Estado registrou até abril 174 casos da doença
Até o momento, segundo dados da Sesap, a cidade com maior número de caso é Natal e em seguida vem Mossoró
O Rio Grande do Norte registrou até a metade do mês de abril deste ano 174 casos confirmados de dengue. A doença teve, ao todo, 1.180 notificações das quais 488 foram descartadas. As demais são casos suspeitos. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e estão no informe epidemiológico das arboviroses divulgado hoje, 11.
De acordo com a Sesap ainda não há registro de mortes pela doença neste ano. Segundo os dados, a taxa de incidência da dengue é de 33,43 casos por 100 habitantes. A cidade com maior número de casos confirmado, até agora, foi Natal, com 119. Mossoró foi a segunda com 18.
A Sesap também divulgou os dados da chikungunya, que teve 72 casos confirmados neste mesmo período, 16 semanas. Ao todo, foram notificados 894 casos, sendo 112 casos descartados. A taxa de incidência é de de 25,33 casos para100 mil habitantes.
Em relação à zika, foram confirmados 11 casos de um total de 57 notificados. Desses, 22 foram descartados. A incidência é de 1,61 casos por 100 mil habitantes. Um levantamento realizado pelo controle vetorial da secretaria em abril também aponta o índice de Infestação Predial – o indicador que mede o risco de adoecimento da população pelas doenças. Ao todo, 66 municípios potiguares estão em situação de risco (39,57%), 47 municípios estão em situação de alerta (28,14%), 8 municípios apresentam uma condição satisfatória (4,79%), e 46 municípios não realizaram ou ainda não enviaram as informações.
A Sesap alertou para os perigos e os cuidados com o início do período chuvoso no Rio Grande do Norte e a população passando mais tempo nas próprias residências em decorrência da pandemia da Covid-19.
Segundo os especialistas, a população desempenha um papel primordial no controle de vetorial do Aedes aegypti (que é o transmissor das três doenças) e, para isso, deve adotar alguns cuidados a fim de prevenir a proliferação do mosquito e evitar a transmissão das doenças. Entre as recomendações, estão:
- Manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
- Esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
- Não colocar lixo em terrenos baldios; manter a caixa d’água sempre tapada;
- Observar vasos e pratinhos de plantas que acumulam água parada;
- Ficar atento aos locais que possam acumular água parada como bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
- Manter em local coberto pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água;
- Não deixar acumular água em lajes e calhas, pois esses locais podem se tornar criadouros para o mosquito Aedes aegypti;
- E receber a visita do agente de endemias e aproveitar a oportunidade para tirar suas dúvidas.
As arboviroses urbanas apresentam diversos sinais clínicos semelhantes, dificultando a suspeita inicial pelo profissional de saúde e pode dificultar
a adoção de manejo clínico adequado, predispondo à ocorrência de formas graves, podendo levar ao óbito.
Sendo assim, os profissionais de saúde devem estar atentos aos seguintes sintomas: febre alta (39º a 40ºC) de início abrupto e com duração de 2 a 7 dias, associada à cefaleia, fraqueza, dores musculares, dores nas articulações e dor ao redor dos olhos; manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira; anorexia, náuseas, vômitos e diarreia.