A falta que a falta nos faz

 

O homem é um ser gregário por excelência. O desenvolvimento de sua capacidade de viver em grupos foi um dos fatores que contribuíram para que, nos primórdios, a espécie conseguisse superar desafios e escapar da extinção.

Em quase todos os momentos da vida, o ser humano busca a companhia do outro. Por mais que a tecnologia, em especial com o advento das redes sociais, tenha afastado um pouco as pessoas, o indivíduo tem necessidade de estar com alguém.

Nos shoppings, nas escolas, nos supermercados, nos estádios, nas universidades, nos restaurantes, sempre precisamos e queremos estar pelo menos em par. Parece que a solidão que queríamos construir está sendo nos apresentada de forma obrigatória. Ou nos isolamos ou seremos dizimados. Triste ironia do destino. Ou seria apenas inversão das escolhas que caminhávamos para fazer?

A se confirmar a crise da crise do coronavírus prevista para os próximos dias, é provável que passemos a enxergar no twitter, instagram, facebook e whatsapp enxurradas de mensagens de pessoas se dizendo (e se sentindo) entediadas pelos afastamentos. Do trabalho, da escola, do futebol com os amigos, dos happy hours. E, de fato, passaremos a nos dar conta da falta que a falta do outro faz. Do encontro, da prosa, do brinde, da pesquisa coletiva, do trabalho a quatro mãos, das brincadeiras em grupos.

Finalmente nos conscientizaremos que o outro realmente nos completa. Que os afastamentos que hoje são compulsórios logo serão sinônimos de chatice.

Quem sabe percebamos que talvez uma das poucas vantagens que a tecnologia nos apresenta nesses tempos de isolamento é não ter que ir à banca de revista comprar um jornal para ler esse texto.

VUCO-VUCO

O camelódromo de Mossoró é um dos poucos espaços de comércio da cidade que até hoje não haviam sofrido impactos com a pandemia do coronavírus. Vendedores e consumidores se relacionam livre e despreocupadamente. Apesar de comentarem sobre os riscos da doença, não há sinal de medo, pânico ou preocupação.

VUCO-VUCO II

Falar em camelódromo, inacreditável que a prefeitura de Natal não ofereça aos comerciantes informais da capital um espaço digno para trabalhar. O camelódromo localizado próximo à prefeitura (e também à Assembleia Legislativa) é um monstrengo que depõe contra a vocação turística da cidade. Além de colocar em risco a saúde de comerciante e consumidores.

CAUSTICANTE

Sobre Natal, necessário registrar que suas temperaturas estão cada vez mais altas. Ficar em qualquer lugar no Centro da cidade, mesmo à sombra, é experimentar um clima causticante. A capital está muio quente.

ADIAMENTO

O Encontro Estadual da Associação Nacional dos Professores de História (ANPUH), previsto para o período de 2 a 5 de junho, no campus universitário central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi adiado. De acordo com o professor Leonardo Rolim, presidente da ANPUH/RN, ainda não há uma nova data para a realização do evento.

LIVRAMENTO

Que Deus proteja a todos nós do coronavírus. E também de todos os que se aproveitam da pandemia da doença para nos explorar. Na fé, no comércio e nas informações.

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