Porque rico não quer lockdown

Mossoró tinha para ontem uma carreata contra o lockdown. Estranhei a atividade de ontem por uma razão sui generis: não estamos em lockdown. Lógico que os organizadores também sabem que não estamos no isolamento rígido. A intenção principal é causar. Causar injustificada indignação nos mais pobres e menos esclarecidos. Causar desnecessária e evitável revolta da população contra necessárias medidas de combate à pandemia. Causar providencial desvio de foco no instante em que veem à tona mais suspeitas sobre a família presidencial. Causar a falsa sensação de que estão defendendo o país. Para esses falsos cristãos, pouco importa que vidas sejam perdidas. Não se ouve uma única palavra deles de conforto às famílias dos quase 280 mil brasileiros mortos pela doença. O que eles querem é que mais necessitados morram, que o fosso que os separa dos pobres fique ainda maior. Esse povo não suporta a ideia de igualdade. A razão de ser desses seres é se sentir superiores. Tudo isso, acentuado pelo episódio em que os milionários Gabigol e MC Gui foram detidos trazem uma certeza: rico não quer o fim do lockdown para que pobre possa trabalhar. O que eles defendem é permissão para aglomerar e contribuir para que a pandemia se prolongue ainda mais. Nessa lógica, todos nós sabemos que ganha e quem perde.

 

APENAS COINCIDÊNCIA

O general Eduardo Pazuello, ainda na condição de ministro da Saúde, participou no sábado passado, 13/3, de audiência com governadores do Nordeste, oportunidade em que anuiu a que aqueles gestores adquirissem a vacina russa Sputinik V. Infelizmente, no domingo, 14/3, Pazuello “adoeceu” e “pediu” para deixar o comando da pasta.

 

MUITAS DIFICULDADES

Tem sido muito difícil a situação dos ex-diretores de escolas que tem cargo efetivo na rede municipal de ensino de Mossoró. Os relatos são os mais escabrosos possíveis.

 

TUDO EXPLICADO

As informações que chegam de Brasília são de que toda a equipe do Ministério da Saúde é controlada pelo presidente Bolsonaro. Ou seja, os titulares da pasta não tem autonomia alguma. Além disso, não podem sequer colocar o seu conhecimento a serviço da pasta. Tem que seguir tudo o que o capitão quer.

 

CIÊNCIA X NEGACIONISMO

Tudo isso mostra porque a cardiologista Ludhimila Hajjar não aceitou o convite para assumir o ministério. Bolsonaro lhe disse que não abre mão da cloroquina, que ela não poderia indicar ninguém para os cargos técnicos e sequer cogitasse a possibilidade de apoiar lockdown, sobretudo no Nordeste.

 

CIÊNCIA X NEGACIONISMO

Em entrevista à grande imprensa, Ludhimila disse que não aceitou o convite porque não concorda com a forma como a pandemia é tratada pelo Governo Federal. Em suas redes sociais, foi enfática: “jamais fraquejaria, meu lado é a ciência”.

 

BOM EXEMPLO

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Bernadete Ramos, no Liberdade II, dá um bom exemplo de logística de vacinação. Um agente de saúde vai nas casas das pessoas que vão ser vacinadas e lhes informa dia, hora e local em que ocorrerá a imunização. Sem filas, espera u aglomeração.

 

INTOLERÂNCIA NA UFERSA

Vem tomando conta das redes sociais a forma nada cortês com que o professor Valdir Fonseca tratou seus alunos na sua mais recente aula. Beira o absurdo.

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