Futebol para quê?

Já são mais de 100 dias de quarentena (para algumas atividades e para quem está levando a sério o isolamento social). Nesse período, dá saudade de um bocado de coisas. Inclusive de alguns programas de TV. Inclusive do futebol. Talvez para dar uma aparente ideia de retorno à normalidade, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro insistiu no retorno do Carioca. A exemplo do que aconteceu em outros países, sem a presença de público.

Tem pouco sentido futebol sem torcida. Arquibancada sem barulho. Jogadas sem aplausos. Gols sem gritos. Erros sem apupos. Comemorações sem abraço. E até mesmo, discussão sem empurrões. Na dose necessária, são o que apimentam uma partida do esporte bretão.

Sem torcida, a narração tem pouco vigor, as dancinhas não empolgam, a provoca;ão é insípida. Até a rispidez das jogadas parece vir em câmera lenta. A vitória tem gosto de nada. A derrota não impõe tristeza.

A bola não é mais tratada com carinho. É com cuidado, por medo de contaminação. Os quiosques não tem mais espetinhos, cachorros-quentes ou refrigerantes. Dão lugar a testes e termômetros. Estes, se fossem usados para medir a temperatura dos jogos, constatariam a frieza da disputa. E jogo, como sabemos, é igual a sopa: mesmo ruim, precisa ao menos ser quente.

Talvez tudo isso seja sem sentido porque não há sentido no futebol com essa pandemia. Os domingos atuais tem combinado com poucas coisas. Futebol, certamente, não é uma delas.

ALEGRIA DO ZÉ

Assisti hoje, por gentileza dos meus antigos colegas de escola, ao Arraíá da Escola Municipal Doutor José Gonçalves (unidade de ensino da comunidade de São João da Várzea). Foi uma atividade remota, mas cheia de presença. Foi por vias digitais, mas carregado de sentimentos. A alegria do Zé sempre contagia. Parabéns a todos da escola.

REABERTURA DA ECONOMIA

Fátima não poderia escolher dia pior para anunciar a reabertura da economia, a se efetivar a partir da próxima quarta-feira, 1°/6. Justamente no dia em que o número de novos casos bate recorde (4.669), ela anuncia que as atividades voltarão a funcionar. Paulatinamente, é verdade. A taxa de transmissibilidade da Covid-19, em baixa nos últimos dias, tenderá a aumentar a partir daí. Torçamos que não.

QUEM PEGAR, PEGOU

Um líder (líder?) religioso de uma igreja evangélica do Alto de São Manoel, com diagnóstico positivo de Covid-19, estava pregando ontem para algumas pessoas. Que Deus o perdoe.

NOVO SURTO

O advogado que deu chilique por causa de pesquisa realizada pela Comissão da Diversidade Sexual da Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mossoró, é o mesmo que ensaiou ameaças contra professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) quando a história da Escola sem Partido fazia algum barulho.

 

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