Rosalba revela sua pior face

Desarrazoada, descabida e fora de propósito. Isso é o mínimo que se pode dizer da tentativa da prefeita Rosalba Ciarlini de impedir que a mensalidade sindical dos servidores seja descontada de forma consignada em folha de pagamento e repassada ao Sindicato dos Servidores Públicos

Municipais de Mossoró (SINDISERPUM). Com a greve dos professores, a prefeita deixou-se tomar pelo ódio. Com isso, tem agido de forma mesquinha, tacanha e vil. Sua postura não condiz com a grandeza do cargo que ocupa. Seus achaques ao sindicato são uma ameaça à liberdade. Calar uma entidade sindical é exercer o autoritarismo em sua face mais perversa. É desrespeitar quem pensa diferente. É flertar com a ditadura.

Por mais incisivo que tenha agido o sindicato. Por mais corrosivas que tenham sido as críticas dos dirigentes sindicais ou dos grevistas por eles liderados, não se justifica ato tão pequeno. Inaceitável que a prefeita da segunda maior cidade do Estado não tenha discernimento, polidez e equilíbrio emocional que lhes permitam agir com um mínimo de razoabilidade.

Incrível que Rosalba Ciarlini não consiga mensurar o ônus de estar comandando os destinos de uma cidade com mais de 300 mil pessoas, um universo de pensamentos, de ideias, de divergências. Certamente, fora do círculo de subserviência e vassalagem em que estão aqueles que dependem das benesses que o poder oferece, dificilmente há quem concorde com tamanha estultice, afinal de contas a prefeita parece adorar apenas aqueles que lhe dizem amém.

No seu intento de querer calar o sindicato, só há uma coisa maior que a parvoíce desse gesto insignificante: a maldade que é princípio, meio e fim dessa sua vontade. Querer despudoradamente minar as possibilidades de atuação do sindicato dos servidores é atitude deletéria cujos efeitos podem até trazer prejuízos aos servidores, mas macularão de forma tal a imagem da prefeita que sua biografia poderá deslizar de um possível panteão dos heróis para a sarjeta que a história reserva aos calhordas.

Aos que lerem esse texto, solicita-se um minuto de silêncio em respeito ao decesso do bom senso, ao falecimento da parcimônia, ao óbito da sensatez. Todos fulminados pelo ódio de quem sempre desejou ser rosa.

 

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