Entrevista

Conversa da Semana Jean Berg Alves

Egresso da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) onde se graduou em Medicina Veterinária, o professor Jean Berg Alves é, há 14 anos, professor efetivo da Ufersa e, nessa condição, coloca seu nome como pré-candidato à Reitoria da instituição. Ele é o segundo entrevistado pelo Portal do RN nessa série de Conversa da Semana com pré-candidatos. Conheça um pouco mais sobre o professor, suas ideias e propostas para a Ufersa.

Por Márcio Alexandre

PORTAL DO RN – Professor, gostaríamos que o senhor se apresentasse aos leitores e nos dissesse quais suas motivações para disputar a Reitoria da Ufersa.

JEAN BERG – Meu nome é Jean Berg Alves Silva, estou na universidade, gosto de chamar Esam/Ufersa, desde 1996. Cheguei aqui como aluno na graduação em Medicina Veterinária. Terminei em 2001, fiz Mestrado e Doutorado no Ceará e voltei como professor efetivo a partir de 2006. Estou na instituição como professor efetivo há 14 anos e uma coisa que sempre nos motivou foi elevar o nome da Ufersa e fazer com que essa instituição seja referência regional, nacional e até mundial nos projetos de desenvolvimento do semiárido. Nós temos potencial instalado hoje na Ufersa, de capital humano muito significativo, pessoas que são referências em suas áreas no país todo, e a intenção é que essa institucionalização desse capital humano permita que a Ufersa contribua de forma ainda mais efetiva para o desenvolvimento da região, contribua para que a sociedade do semiárido se desenvolva de forma sustentável e de forma a dar uma resposta à sociedade dos investimentos feitos em nossa instituição.

PRN – O senhor foi pró-reitor da instituição. Qual o ônus e o bônus de ser candidato nessa condição de ser ex-membro da atual gestão?

JB – Conversando com a professora Subênia (sua companheira de chapa) uma coisa que a gente tem colocado aos nossos apoiadores (que tem crescido muito), é que independente de ser ou não gestão, de ter participado ou não da gestão, a nossa candidatura, minha e da professora Subênia, ela nasce de uma demanda da comunidade. Então é uma situação que foi criada a parir de conversas com a comunidade, com técnicos, com estudantes, com docentes, e criou-se essa onda de uma alternativa a partir do trabalho mostrado. E é esse trabalho que a gente traz como cartão de visitas. O que nós fizemos foi pelas instâncias que nós passamos. Antes de ser gestão, de participar da pró-reitoria, eu fui coordenador de graduação, fui coordenador de programa de pós-graduação até chegar à Pró-Reitoria de Pós-Graduação, onde tivemos a oportunidade de desenvolver um trabalho inovador, um trabalho que partiu de soluções inovadoras para problemas antigos na instituição, como por exemplo a falta de investimento em pesquisas. Criamos microfinanciamento de pesquisas que permite aos professores fazer seus trabalhos, publicar seus trabalhos de pesquisa, professores e técnicos, publicarem e ter um aumento da percepção da sociedade do potencial da Ufersa. E esse trabalho de gestão inovadora, de gestão participativa, foi o que nos credenciou, a partir da opinião da comunidade, a chegar a essa condição de pré-candidato à Reitoria da Ufersa.

PRN – Mas isso traz alguma dificuldade na hora do discurso, de convencer que não se trata de continuidade de uma gestão?

JB – Acho que esse discurso é muito relativo. Depende muito do ponto de vista de cada um. A questão da continuidade ou não já é muito claro que não é continuidade a partir do momento em que fui exonerado do cargo quando tomei a decisão de aceitar esse convite da comunidade de participar do processo de consulta. Então, a partir do momento em que sou exonerado, esse ônus, se é que ele existia, ele passa a ser minimizado. Então é muito claro que a gestão tem um candidato, e eu não concordei – como é natural de acontecer num processo sucessório, quando você não tem mais a reeleição isso é ainda mais evidente -, com o projeto que estava sendo colocado. E resolvi, junto com  o apoio dessa com unidade, a aceitar esse novo desafio.

O ambiente universitário precisa partir do princípio da gestão por competência.

PRN – Numa disputa com 5 candidatos, como se desenha até agora, e um deles tendo o apoio e a estrutura da atual gestão, é possível se falar em equilíbrio?

JB – Eu acredito que sim, pelo menos eu espero que sim. O ambiente universitário precisa partir do princípio da gestão por competência. Então as competências instaladas, o trabalho realizado, as posturas que foram colocadas ao longo da vida acadêmica, a gente não vai avaliar apenas 3 anos e meio de gestão que se teve até agora, mas desde o início do processo da vida acadêmica serão refletidos nas propostas de campanha, na ideia de universidade. A gente espera e acredita que essa avaliação da comunidade vai ser isenta desse comparativo. O comparativo será de propostas, mas não de eu ser ou não gestão.

Além de exercer seu papel de formação de pessoas, seu papel cultural, social, a universidade pode ser também uma ferramenta importante de desenvolvimento da região, do desenvolvimento do país como um todo.

PRN – Qual a sua avaliação do governo federal em relação à educação pública, em especial, às instituições federais de ensino superior?

JB – A gente partiu de uma relação que existia entre universidade e governo federal de um princípio que tinha a universidade como ferramenta de desenvolvimento, de distribuição de renda, de permitir a ascensão da população mais pobre a patamares superiores através da educação, que isso é fundamental, ninguém tira, independente de quem seja o governo, independente de quem esteja na situação, mas houve de fato uma pequena mudança nessa relação, e hoje a relação ela parte muito mais do princípio de a universidade ser utilizada como uma ferramenta de desenvolvimento. No sentido de que a universidade pode contribuir com o setor produtivo, aumentando o seu papel no desenvolvimento de novas tecnologias que permitam o aumento de produção, que permita a produção por exemplo de alimentos mais seguros, de alimentos que consigam chegar a mercados diferentes. E por que estou falando de alimentos? Todo mundo ouviu falar, recentemente, dessa história da exportação da fruticultura, da abertura do mercado chinês para exportação. A universidade tem um papel importante nesse aspecto. A parte sanitária, boa parte das análises, especialmente a análise de alguns parasitas que podem estar presentes nas frutas, elas passam pelos laboratórios da Ufersa. Então esse papel da Ufersa, esse papel da universidade na mudança econômica e social da região,  é que a gente precisa enfatizar. Nesse jogo de forças que naturalmente existe, então o governo tem limitações, especialmente pela lei do teto de gastos, e esses gastos ele precisa mostrar para ter direito a uma fatia cada vez melhor e cada vez maior, ou pelo menos para não ter essa fatia reduzida, que a universidade pode ser uma ferramenta útil para o desenvolvimento da região. Além de exercer seu papel de formação de pessoas, seu papel cultural, social, a universidade pode ser também uma ferramenta importante de desenvolvimento da região, do desenvolvimento do país como um todo.

PRN – O processo eleitoral na Ufersa trata-se, na verdade, de uma consulta popular para composição das listas tríplices (reitor e vice-reitor) e que cabe ao presidente escolher os nomes, independente da colocação final. Vale a pena participar correndo o risco de ser preterido mesmo ficando em primeiro na escolha da com unidade acadêmica?

JB – A gente tem uma legislação posta, teve a MP publicada em dezembro que determina a consulta como uma parte integrante do processo e foi a partir desse princípio que Subênia e eu decidimos entrar nesse processo. Por que? Porque a vontade da comunidade precisa ser levada em conta, então a gente precisa ouvir a comunidade. E esse trabalho de ouvir a gente pensa em levar para a gestão. A gente é consciente que tem dois momentos da disputa. Primeiro a consulta à comunidade, que para mim é o mais relevante. É essa comunidade que democraticamente deve determinar a sua lista tríplice para o primeiro, segundo e terceiro colocados. E existe um segundo momento que é a indicação, que é feita pela Presidência da República. De posse desse resultado da comunidade é que a gente vai entrar no segundo tempo. Eu não posso entrar no segundo tempo sem jogar o primeiro tempo. Então tenho que jogar o primeiro tempo, jogar bem esse primeiro tempo e partir para o segundo tempo para garantir que a consulta da comunidade, que a vontade da comunidade, seja respeitada.

O que a gente tem de mais importante em nossa instituição é o valor das pessoas.

PRN – Caso você consiga êxito na disputa e conquiste a indicação para o cargo, qual a primeira coisa que você mudará ao assumir a Reitoria?

JB – O que a gente pensa da gestão é que seja uma gestão que ouça mais as pessoas. Que se preocupe mais com as pessoas. Muito tem se falado dos investimentos, do aumento dos laboratórios, de aumento da infraestrutura, porém eu vou por uma linha um pouco diferente. O que a gente tem de mais importante em nossa instituição é o valor das pessoas. Temos um corpo docente, um corpo técnico-administrativo e estudantes com uma alta capacidade de realização. E eu preciso valorizar essa alta capacidade de realização. Na minha visão, o que a gente precisa na universidade? O que é que precisa fazer um gestor? Precisa cuidar da casa, que a casa funcione bem, precisa abrir portas e construir pontes. A partir daí, o capital humano que a gente tem faz o resto. Ele consegue captar o recurso para equipar o laboratório, ele consegue captar o recurso para construir o prédio, ele consegue realizar, ele consegue influenciar na universidade. Então: cuidar da casa, abrir portas e construir pone são fundamentais para que a gente garanta o bom funcionamento da universidade. Então, cuidar das pessoas, as pessoas serão o foco da gestão.

PRN – Do ponto de vista prático, o que você enxerga de grande problema na Ufersa hoje?

JB – Nas instituições como um todo – e a Ufersa não está livre disso -, a insegurança orçamentária ainda é muito grande. A gente está com um orçamento hoje que já passa por um contingenciamento, que já recebeu um nome diferente do Ministério – agora é orçamento sob supervisão -, que dá uma segurança inclusive nas progressões, dá um a insegurança no dia a dia das pessoas que a gente precisa trabalhar isso. Como é que se trabalha isso? Isso é trabalhado de forma participativa, com uma gestão em que as pessoas consigam opinar, consigam eleger as prioridades, ou a prioridade, e essa prioridade passa a ser trabalhada pela gestão como um foco. Então, temos alguns problemas, com o por exemplo a evasão, que é um grande problema na instituição. Mas essa evasão passa por vários pontos que precisam ser corrigidos. Assistência estudantil precisa ser trabalhada com foco na redução da evasão, a estrutura de descanso dos alunos, que a gente tem uma dificuldade, precisa ser trabalhada; a participação desses alunos na pesquisa, na extensão é importante. Então você não tem uma coisa só que resolva esse problema. Você tem um leque de situações que precisam ser resolvidas. Hoje, a questão de sanidade orçamentária é, de fato, uma pedra no sapato dos gestores das universidades como um todo, do ponto de vista de previsibilidade. Como é que a gente pensa isso? Trabalhando junto com a comunidade as prioridades, que é onde a gente vai garantir o funcionamento.

PRN – Gostaríamos que o senhor elencasse pelo menos uma proposta para cada um dos segmentos da universidade.

JB – Na verdade, a gente tem pilares no nosso plano de gestão. Um desses pilares, como falamos, é a gestão com foco nas pessoas, respeitando a coletividade, respeitando a vontade do coletivo, esse é o primeiro,pilar. Um outro pilar importante é a sustentabilidade econômica, ambiental e social que a universidade precisa representar. E cada um desses pilares passa pelos três segmentos. Eles são propostas importantes para os 3 segmentos. Um outro pilar é o da inovação e empreendedorismo, investimento para que você tenha uma universidade inovadora, uma universidade empreendedora, esse é o nosso terceiro pilar. E como quarto pilar, a gente pensa na transparência, na gestão participativa como um foco importante. Então a gente tem quatro pilares que vão ser trabalhados durante essas propostas. E aí vão se distribuir as propostas para cada segmento dentro desse patamar. Por exemplo: para as pessoas, o foco principal é a gestão da qualidade e competência, valorizar a competência das pessoas, você receber as pessoas, ai você passa pelo acolhimento das pessoas que chegam à universidade ou que, por exemplo, mudam de setor, de forma que elas tenham um esclarecimento adequado, uma preparação adequada para trabalhar no novo setor. Temos então várias propostas baseadas nesses pilares.

PRN – Durante muito tempo, a então Esam foi vista como uma instituição muio cara à sociedade, resultado da sua então pouca aproximação com a população. Hoje, isso mudou um pouco, sobretudo pelo grande e diverso número de cursos oferecidos. A universidade se comunica bem com a sociedade?

JB – Aí é oura coisa importante que é gente tem que trabalhar. Não só a comunicação. Nós temos o setor de comunicação  que faz um papel, dentro das suas limitações, até mais do que eles teriam que fazer. Eles dão o melhor de si para trabalhar, assim como vários outros setores da universidade. Mas é essa aproximação de fato com a sociedade, é você ter projetos, dar ênfase a projetos, como o de robótica, que leva o ensino de robótica para dentro das escolas, para que a gente perceba a importância da universidade na mudança de vida das pessoas, no dia a dias das pessoas, seja na saúde pública, na educação, até na segurança. Temos uma pesquisa aqui com o OBVIO (Observatório da Violência Letal Intencional) e um dos condutores da pesquisa é um professor aqui da universidade. Esse papel social, esse papel da universidade dentro da comunidade como um todo é crucial não só para a Ufersa, mas para as universidades como um todo. A cada dia a gente vai ter que aumentar essa divulgação de onde é que a universidade está atuando, onde é que esse recurso está sendo investido. Aí já ciei o exemplo da fruticultura, mas temos várias outras áreas onde já temos essa inserção, ela precisa ser enfatizada e fortalecida para que a Ufersa se aproxime cada vez mais da sociedade, dando retorno à sociedade do investimento que é feito. A universidade é cara? Caro é não ter universidade. Você não ter o conhecimento é muito mais caro. Você ter a produção e difusão do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento de uma região. E no semiárido não é diferente. É isso que a gente pensa: fazer a Ufersa como protagonista do desenvolvimento do semiárido.

PRN – A Ufersa em 7 pró-reitorias. É um número ideal ou é necessário fazer mudanças? Ela atende às demandas dos segmentos que compõem a instituição?

JB – Hoje nós temos um organograma que é comum à maioria das universidades. Essa estrutura que apresenta a Ufersa é comum à maioria das universidades. Acredito que atende sim. O que talvez precise seja estabelecer de forma mais clara os papéis de cada um desses atores. Estabelecer metas mais claras além do PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) que tem que ser respeitado, mas tem que ser trabalhadas metas além do PDI. Aproximação com a sociedade para explicar qual é o papel de cada uma dessas pró-reitorias nessa aproximação com a sociedade. Qual é a contribuição de cada uma dessas reitorias para, por exemplo, contribuir para resolver uma retenção, uma evasão, problemas que afligem a comunidade como um todo. Então a gente precisa ter esses papéis e metas mais claros para os gestores. E como é que a gente pensa em resolver isso? Com gestão por competência. No nosso plano de gestão, dando um spoiler, já que a gente nem pode se prolongar muito pois a gente está num momento de construção, num momento de pré-campanha, mas no nosso plano de gestão a gente vai estabelecer prioridades mínimas que os gestores precisam ter. Para evitar aquela história do apadrinhamento político, para evitar a história de cargo por amizade, então vamos estabelecer – e já existe uma resolução na instituição que estabelece o mínimo – mas vamos estabelecer de forma mais clara o que é que uma pessoa precisa ter para ser um gestor, para estar à frente de uma pró-reitoria, para estar à frente de uma superintendência. Duas coisas são certas: experiência e proatividade. A pessoa precisa conhecer aquilo que vai fazer, e precisa ser pró-ativo, não esperar o problema acontecer, tentar antecipá-lo.

PRN – Qual a sua avaliação do papel dos conselhos superiores da Ufersa?

JB – Não tem nem o que opinar. Eles são o que mantém a universidade. O reitor ele é um executor do que o conselho decide. A democracia passa pelos conselhos. Sem os conselhos não tenho democracia institucional, então o papel dos conselhos é fundamental . O que talvez a comunidade perceba de forma diferente é que muitas vezes normas estabelecidas pelos conselhos você tem dificuldade de execução porque você não tem um esclarecimento. Aí volta de novo o problema de comunicação interna, é você ter empo para que aquela norma, para quem está no setor de recursos humanos, no setor de contratos e compras, o professor que está no dia a dia ou o discente que está no dia a dia, entenda aquela norma até aplicá-la. Então é essa comunicação que a gente pretende deixar mais clara. Você ter um tutorial, você ter normas mais aplicadas. Isso a gente fez na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, então as normas que foram publicadas lá a gente tem um passo a passo do que a gente tem que fazer, como é que você aplica, nos formulários de forma muito clara, o que é que tem que ter em cada formulário. Para requerer um afastamento, qual é o passo a passo para solicitar esse afastamento. Vai indicar um aluno de iniciação científica, qual é o passo a passo. Isso a gente fez na Pró-Reitoria de Pesquisa e pretende ampliar para toda a instituição para que essas normas sejam mais facilmente entendidas pela comunidade e aplicadas. Normas boas e modernas nós temos algumas, falta ainda, o que sempre vai acontecer, porque é uma situação dinâmica, você vai ter a atualização, necessária. Mas nós temos sim uma boa participação dos conselhos, eles tem pessoas que são comprometidas com a instituição e que pensam no melhor para ela.

PRN – Quando se vai avaliar os cursos superiores, se coloca muito nessa análise o comparativo do curso do aluno do curso presencial com o curso à distância. Como fazer para equilibrar isso na universidade que precisa necessariamente de ter o curso presencial?

JB – Aí tem duas vertentes. O curso EaD é muio importante, é uma ferramenta necessária para que a gente possa ampliar a difusão do conhecimento, que a universidade tem muito e inclusive é uma coisa que a gente vai trabalhar muito é o nosso NEAD (Núcleo de Educação à Distância), trabalhar com muito carinho nesse núcleo, para que ele seja um cartão de apresentação  da universidade. Que a universidade possa atuar através do NEAD melhorando, fazendo trabalhos de extensão, por exemplo, com agricultores, fazendo cursos específicos para as pessoas, cursos na área de saúde, para a comunidade de uma forma geral. Um outro aspecto é a comparação  do presencial com o ensino à distância. O ensino de graduação presencial tem uma relação completamente distinta do curso à distância, você vai ter cursos diferentes. No curso presencial, o tripé ensino, pesquisa e extensão é muito mais evidenciado, o que naturalmente aumenta esse custo. Então você precisa ter o laboratório funcionando, precisa ter o técnico nesse laboratório, precisa ter os reagentes nesse laboratório, isso tudo aumenta o custo, no entanto, você tem um outro tipo de retorno, que é a pesquisa que é realizada, o serviço à comunidade que é realizado, então você vai além da formação. A formação é o carro-chefe, é o principal, mas quando você tem um ensino presencial de qualidade você vai além da formação, você também gera o conhecimento. Além de difundir, você contribui com o conhecimento da sociedade, então tem essa diferença. É um comparativo que é difícil de ser feito pelas características distintas dos dois ensinos e a importância de cada um deles.

PRN – O espaço está aberto para suas palavras finais.

JB – Eu quero mostrar à comunidade que é possível fazer um pouco mais pela Ufersa, para que ela caminhe de forma um pouco mais acelerada, com criatividade na gestão, com proatividade, com uma atuação direta da comunidade, ouvindo a comunidade, com  a participação efetiva da comunidade. A participação existe através dos conselhos, mas ela pode ir além disso. Você precisa ouvir mais a comunidade. O ouvir permite que você se antecipe a vários problemas. Você consegue prevenir vários problemas. Então essa instituição mais moderna, essa instituição que seja mais ativa, tanto nas pessoas internamente como também na sociedade, é o que a gente espera da Ufersa. Fazer dessa instituição protagonista do desenvolvimento do semiárido. E aí toda sociedade ganha, todas as pessoas ganham, nosso egresso ganha porque vai ter uma empregabilidade maior, então é isso que a gente pensa, uma universidade mais ativa, mais moderna, mais participativa, interna e externamente.

 

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