Pandemia da Covid-19 segue em tendência de queda no RN
Maior parte dos indicadores epidemiológicos segue em decréscimo ou em patamar de estabilidade
A pandemia da Covid-19 segue apresentando tendência de queda no Rio Grande do Norte. Os principais indicadores epidemiológicos relacionados à crise sanitária provocada pela doença, como taxa de transmissibilidade, ocupação de leitos e notificações, estão em decréscimo ou em cenário de estabilidade.
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes Covid-19, por exemplo, segue em queda. A média geral de hoje é de 83% de ocupação dos leitos críticos, sendo que esse índice é de 85% no Oeste, 60% no Alto Oeste, 100% no Mato Grande, 53% no Seridó e 89% na região metropolitana de Natal.
“A solicitação por leitos de UTI vem caindo nas últimas semanas, mesmo com a reabertura da economia”, ressaltou em entrevista coletiva o professor Ricardo Valentim, coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), acrescentando que a lista de espera tem 5 pacientes e há mais de 40 unidades disponíveis.
A taxa de transmissibilidade também segue em menos de 1%, situação que persiste há duas semanas. “A taxa está de 1% para baixo em todas as regiões de saúde”, informou Valentim, acrescentando que o tempo de espera por um leito também tem diminuído. “São indicadores que podemos comemorar, mas é importante destacar que não é hora para relaxarmos nas medidas de proteção e segurança”, alertou, citando a necessidade de uso de máscara, a higienização frequente e o distanciamento social.
O pesquisador Ricardo Valentim, que é membro do Comitê Científico da Sesap/RN, afirmou que o respeito a essas regras permitirá que o Estado continue avançando para vencer a pandemia. “Não podemos desmobilizar, não devemos desinstalar nenhum equipamento. Pelo contrário, precisamos reforçar a mobilização pelo isolamento social, pela assistência às vítimas e pelos cuidados preventivos”, destacou.
Valentim alertou que se for feita uma desmobilização da rede assistencial, se houver uma segunda onda da crise sanitária, como aconteceu em várias partes do mundo e do Brasil, os mais prejudicados serão os mais carentes e que mais precisam da atenção da saúde pública. “O momento é de redobrar a atenção, o monitoramento e o cuidado”, analisou.
Alessandra Luchesi, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN), apresentou os dados epidemiológicos e reafirmou que o cenário é de redução dos indicadores da pandemia no Estado. “Mas não é momento de relaxamento das medidas de prevenção”, enfatizou.
Ela revelou que o Estado tem atualmente 1.526 óbitos por Covid-19, sendo que 10 ocorreram nas últimas 24h. “São mortes de pacientes que tiveram momento de infecção anterior ao período atual”, informou.
Ainda segundo Alessandra Luchesi, nas últimas semanas epidemiológicas vem ocorrendo queda na incidência de casos e mortes no Estado. O Rio Grande do Norte tem o segundo maior índice de redução de óbitos por Covid-19 em todo o país, com -45% (maior percentual entre as unidades da federação localizadas no Nordeste).