Cavalcanti Lopes.
Na extensão, são mais de 200 ações desenvolvidas, incluindo ações de grande repercussão na sociedade, como o Grupo de Dança Universitário de Mossoró – Grudum, o Grupo de Teatro Universitário de Mossoró – Grutum e Festival de Teatro da Uern – Festuern. “A extensão é o elo entre a Uern e a sociedade. É a instituição levando seus serviços e projetos para a comunidade”, declara o pró-reitor de Extensão, Emanoel Márcio.
Bem mais que avançar nas áreas de ensino, pesquisa e graduação, a Uern vem se adaptando diante dos desafios e dificuldades, otimizando cada vez mais o ensino oferecido à população norte-rio-grandense. Neste ano, por exemplo, diante de uma pandemia, a Universidade se adaptou à nova realidade para continuar com sua missão de oferecer um ensino de qualidade.
A emergência da adoção do ensino remoto no semestre atual configurou-se como um grande desafio imposto pela pandemia do novo coronavírus. Mas, também, como uma oportunidade de desenvolver o ensino de graduação com qualidade; de oportunizar qualificação do seu corpo docente, técnico-administrativo e discente no uso de ferramentas digitais e ambientes virtuais de aprendizagem; de promover mais inclusão, fortalecendo a política de permanência estudantil nesse momento difícil; e de se aproximar, cada vez mais, da sociedade.
Universidade democratiza o acesso ao ensino superior
Criada em 28 de setembro de 1968, pela Lei Municipal nº 20/68, a Uern nasceu com o nome de Universidade Regional do Rio Grande do Norte – Urrn, vinculada à Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte – Furrn. Em 8 de janeiro de 1987, o então Governador do Estado, Radir Pereira, assinava a Lei Estadual nº 5.546, que estadualizou a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – Uern.
A Uern tem democratizado o ensino superior, sobretudo para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O percentual de estudantes da Instituição oriundos da escola pública equivale a 82,9%.
Diante do grande número de estudantes oriundo de escola pública, a política de assistência estudantil se fortaleceu nos últimos anos, com a conquista do voto paritário em 2016 e a criação da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis – Prae, em 2018, que possibilitou, entre outras conquistas, o aumento no número de bolsas ofertadas para os alunos em condição de vulnerabilidade social.
A proporção de estudantes de escola pública no corpo discente da Uern é fruto de um aprimoramento da política de cotas no processo de admissão de estudantes via SISU, com 50% das vagas destinadas a egressos de escola pública; cotas para pretos, pardos e indígenas, estes com o seu direito garantido por meio de procedimentos de heteroidentificação; pessoas com deficiência e o argumento de inclusão regional. “Dessa forma, a Uern contribui para a garantia de direitos fundamentais, para a redução das desigualdades sociais e para o desenvolvimento socioeconômico do RN. Mas, também, para o fortalecimento de uma instituição democrática, inclusiva, plural, participativa e socialmente referenciada”, ressalta professor Wendson Dantas.
A Vice-Reitora Fátima Raquel Rosado Morais destaca que hoje a Uern é referência na formação acadêmica. “Mais 90% dos professores da educação básica são egressos da Uern, somos referência com ações de pesquisa, de extensão. Também somos referência ao processo de formação de estudantes, sobretudo em situação de vulnerabilidade social. Temos cursos de qualidade, temos toda uma organização administrativa e acadêmica que tem evoluído ao longo de nossa existência”, finaliza Fátima Raquel.
Agecom/Uern