Por: VANJA REIS
Descendo ladeira
com altos e baixos,
viro curvas;
entro no beco do atalho da paixão.
Abram alas!
a Colombina vai passar;
no embalo da folia
já é madrugada
de uma lua linda
és Olinda!
o palco da minha vida,
me deténs refém
entre confetes e serpentinas
Sem o Pierrô,
entrego-me aos encantos do Arlequim,
na fantasia de um sonho de carnaval.
Danço no frevo,
gira as sombrinhas
e já não posso mais voltar atrás…
gira ginga no compassa da emoção,
de saudade dancei
O fogo que arde, me queima
Já é quarta-feira
e nas cinzas da folia
jogo cartas na mesa…!
cai a máscara da ilusão
É o fim do caminho.