O aquartelamento e o acautelamento
O governo do Rio Grande do Norte foi rápido e certeiro, e conseguiu que o aquartelamento dos Policiais Militares e Bombeiros durasse poucas horas. Ponto para ambas as partes. Ao governo que conseguiu manter um diálogo e estruturar a possibilidade de atendimento a algumas demandas das categorias, e aos policiais por terem a sensibilidade de entender que no atual momento de crise pouco se pode fazer para atender a determinadas – e justas – reivindicações.
No cenário de desequilíbrio fiscal e financeiro em que está o Estado do Rio Grande do Norte falar em reajuste salarial é quase proibitivo. Em percentuais elevados, menos ainda, por mais que as categorias – e todas elas estão assim – venham acumulando defasagens salariais que achatam os salários.
Pelo bom senso, policiais e bombeiros sabem que não é de bom alvitre reivindicar aumento salarial utilizando o argumento de que os procuradores conseguiram. Certamente não existe ninguém na tropa que desconheça que o aumento dos salários dos procuradores é uma obrigação legal do Estado em face dos vencimentos deles estarem vinculados aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Assim, palmas para quem teve a sensatez de preferir o acautelamento ao aquartelamento. O Rio Grande do Norte merece que o diálogo estabeleça as bases para as relações entre administradores e administrados.
Sai pequeno
Se existe alguém que sai pequeno desse episódio do aquartelamento dos policiais e bombeiros é o deputado estadual coronel Azevedo. Insuflou a tropa para ter dividendos políticos, acreditando que a paralisação duraria muito. Azevedo até bem pouco tempo teve posto de comando da PM e sabe das condições de trabalho e de salário dos militares. Sabe ainda da situação financeira do Estado. Jogou para a plateia. Não deu tempo de ganhar aplausos.
Para contribuir
O princípio da imparcialidade do juiz determina que o magistrado deve manter-se entre as partes e acima delas. Nada de contribuir com qualquer uma delas. Se ajudar o réu, poderá inocentar um criminoso. Se ajudar a acusação, poderá condenar um inocente.
CNJ calado
Impressiona que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se mantenha tão acanhado nesse episódio do ex-juiz Sério Moro. A principal função do CNJ é cuidar para que os juízes atuem com imparcialidade.
STF: medo ou envolvimento?
Quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF) causam asco as declarações públicas da maioria dos seus membros sobre o tema. Os ministros estão com medo ou também estão envolvidos nas ações ilegais do ex-juiz Moro?
Desperdício e transtornos
Um vazamento na rede de água da Caern alagou um grande trecho da rua Raimundo Melo Nepomucena, no Conjunto Vingt Rosado. Além do desperdício de água, o problema tem trazido transtornos a quem trafega por aquela área.
Vaquinha virtual
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