Entrevista

Conversa da Semana com Petras Vinícius

“Eu acredito que as pessoas não entenderam sua real importância nas mudanças e principalmente na construção daquilo que a gente quer. Quando as pessoas caírem na realidade da importância que a política tem na vida delas, elas vão participar cada vez mais, elas vão cobrar cada vez mais”. A avaliação é feita pelo vereador Petras Vinícius (DEM). Em entrevista ao Portal do RN, ele afirma que é preciso que as pessoas acompanhem cada vez mais a atuação dos seus representante. Petras também discorre sobre seus projetos na área da educação inclusiva, diz que Mossoró perdeu muito com a cassação da ex-prefeita Cláudia Regina (ocorrida em 2013), afirma que o trabalho da Câmara Municipal em 2019 tem sido muito propositivo e diz esperar que a prefeita Rosalba Ciarlini respeite o trabalho dos vereadores e mantenha as emendas dos parlamentares à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Acompanhe a seguir a Conversa da Semana com Petras Vinícius.

Por Márcio Alexandre

A gente vai lutar para que a prefeitura de Mossoró respeite o trabalho da Câmara

PORTAL DO RN – Você foi escolhido o Parlamentar do Ano em 2018, ganhou o Prêmio Destaque Nacional da Marcha dos Vereadores. Como fazer chegar ao eleitor que essas premiações são o reconhecimento ao trabalho feito a favor da população?

PETRAS VINÍCIUS – Eu acredito que o chegar na população é a forma carinhosa e respeitosa com que nós recebemos, inclusive pelas redes sociais, o carinho das pessoas quando a gente foi agraciado tanto com título de Vereador do Ano quanto com o título de Destaque Nacional pela segunda vez. Em 2017 nós fomos agraciados pela primeira com o Destaque Nacional pela coordenação do Projeto Câmara Mirim, que é um projeto de construção de cidadania através da juventude, onde a gente inovou totalmente o e projeto que trabalhava com jovens de 12 a 15 anos, das escolas públicas e privadas.

PRN – E qual o ganho desses jovens com uma proposta dessas?

PV – Esses jovens tinham a oportunidade de discutir a política com p maiúsculo, mas eles tinham também a vivência, desde o início, inclusive com abertura de processo eleitoral nas escolas e começamos a discutir essa participação popular sobre direitos e deveres, sobre a participação do cidadão na construção da política que ele quer, tomando por base o pertencimento da mudança que ele quer, porque muita das vezes a gente fala em mudança e a gente não participa e não impõe o formato que nós desejamos. Começamos a trabalhar nesse jovem que ele é parte do processo e que o futuro dele está sendo construído agora. Então nós acreditamos na política com p maiúsculo quando a gente constrói com as pessoas e o Câmara Mirim deu essa oportunidade, quando construiu na base com essa juventude, a democracia, quando abriu o processo eleitoral na escola, quando veio para a Câmara Municipal e nós puxamos entidades, como foi o caso da universidade, que veio com o curso de Direito prestar assessoria aos jovens aqui do curso de oratória e produção textual para que eles apresentassem projetos bem elaborados, que eles tivessem a sustentação oral, assim como um vereador, com a TV Câmara transmitindo, com assessores, eles entendendo com,o é que funciona a Câmara, que não é apenas as sessões ordinárias, mas também as audiências, as reuniões temáticas, todas as comissões que esta Casa e também levar em conta aquilo que os vereadores produziram. Nós começamos a provocar para que eles abrissem discussões nas escolas, com a público escolar, com a comunidade, detectando os principais problemas, analisando porque a juventude está inquieta, o que é que está incomodando ela e o que é que poderia ser feito.

PRN – Essa preparação dos vereadores mirins rendeu alguma produção legislativa?

PV – Tivemos a elaboração de projetos perfeitos, como o projeto de combate à depressão, projeto de arte em grafite com premiação para jovens para utilizar espaços públicos abandonados e deixar a cidade cada vez mais bonita com a arte, projeto de esportes, vários projetos que hoje inclusive já se tornaram leis, por sugestão de um vereador de 12 ou 15 anos. Isso é magnífico. Com essas premiações, elas nos desafiam cada vez mais. E pensarmos: o que é que a gente pode fazer ,mais? Qual a diferença que a gente pode fazer na vida das pessoas? Estou vereador em primeiro mandato e eu peço sempre a Deus que me oriente e que a gente possa fazer o melhor,. Que a gente possa deixar marcas, que a gente possa olhar as pessoas nos olhos e ter a condição de andar os quatro anos e não só de quatro em quatro anos, porque política não é feita só de quatro em quatro anos, política é feita todos os dias, construindo com as pessoas, com os segmentos. E é dessa forma que nosso mandato faz.

É preciso pensar nos problemas mas é necessário buscar soluções

PRN – Nós fale sobre a Marcha da Saúde. O que ela trouxe de resultados?

PV – Foi uma marcha através da qual visitamos várias unidades básicas de saúde, detectamos os principais problemas, fiscalizando, ouvindo a população, ouvindo o servidor, levando ao secretário de Saúde na época os problemas. Muitas vezes problemas simples, como um tensiômetro que faltava numa unidade de saúde, e isso impedia que houvesse atendimento à população. Na oportunidade, usamos a tribuna da Câmara para cobrar do poder público, fiscalizamos, levamos o problema ao Legislativo e ficamos acompanhando para que a população pudesse ser atendida. Os problemas de saúde são inúmeros, isso é notório. E não é o caso mínimo, é o caso macro, que muitas vezes superlota o Tarcísio Maia. E eu costumo dizer que é preciso pensar nos problemas mas é necessário buscar soluções. Uma dessas soluções é o planejamento. A gente fala, ah o Tarcísio Maia está superlotado, mas o que está sendo feito para diminuir essa superlotação? O que está sendo feito para melhorar as condições do Tarcísio Maia? Primeiramente, começamos na base, atenção básica que é obrigação do município. Nós precisamos ter uma atenção básica de qualidade. Nós precisamos que os equipamentos funcionem a contento, que tenha medicação. E por que? Porque você tendo uma atenção básica de qualidade você diminui lá no final. Você consegue que várias outras doenças possam aumentar.

PRN – Você tem atuação na área educacional, inclusive na educação inclusiva. Quais dos seus projetos nessa área já viraram ações práticas?

PV – Nós, através do Gabinete nas Ruas, que é um formato que nosso mandato tem de ouvir a população e os segmentos organizados de Mossoró, no início de janeiro de 2017, nós estivemos reunidos com a Associação de Mães e Pais de Crianças Autistas de Mossoró e Região (AMOR) e na oportunidade nós fomos sentir na pele o que a aquela parcela da população sente. Tivemos essa vivência para poder extrair todas as informações necessárias para que pudéssemos apresentar aqui na Câmara a necessidade real daquelas pessoas. Eu não acredito em projetos que descem enlatados, feitos dentro de uma sala e as pessoas tem que aceitar esse projeto de qualquer forma. Precismos ter projetos que condigam com a realidade das pessoas. Dois projetos foram sugeridos nessa primeira reunião que tratam sobre a semana de conscientização do autismo, que é uma semana de debates, de busca de alternativas, de chamamento da população para que ela possa se envolver e conhecer também o autismo. As pessoas não sabem e não conhecem o autismo. Nós temos exemplos muito claros de famílias que tem crianças que tem autismo e elas acham que é apenas casos de crianças hiperativas. Então a Semana de Conscientização do Autismo foi apresentada aqui na Câmara, foi aprovada e semelhante a esse projeto nós apresentamos o projeto de lei das placas de pessoas com deficiência constando também o símbolo do autismo. O autismo é uma deficiência não vista aos olhos. Você está numa fila de supermercado e vê uma mãe com um filho inquieto, e muitos acham que é má educação, criança mimada, quando na verdade é autismo. Então nossa preocupação foi de garantir que essas pessoas tenham essa sua condição respeitada, inclusive elas tem uma carteira porque o autismo está incluído na lei nacional da pessoa com deficiência, então ele pode utilizar dessa prerrogativa. Então uma coisa que sempre me inquietou foi apresentar alguma lei e essa lei não sair do papel.

PRN – E como fazer para que isso não acontecesse também com essas suas propostas?

PV – Então esses projetos já tinham virado lei, mas não estavam em vigor. Nós nos inquietamos com isso e decidimos procurar parceiros. Pensamos no formato. Primeiro para que acontecesse a semana de conscientização para que desse visibilidade porque com visibilidade a gente começa a chamar as pessoas para a realidade, a gente chama a atenção do poder público para que faça políticas que atendam a demandas da pessoa autista. Nós buscamos a parceria do Partage Shopping para fazer a Semana de Conscientização do Autismo com uma série de programações, com chamamento para que outras entidades pudessem se envolver, com cinema azul para as crianças, com um leque de ações que pudessem dar visibilidade, e assim foi. Primeiro ano foi um sucesso. Esse ano já aconteceu a segunda semana de uma forma diferente, cada vez mais visível, as pessoas conhecendo, se identificando, várias famílias passando no estande, inclusive conversando com profissionais que trabalham com o autismo. Nesse ano, tivemos também um ciclo de palestras no Teatro Lauro Monte Filho. O símbolo do autismo foi no mesmo formato. Nós buscamos a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e a gente apresentou a proposta de que a CDL confeccionassem as plaquinhas com o símbolo do autismo. A CDL prontamente fez, nós montamos um cronograma e visitamos os principais supermercados da cidade para afixar essas placas.

PRN – Vai chegar às escolas também?

PV – Vai chegar sim. Vamos incluir as escolas, as clínicas.

Empreender na política é abrir formas em meio à crise para se suprir as necessidades que a população tem.

PRN – A Câmara está discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias e no ano passado todas as emendas apresentadas pelo Legislativo foram derrubadas. Como a Câmara deve atuar esse ano para garantir que algumas das emendas apresentadas aqui sejam mantidas?

PV – Eu acredito que nós vivemos um tempo de muita pressa. Tempo onde as pessoas cobram pressa dos políticos, dos movimentos. Isso é parte é muito bom, porque nós cobramos aquilo que temos direito. Então como vereador, apresentamos um leque de ações que podem ser realizadas. O poder de executar as ações é do Executivo. Um momento muito importante que temos é o da LDO, que é um momento em que temos oportunidade de discutir a peça que a prefeitura nos manda mas também de sugerir emendas. Sugerir emendas que a gente possa concretizar por exemplo o trabalho que a AMOR faz com os autistas; o trabalho que as pessoas com deficiência querem fazer nas ações que eles realizam. A gente muitas vezes tem uma ideia para contribuir com o município e é através das emendas que isso pode se tornar real. Infelizmente, como aconteceu em 2017 e 2018, todas as emendas, nossa produção legislativa no que diz respeito às emendas à LDO, elas foram todas vetadas pelo prefeito e mantidos esses vetos. Isso nos deixa incomodados e nós vamos mais uma vez apresentar emendas à LDO, estudar a LDO, porque nós acreditamos que só se faz política cumprindo com seu papel e muitas das vezes passando do seu papel quando você empreender. Empreender na política é abrir formas em meio à crise para se suprir as necessidades que a população tem. Então, em relação à LDO, a posição da oposição é de defesa do respeito a essa Câmara, de respeito ao trabalho. Não só da oposição, mas também da situação, porque as emendas da situação também foram vetadas. Então a gente vai lutar para que a prefeitura de Mossoró respeite o trabalho da Câmara que é um trabalho em defesa da população.

PRN – Como você classifica essa atitude da gestão de barrar até mesmo as emendas dos vereadores que lhe apoiam?

PV – O que eu acredito e volto a falar nisso é que nós vivemos um momento em que nós precisamos refletir sobre nossas posições, seja no mundo cotidiano ou na política. Nós precisamos observar os tempos. Nós vivemos tempos difíceis. Mas só se vive crise se forem reeditadas inclusive situações. E o momento eu acredito que não seja de decisões arbitrárias. Nós precisamos construir com as pessoas. Nós precisamos chamar as pessoas para perto. Não se constrói nada de cima para baixo. Política é lugar de diálogo. Esse diálogo não é só do vereador que vai ouvir a população, mas ele é também de quem está lá no poder público ter a sensibilidade de que os vereadores estão aqui se esforçando para apresentar aquilo que as pessoas pedem a eles nas ruas e que isso se torne realidade. Nossos cargos foram conduzidos pelas pessoas e as pessoas esperam de nós que possamos fazer o melhor.

PRN – O Portal do RN fez, mês passado, uma denúncia de que a reforma do aterro sanitária está sendo realizada sem que a empresa responsável pela obra aplique uma manta de impermeabilização nas células, conforme contrato. Não se sabe se a empresa devolveu o valor da manta, cerca de R$ 300 mil. Como a Câmara tem lidado com esse tipo de situação?

PV – Eu volto mais uma vez à questão do planejamento. Nós precisamos ter como centro de toda administração a questão do planejamento. Tive a oportunidade de participar da gestão da ex-prefeita Cláudia Regina e antes mesmo dela assumir, ainda na fase de transição, ela reunia a equipe com o sentimento de planejamento. Antes disso, foi feito um diagnóstico sobre o que era que mais incomodava às pessoas e quais os mecanismos que nós poderíamos apresentar em meio à crise, pois já existia uma grande crise. Então, essa questão do aterro sanitário passa por isso também. Nós precisamos de planejamento. Precisamos priorizar nas áreas vitais da população.

PRN – Há uma série de atos da atual administração municipal, denunciados inclusive pela Câmara, que poderiam ser questionados judicialmente, mas não se sabe que aja ações nesse sentido. A ex-prefeita Cláudia Regina Freire foi cassada. Se o sobrenome dela fosse outro mais recorrente na política da cidade, o resultado poderia ter sido diferente?

PV – As pessoas de Mossoró, quando ando nas ruas, com ou sem Cláudia Regina, me perguntam muito ou perguntam a ela e se inquietam por tudo o que aconteceu. Tudo o que aconteceu em Mossoró em 2013 com a saída da prefeita Cláudia Regina que foi eleita para governar 4 anos, eleita com o apelo, com o voto popular, prejudicou a toda Mossoró. Mossoró perdeu investimentos,. Mossoró perdeu um programa de planejamento que a prefeita vinha fazendo, que vinha mostrando reais resultados, inclusive sentido pela própria população que diz na rua quando a gente anda da falta que sentem da prefeita, uma prefeita que ouvia na todos. Lembro que uma vez ela alugou uma van e levou todos os vereadores para ver a real situação da população porque a população era o norte principal. O que Mossoró viveu com a saída de Cláudia é Mossoró mesma que fala todos os dias. Eu prefiro não entrar na questão jurídica até mesmo porque não sou jurista, não sou advogado., não quero fazer juízo de valor, mas meu sentimento é de tristeza por ver que Mossoró desandou, que Mossoró poderia estar hoje seguindo vários projetos. Veja que a última empresa que chegou em Mossoró foi a call center que gerou 3 mil empregos por meio de uma luta árdua da prefeita Cláudia Regina, que na época comprou uma briga e disse que a empresa ia ficar bem Mossoró. Então eu não espero que isso seja questões familiares ou de sobrenome, porque Mossoró não quer saber de sobrenome, Mossoró quer saber de trabalho.

O sentimento de Cláudia Regina é o de continuar trabalhando por Mossoró como ela continuou.

PRN – Você tem uma relação pessoal e política muito forte com a ex-prefeita Cláudia Regina. Qual o sentimento dela em relação à situação da cidade e aos projetos políticos futuros dela?

PV – O sentimento de Cláudia Regina é o de continuar trabalhando por Mossoró como ela continuou. Cláudia não deixou Mossoró. Continua me ajudando no mandato voluntariamente. Sempre está comigo, me orientando, me ajudando, é a presidente municipal do meu partido, é a vice-presidente estadual. É uma pessoa que vive a política com p maiúsculo todos os dias quando ela participá de vários segmentos e contribui, como na semana de conscientização do autismo que ela esteve junto na organização do evento, a assessoria que ela presta a várias instituições. Eu digo que a gente conhece alguém que realmente conhece, vive e gosta da política quando ela não tem  nenhum cargo político, quando ela não ocupa nenhuma posição de destaque e mesmo assim ela está lá se doando. Cláudia continua se doando à política, fazendo a participação e, claro, a participação política porque ela é a presidente do meu partido, e é o grande nome do Democratas, não só na cidade de Mossoró, mas do Estado do Rio Grande do Norte e tenho certeza que ela terá muito a contribuir com a cidade de Mossoró e com esse Estado.

PRN – Você está no primeiro mandato, com energia e sonhos de mudar: a cidade, a política. Qual a sua disposição de continuar nessa luta?

PV – A minha disposição é de trabalhar pela população de Mossoró, é continuar o projeto que nós iniciamos em primeiro de janeiro de 2017, olhando nos olhos das pessoas, olhando para quem mais precisa de política pública, olhando e construindo com minha equipe, com as pessoas dos bairros de Mossoró, com os segmentos da cidade, a política com p maiúsculo. Venho de família pobre, moro no Belo Horizonte desde que nasci e ralei muito para chegar onde cheguei. Eu construí com as pessoas a minha vida toda. Eu conheci Cláudia aos meus 17 anos , ela ainda era secretária e fui aprendendo com ela esse tempo todo. Consegui meu primeiro com ela em 2005, quando ela era vice-prefeita, trabalhei 4 anos na vice-prefeitura, 4 anos na Câmara, 11 meses na prefeitura e aprendi muito. Com erros e acertos. Costumo sempre fazer esse feedback de como a gente está atuando e de como a gente pode melhorar.  Então, o meu desejo é de continuar servindo às pessoas, de continuar fazendo esse trabalho que a gente faz na cidade de Mossoró. Garanto uma coisa: arregaçaremos cada dia mais a mangas para fazer sempre mais por Mossoró porque é a cidade onde nasci, onde vivo, que eu tenho orgulho de morar e defender.

PRN – A Câmara viveu em 2018 momentos de muita tensão. Qual foi o papel da gestão do Legislativo para apaziguar os ânimos?

PV – A presidente Izabel tem tido um papel importantíssimo no crescimento e no melhoramento do funcionamento dessa Casa legislativa. A Câmara hoje apresenta resultados diferenciados. Nós olhamos para uma Câmara cada vez mais organizada, com os servidores motivados, com a produção legislativa em pleno vapor, desde a questão logística, a questão funcional e principalmente na agenda propositiva da Câmara na discussão dos problemas da cidade. Ela tem tido muito zelo com tudo isso e eu quero parabenizá-la pela gestão à frente dessa casa. Izabel é muito competente e tem apresentado grandes resultados para a Câmara Municipal de Mossoró e eu tenho certeza de que ao final de sua gestão, os resultados serão ainda maiores porque a gente vê sua vontade de colaborar, de organizar, de melhorar toda a estrutura e todo o funcionamento da Câmara.

PRN – Qual a motivação primeira para a criação de uma ação como a Câmara Cidadã?

PV – Nós precisamos cada vez mais está próximos das pessoas. Não se faz política sem ouvir as pessoas. Nós, através do Gabinete Cidadão, nós fazemos isso constantemente. Só que o Câmara Cidadão chega com nova roupagem: com a oferta de vários serviços para a população que muitas vezes não como se deslocar, por exemplo, para conseguir uma segunda vida de um documento, e também para chamar a atenção do poder público para mostrar a situação das comunidades, seu sofrimento, suas dificuldades.

PRN –  Com ações, dessa natureza fica claro que há um vácuo da ação do Poder Executivo?

PV – Certeza. Nós sabemos que em algumas unidade de saúde falta medicamentos, que a infraestrutura do município deixa muito a desejar e, por isso, que a Câmara chega também como parte. Ao invés de ficarmos só reclamando a gente chega com ações.

PRN – A presença do povo no plenário da Câmara traz uma possibilidade de votações diferentes das que tem se registrado ultimamente?

PV – Eu acredito que as pessoas não entenderam sua real importância nas mudanças e principalmente na construção daquilo que a gente quer. Quando as pessoas caírem na realidade da importância que a política tem na vida delas, elas vão participar cada vez mais, elas vão cobrar cada vez mais. Elas vão se inquietar cada vez mais. Para mim isso é maravilhoso, porque nada se constrói sozinho. Então a participação popular é importantíssima, inclusive toda vez que dou entrevistas faço questão de convidar as pessoas para participar das atividades na Câmara, saber da atuação de cada vereador, acompanhar, sugerir, criticar, apresentar aquilo que o inquieta.

 

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