ARTIGO

Qual o papel do psicólogo nos transtornos alimentares?

Antes de iniciarmos falando sobre qual a função do psicólogo diante dos transtornos alimentares, devemos deixar claro o que é um transtorno alimentar. Os Transtornos Alimentares  são caracterizados por comportamentos alimentares disfuncionais, podendo levar ao emagrecimento extremo, à obesidade, ou outros problemas físicos. Sendo assim, o comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos, acarretando danos significativamente a saúde física e ao funcionamento psicossocial das pessoas. É importante lembrar que, para ser considerado um Transtorno, o comportamento incomum deve durar um certo período causando prejuízos a vida do indivíduo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria, 1% da população mundial, cerca de 70 milhões de pessoas sofrem com transtornos alimentares.

A etiologia dos Transtornos Alimentares está associada principalmente aos aspecto sociocultural, embora não se deva descartar os fatores biológicos, psicológicos e familiares e, por ser multifatorial, a influência social para manter-se magro, seguindo padrões estéticos, a baixa autoestima, entre outros, são aspectos determinantes para desencadear o transtorno alimentar. Quem sofre desses transtornos não consegue fazer escolhas livres em relação à sua alimentação ou ao seu corpo, e acaba sendo refém dos medos e obsessões que dominam sua vida.  Todo transtorno alimentar é o reflexo da relação conturbada com o alimento, com o ato de comer e com o corpo. De acordo com a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria (AAP) são classificados como transtorno alimentar oito categorias diagnósticas principais, aqui resolvi citar as mais conhecidas e vivenciadas por muitos: anorexia, bulimia nervosa, compulsão alimentar, transtorno alimentar restritivo e a síndrome do comer noturno.

Por ser um grupo de doenças que envolvem emoções e sentimentos negativos na relação com a comida (medo, culpa, arrependimento, fracasso), percepção corporal inapropriada (depreciação ou distorção de imagem corporal), crenças nutricionais distorcidas, o tratamento com a psicoterapia promove um trabalho direto no que diz respeito ao comportamento alimentar, pois ajuda o paciente a desenvolver uma capacidade de refletir sobre o pensamento e de identificar, investigar e gerar novas alternativas no modo de pensar, corrigindo assim as distorções cognitivas dos pacientes.


* Glycia Thianne Paiva Cardoso, 24 anos, Mossoroense, graduada em psicologia pela Universidade Potiguar. CRP 17/5073

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