A frustração e o carro coletor de lixo
Vi outro dia uma mensagem, via desenho animado, na qual mostrava inicialmente um motorista de taxi irritado e sem nenhuma educação. Na sequência aparecia outro personagem, também dirigindo um taxi, porém recebia passageiros de forma educada e, até sorria para aqueles motoristas que lhes dirigiam palavras agressivas. Surpreso com a atitude o passageiro indagou por qual motivo ele sorria enquanto era agredido com palavras.
O motorista respondeu que as pessoas frustradas eram como carros coletores de lixo, em algum momento buscavam um local, no caso, alguém, para jogar tudo fora, despejar seu lixo, sua frustração. E é verdade. Existem pessoas assim, carregadas de frustrações na busca de alguém e, em geral, pessoas melhores sucedidas na vida, para descarregar toda a sua frustração por não alcançar aquilo que o outro conquistou. Deixo aqui meu recado: Não se lamente, não fique frustrado, siga os bons exemplos e conquiste seu lugar ao sol e, o mais correto, com o fruto e esforço do seu suor. Como disse o poeta na canção – Conselho ao Filho Adulto – “coma e vista do suor que seu rosto derramar”. Vale, no mínimo, tentar.
ACIDENTES E FALTA DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO
Reforço aqui a campanha que vem ganhando força nos últimos dias em favor da duplicação da BR-304, principalmente no trecho do Rio Grande do Norte entre Mossoró e Natal. Claro, podendo ampliar esse benefício para o outro lado da rodovia que nos leva até a fronteira do Ceará e toma o rumo de Fortaleza. Ao mesmo tempo também faço um apelo para que os motoristas adotem a educação no trânsito. Não adianta ter pista boa e motorista ruim.
Os frequentes acidentes com registro de vítimas fatais expõem as duas situações. Tanto é verdade que teve uma pessoa enviando mensagem uma absurda para uma emissora de rádio. O ouvinte disse que os motoristas ficavam tensos nas estradas por conta dos pardais (fiscalização eletrônica), por esse motivo os acidentes iriam continuar acontecendo. Amigo, se respeitarem o limite de velocidade e não transformar a rodovia em pista de corrida, tenha certeza, os acidentes com ou sem pardal, irão diminuir. Vamos cobrar e, ao mesmo tempo, fazer a nossa parte sendo mais educado no trânsito. Rodovia não é pista de corrida, se eu tenho horário certo para sair e chegar ao meu destino, eu tenho que sair de casa mais cedo. O que não pode é compensar o tempo usando a velocidade.
SEM DELEGADO E SEM PLANTÕES
Na sexta-feira, 25, a cidade de Patu-RN festejou aniversário de emancipação política, elevado à categoria de município no dia 25 de setembro de 1890. E sabe qual foi o presente que os munícipes receberam das autoridades estaduais? Insegurança. Não tem plantões noturnos e muito menos nos finais de semana na Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil. Acrescido do preocupante detalhe, essa delegacia possui circunscrição que vai de Paraú até o município de Alexandria. É muito descaso. Se acontecer alguma prisão no período citado a viatura deixa a cidade e conduz o preso até Mossoró.
Bom, a chamadinha do texto diz – Sem delegados e sem plantões. A falta de plantão eu já citei, porém a falta de delegado diz respeito a Delegacia de Homicídio de Mossoró. Ouvi no rádio outro dia que eram dois titulares, doutor Rafael Arraes e a doutora Luana Aragão. Acontece que a delegada assumiu a Defur e não foi substituída na homicídio, e isso é ruim. Mossoró tem uma onda crescente de homicídios e, ao invés de reforçar a delegacia especializada o governo estadual cria desfalque. Fica o registro e, quem sabe, como a governadora Fátima tem candidata à prefeitura em Mossoró, deputada Isolda, elas resolvam conversar sobre o assunto. Se não falarem nada, o eleitor pode perguntar quando pedirem seu foto.
É DELICADO, BOM E RUIM. TUDO JUNTO E MISTURADO
Durante o período da pandemia provocada pela Covid-19 a cidade de Tibau-RN, polo Costa Branca na região oeste potiguar, tem recebido um número crescente de pessoas. Parece loucura, mas, esse é um assunto delicado, muito bom e ao mesmo tempo ruim. E eu vou tentar explicar esse balaio de gato. É delicado pelo fato de, apesar da pandemia, muito se questiona o direito da livre circulação quando, em alguns momentos, é preciso fechar as portas, no caso, as entradas da cidade.
E se torna uma situação boa, extremamente positiva, quando o aumento de pessoas circulando pela cidade e suas praias, fomenta a economia que é impulsionada com a força de dez turbinas potentes. A parte ruim é quando ficam todos juntos e misturados. Tenho conhecimento do esforço de alguns comerciantes para manter o distanciamento social, inclusive com o apoio da polícia militar, porém tem sido algo difícil e o pior, por resistência do próprio cidadão que deveria se cuidar. Sempre lembrando que a pandemia não acabou. Então, como exposto, o caso é delicado, os frutos são bons, porém quando mistura tudo, fica ruim no sentido de evitar que a doença se espalhe.
TORCEDOR NO ESTÁDIO É BOLA FORA
Cresce o movimento no Brasil no sentido de reabrir os estádios para receber torcedores em dia de jogo. Essa proposta é uma tremenda bola fora, um gol contra a saúde do próprio cidadão ávido por uma partida de futebol do seu time do coração. No atual cenário, sem a presença do público nas arquibancadas, os jogadores estão sendo contaminados pelo novo coronavírus, imagine a cena com estádios lotados. E não tem essa de trinta por cento da capacidade, a turma vai festejar o gol de qualquer maneira ou se unir para reclamar da derrota.
Isso posto, deixo a sugestão para os dirigentes das federações que estão sentindo falta dos cinco, dez ou quinze por cento das arrecadações, procurem outro meio de vida nesse período. Deixem a pandemia passar, que não acabou ainda, e vocês retomam o rito normal do futebol com a presença do público e suas arrecadações. Aliás, se não cuidar agora, pode faltar torcedor no futuro, pois muita gente pode contrair a doença e ficar impossibilidade de retornar aos jogos. Lembro mais uma vez a situação dos jogadores, com todos os cuidados anunciados, ainda assim estão ficando doentes. Embora o desejo por um bom jogo nas tardes de domingo com estádio lotado seja algo positivo, e eu também gosto, ainda não é o momento.
COVID-19 TERÁ “DIA D” E HIDROXICLOROQUINA
Mais uma tentativa de inibir o avanço da Covid-19 vem sendo anunciada, desta vez pelo governo federal. Através do ministério da saúde planeja-se para o dia 3 de outubro, um sábado, o chamado “Dia D”. O que tem sido visto em destaque na mídia nacional é o fato da campanha incluir, dentro do chamado “Kit Covid”, entre os seus itens, a hidroxicloroquina. Tratamento esse alvo de muita polêmica desde o primeiro momento de sua utilização.
Deixando, digamos, um pouco de lado as discussões sobre o que pode ou não pode, a campanha já foi oficialmente lançada. Assim o “Dia D” vem sendo divulgado com o slogan, “Tratamento precoce é vida” e prevê uma série de ações, inclusive com a participação do próprio presidente Bolsonaro. O chefe do executivo participará com pronunciamento em uma live. A campanha tem como um dos focos orientar o paciente para, nos primeiros sintomas, pedir ao médico que utilize o “Kit Covid” com hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, ivermectina e zinco. A campanha ainda terá orientações pelo Disque Saúde 136, envio de e-mails a todos os hospitais do SUS e campanha pelas redes sociais.
MENSAGEM
“Estude sempre. A renovação das ideias favorece a evolução do espírito.”
André Luiz
NOVOS PREFEITOS E MAIS DINHEIRO CHEGANDO
Os eleitos no pleito de 2020 que estão na disputa majoritária, prefeitos, irão encontrar os cofres das prefeituras com um pouco mais de dinheiro. Esse será o quadro em relação ao Imposto Sobre Serviços (ISS). Também conhecido como Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza. Esse reforço financeiro acontece graças a aprovação da Lei Complementar 157/2016 publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 24. A mudança garante 100% (cem por cento) de repasse do ISS para os municípios.
Pelas regras ainda em vigor, somente o município-sede do prestador de serviço ficava com esses recursos. A nova lei garante que essa arrecadação seja feita pela cidade onde está o cliente de origem. Sem essa lei os municípios perdiam recursos provenientes de arrendamento mercantil, planos de saúde, cartões de crédito e débito como também de consórcios. A transição imposta pela Lei Complementar será de três anos a partir de 2021. Hoje o tributo só beneficia os municípios-sede do prestador do serviço. Já a nova lei garante a distribuição entre os municípios tomadores do serviço. Mais uma missão para os vereadores fiscalizarem a boa e correta aplicação dos novos recursos.
RESOLVER ANTES DO COLAPSO GERAL
Chega de reparos e remendos, o momento é de avaliação do quadro e apresentação de uma solução definitiva. Estou me referindo ao abastecimento de água na cidade de Mossoró-RN. Observem que o noticiário sobre a falta do chamado precioso líquido nos bairros do perímetro urbano e nas comunidades rurais, bate de frente com o mesmo espaço que é dado as informações sobre Covid-19. Cito esse exemplo para especificar melhor a gravidade do problema com a água potável.
O quadro é grave e, antes que se torne gravíssimo, o que seria um colapso geral no abastecimento, vamos cuidar e encontrar uma solução. Louvo aqui o esforço e o trabalho dos profissionais da Caern que fazem, acredito, quase o que parece impossível para manter o serviço no mínimo necessário para não faltar água de uma vez. É poço que precisa ser aprofundado, é bomba que quebra e eles seguem firme entrando pela noite e até madrugada no serviço. Essa turma precisa de melhor equipamento para garantir a qualidade do abastecimento.
DE VOLTA AS AULAS NO NOVO NORMAL
Diferente do ensino público que ainda não possui uma proposta de como retornar as aulas, preferindo transferir tudo para 2021, alunos das escolas particulares aos poucos vão retomando suas rotinas dentro do novo normal enquanto perdura a pandemia da Covid-19. Na base do ensino híbrido (presencial e online) a abertura agora avança para o ensino universitário. Em Natal, por exemplo, a prefeitura já autorizou esse retorno nas universidades particulares a partir do dia 5 de outubro.
A crítica aqui em relação ao ensino público, vou logo explicando, não vai no sentido de detonar nenhum gestor, mas sim no intuito de cobrar a definição de um formato seguro para o retorno. Mesmo que esse só aconteça no próximo ano. Só transferir data e não apresentar um plano seguro de como assistir as aulas, não adianta. Seja no ambiente municipal ou estadual, o importante é reunir forças representativas de professores, diretores, pai e mãe dos alunos e os próprios alunos no sentido de encontrar uma saída definitiva. Repito, ficar postergando não resolve.
GASTOS DE CAMPANHA
Embora na prática os valores investidos nem sempre, vamos dizer assim, condizem com a realidade declarada, é bom lembrar que desde 2016 com as alterações implementadas na Lei das Eleições (9.504/2017) cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir os limites de gastos de campanha. Antes era tudo por conta e controle dos partidos e dos próprios candidatos, favorecendo assim o surgimento do chamado “caixa dois”. A questão dos limites ampara-se no artigo 18 da Lei das Eleições, após a revogação do caput do artigo 17.
Com essa mudança fica por conta do TSE a definição e atualização desse limite a cada eleição. Para 2020 o Tribunal já fez essa atualização e os números já foram divulgados. Fica o alerta aos candidatos e candidatas para tomarem cuidado e não correr o risco de ser pego no abuso do poder econômico. Essa é uma das situações que pode gerar sérios prejuízos, principalmente aos eleitos que podem perder o cargo, com a cassação do mandato.