OPINIÃO

Se achar bonita não é ter boa autoestima

Em um mundo onde a “Imagem” é a referência, onde corpos belos e torneados pelo esforço de exercícios, cirurgias e tratamentos; onde o possuir e apresentar um belo carro, um belo sorriso, um belo corpo, um belo marido e uma bela esposa se torna mais importante do que SER, cria inevitavelmente a sensação de inadequação. Pois muitos não possuem o belo sorriso, o belo corpo, o belo carro, belo marido e esposa. O auto Amor passou a ser regulado por conquistas, por apresentação ao social daquilo que posso comprar, fazer e ter, tornando-nos indivíduos estereotipados, infelizes e afastados de si mesmos.

Uma boa autoestima é fundamental para o bem-estar e realização pessoal, e a falta dela é altamente prejudicial. Quando ela não é uma das causas dos muitos transtornos, a falta dela é um dos motivos por fazer uma pessoa permanecer em uma situação insalubre, por isso é muito importante aumentar a autoestima. No entanto, mesmo tendo ciência da sua importância, ter uma boa autoestima não é assim tão fácil. Pois a maioria das pessoas querem aumentar a sua autoestima, mas poucas sabem como fazer isso. É claro que isso é um perigo, pois torna a pessoa vulnerável a transtornos como a depressão por exemplo, ou ainda a um relacionamento abusivo. Quando se fala em autoestima, muitos pensam que se resume a se olhar no espelho e admirar sua beleza, claro que isso faz parte, mas não somente. A autoestima é sobre você reconhecer suas qualidades e características, saber quais são seus limites, para que assim possa lidar de forma positiva com os obstáculos que aparecerem.

Sempre que você perceber que está se colocando para baixo, identifique esse pensamento enganoso, ele faz parte de um padrão negativo que precisa ser eliminado. Tente rebater isso lembrando seus aspectos valorosos. E o mais importante, aceite elogios que outras pessoas fazem, sempre que um conhecido, amigo ou parente lhe disser que você está ótimo ou fez um bom trabalho, agradeça. E jamais diga: “é apenas impressão sua”. E não se esqueça, as pessoas com baixa autoestima preferem se concentrar nas coisas negativas: como são horríveis, quão ruins são no trabalho, como é ruim estar sem dinheiro etc. Também é comum enfatizarem cada pequeno erro que cometem. Para Walter Riso, a nossa autoestima possui quatro pilares essenciais, que para ele, se não há equilíbrio entre estes pilares, toda nossa autoestima pode estar comprometida: Autoconceito, o que pensamos sobre nós mesmos, sobre nosso caráter e quem somos. Autoimagem, qual a nossa opinião sobre nosso corpo e sobre nossa aparência física. Auto reforço, o quanto premiamos e nos gratificamos. Autoeficácia, o quanto acreditamos e confiamos em nossa capacidade em realizar atividades e conquistas na vida. A visão de si mesmo se refere ao que você pensa de si, é como se fosse uma avaliação de nós mesmos, que fazemos das próprias qualidades e dos próprios defeitos. São as nossas crenças sobre nós. Geralmente, a visão de nós mesmos foi “organizada” pelo nosso ambiente familiar e pelas influências em nossa infância, como professores, parentes, amigos. Se você consegue identificar o que pode ser reajustado, comece a corrigir. Mas se ainda não consegue identificar, talvez seja a hora de pedir ajuda.


Glycia Paiva – 27 anos, mossoroense, atualmente morando em Natal-RN e atendendo pessoas do mundo todo por meio da psicoterapia online. Psicóloga clínica desde 2020, pós graduada em Neuropsicologia, com formação em andamento em Terapia Cognitivo Comportamental e em Relacionamentos. Atende pessoas do mundo todo por meio da psicoterapia online. Área de atuação: Relacionamentos. Uso meu perfil do Instagram @glyciapaivapsi para disseminar conteúdos sobre relacionamentos, então se você tem interesse em saber mais sobre esse tema, já segue lá.

Notícias semelhantes
Comentários
Loading...
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support