A canalhice contra o prefeito
As redes sociais permitem que se montem imagens, situações e discursos. Geralmente, quando se montam é para propagar uma notícia que precisa ser melhor analisada. Muitas vezes esses expediente é utilizado para atacar pessoas. Foi o que fizeram com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, Solidariedade (SDD). Usaram uma foto sua, puseram um vermelho em sua mão e passaram a chama-lo de genocida. Não se sabe quem o fez. Acusar que foi fulano ou sicrano, sem elementos mínimos, é ser tão criminoso quanto quem fez esse ato condenável. Há menos de 3 meses no cargo, como qualquer gestor, Allyson tem seus erros e acertos. Inclusive no enfrentamento à pandemia da Covid, agora chama-lo de genocida por um ou outro equívoco é muita canalhice. A pandemia nos assola há mais de 1 ano. Se nesse período chegamos próximo de 300 mil mortos, somente podemos responsabilizar por elas quem agiu para que a situação se tornasse caótica e o agravamento dessa crise sanitária se deu porque alguém minimizou a gravidade do problema (gripezinha), promoveu e incentivou aglomerações (sugerindo nclusive a invasão de hospitais), desestimulou o uso de máscaras, tripudiou da dor das famílias dos mortos (classificando o sofrimento de mimimi), estimulou o uso de medicamentos sem eficácia para a doença, se recusou a comprar vacinas (já havia oferta em agosto do ano passado), sabota o processo de imunização (aquisição de vacinas a conta gotas), desmerece a ciência e a vacina (quem tomar vai virar jacaré) e ameaça prefeitos e governadores (estão esticando a corda). Allyson nunca fez isso. Quem o fizer, esse sim é um genocida porque são ações quem contribuem diretamente para que tenhamos cada vez mais mortes.
QUALIDADE DO “ASSESSOR”
O “assessor” do Bolsonarismo em Mossoró é um retrato fiel de quem ele está assessorando: não tem formação, só sabe chamar os adversários de maconheiro, não faz uma crítica sem utilizar palavrão e tudo culpa o PT. Agora, o camarada está criticando a governadora Fátima Bezerra porque bandidos roubaram vacinas em Natal. Não se surpreendam se esse camarada for traído e ele também culpar o PT.
QUALIDADE DO “ASSESSOR” II
Ele também está criticando o governo porque até agora o Rio Grande do Norte tem apenas 176 mil vacinados, apesar de o Estado ter recebido 470 mil vacinas. Não fosse a desonestidade do “assessor”, eu diria que ele é tão imbecil quanto quem o contratou. Por uma razão muito simples: quem executa a vacinação são os municípios. Ora, se temos uma baixa vacinação e o Governo do RN já repassou 94,36% das doses que recebeu, de quem é a culpa pela suposta lentidão no processo? Fosse honesto, o “assessor” também diria que os sistemas que apresentam os dados sobre a vacinação nem sempre são alimentados na mesma velocidade com que ocorre a imunização.
ONDE ANDARÁ?
Para o leitor ter uma ideia da situação, o rapaz em questão assessorou um candidato a vice-prefeito de Mossoró que foi acusado de desaparecer com 750 mil reais do fundo partidário. Para desviar o foco do assunto, o “assessor” vive de lançar cortinas de fumaça.
DISCURSO RESPONSÁVEL
Elogiáveis a postura e o discurso do prefeito Allyson Bezerra (SDD) no pronunciamento do último sábado. Fez o que se espera de um gestor responsável: apresentou a situação da pandemia na cidade, apontou as dificuldades do sistema de saúde, reconheceu o esforço dos profissionais a área, apelou para que as pessoas evitem aglomerações e valorizou a ciência e a vacina.