Quem vai recuar?
No dia 24 de agosto, durante uma cantoria num sítio em Governador Dix-sept Rosado, dois ou três exaltados quiseram deixar o local do evento após os cantadores fazerem alguns versos com críticas ao presidente Bolsonaro.
Na última sexta-feira, também após tecer comentários contra o atual mandatário da nação, o cantor Nando Reis teve o palco do seu show invadido por um homem. Logo, surgiram os mais variados comentários. O principal deles, de que a pessoa queria agredir o artista. Mais tarde, como já se sabe, o homem veio a público dizer que queria apenas tirar uma foto com Nando Reis. Antes, o cantor já havia dito pelas redes sociais que não se tratava de uma tentativa de agressão, mas de um fã.
Os dois episódios mostram, à sua maneira, que é preciso recuar. Que já está mais do que na hora de reduzir ao nível que for as diferenças por essas questões políticas. A crítica deixou de ter um lado construtivo desde que o presidente conseguiu dividir o país entre os que estão com ele e os que não estão. Há tempos não há mais meio-termo nos debates no Brasil. Ou se é quente ou gelado. Não se aceita a temperatura natural. Ou se é azul ou verde. As outras cores são ignoradas. Os outros sabores são desprezados. Há exageros de parte à parte.
Mesmo que não seja um líder, Bolsonaro assumiu um posto que se exige um mínimo de liderança de quem o ocupa. E se não há nele condições que o habilitem a construir minimamente um país onde haja respeito às diferenças – e ele parece decididamente satisfeito com isso e somente disso provém seu sucesso eleitoral – é necessário que cada um de nós assuma esse papel. Não podemos permitir que morramos todos na fogueira das vaidades. Isso só beneficia quem dissemina o mal.
REVOLTA
Tem causado revolta a notícia que circula nos meios de comunicação de Mossoró de que o inquérito que apura a morte da jovem Valéria Patrícia (assassinado há cerca de três anos) será arquivado por falta de provas.
VOLTA?
É de apreensão o clima entre os estudantes da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). É que não há garantias de que as atividades voltem dia 16 de setembro, conforme estabelecido no calendário letivo da instituição. Há setores da UFERSA que paralisarão suas atividades nos próximos 15 dias caso seja mantido o contingenciamento de verbas da universidade.
CAMPANHA
Será no dia 6 de outubro a eleição para escolha dos membros dos conselhos tutelares de todo o país. Em Mossoró, são 10 vagas para preenchimento, sendo 5 pára o conselho da Trigésima Terceira Zona Eleitoral e 5 para a Trigésima Quarta Zona. Os candidatos estão em campo em busca de votos.
PIDÃO
Combater corrupção não é mesmo a praia do procurador Deltan Dalagnol. O que o rapaz gosta mesmo é de pedir dinheiro. E a gente envolvida em corrupção. Novas mensagens apontam que ele pediu dinheiro à advogada Patrícia Tendrich Pires Coelho. Suspeita de ações ilícitas, Patrícia não foi denunciada pela Lava Jato.
SERÁ?
O jornalista Luiz Carlos Azenha afirma que a sanha de Bolsonaro para controlar a Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro tem um grande objetivo: o presidente quer evitar que Adriano da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime, seja preso. Com a prisão de Adriano, ficariam claras as informações sobre quem mandou matar a vereadora Mariele Franco e o motorista Anderson Gomes. Só para lembrar: Adriano empregou a mãe e a mulher no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. Flávio Bolsonaro é aquele que ficava com parte do dinheiro dos funcionários de seu gabinete quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, época em que os parentes de Adriano eram seus funcionários.