Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu ansioso ou agitado uma vez na vida, ou sentiu o coração acelerado e pensou que era algum problema cardíaco. Pois é. Há algum tempo nosso estilo de vida vive uma intensa transformação, o dia parece ter menos de 24 horas, as horas parecem que são poucos minutos, não temos mais tanto tempo sobrando para assistir aquela série, ver aquele filme em boas companhias, ou “jogar” conversa fora com aquele amigo ou familiar distante. Parece que ao fazermos isso, estamos “perdendo tempo”, já que de certa forma não estamos sendo produtivos, e consequentemente isso prejudicará o nosso tão sonhado futuro, onde estaremos estabilizados financeiramente, sem nenhum problema para resolver, e tudo encaixado nos devidos lugares. Será mesmo?
5 anos atrás você esperava estar onde você se encontra hoje, e fazendo o que sempre quis fazer? Se sua resposta foi: Sim. Fico imensamente feliz que tenha conseguido a quase tão impossível autorrealização humana. E se sua resposta foi: Não. Calma! Ainda dá tempo de mudar isso. Dá tempo para você aproveitar mais sua família, seus amigos, utilizar melhor seu tempo. E mais, dá tempo compreender que nem tudo vale a sua saúde mental, ou melhor, não há dinheiro no mundo que compre saúde mental, que na vida é preciso você saber administrar cada parte do seu tempo, inclusive buscando fazer aquilo que você acha que é perda de tempo, pois são nesses momentos que o seu corpo e mente costumam desacelerar, evitando assim a busca pela produtividade eterna, por ter que estar sempre ocupada(o) fazendo algo relacionado ao crescimento profissional. É válido lembrar que quando você vive fazendo o que gosta e impondo limites no excesso de produtividade, os dias podem até ser cansativos, mas jamais te causarão um Burnout. Por isso faça dos seus dias momentos mais leves, desacelere para o bem da humanidade e por você.
Glycia Thianne Paiva Cardoso, 26 anos, Mossoroense, graduada em psicologia pela Universidade Potiguar. CRP 17/5073