MISSÃO ACADÊMICA

Ufersa celebra parcerias acadêmicas em Israel

“A realidade de sobrevivência no deserto tem muito a nos ensinar. A sustentabilidade ambiental é crucial para pensar o futuro do semiárido”. A opinião é da reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Ludimilla Oliveira, que participa de missão acadêmica no país de Israel entre os dias 17 e 27 de julho. A programação vai além da área das ciências agrarias, incluindo também as engenharias, ciência da computação, arquitetura e ciências sociais.

“Aqui existe uma preocupação muito grande com os estudantes que dispõem de poucos recursos. A exemplo da nossa Residência Universitária, as instituições de ensino superior disponibilizam alojamentos e alimentação, inclusive, para os estudantes estrangeiros que participam de cooperações técnicas”, afirmou a reitora.

A primeira agenda da comitiva da UFERSA foi a solenidade de entrega dos certificados aos estudantes estrangeiros que participaram do curso promovido pela Ben-Gurion University of the Neguev (BGU), num convênio internacional. Um dos contemplados foi o engenheiro de pesca recém-formado pela Ufersa Tiago Gondim, que participou de curso de férias promovido pela BGU. Tiago concorreu com 201 estudantes de 25 países.

“Foi um momento bastante importante para a Ufersa ao oportunizar para os estudantes a abertura de portas para novas experiências acadêmicas e profissionais, relacionadas as novas tecnologias e vivências com o extremo semiárido – deserto”, considerou a reitora, lembrado que se encontra em andamento um novo edital que vai possibilitar a mais estudantes vivenciar a realidade de Israel.

“Tivemos a primeira experiência, uma segunda que se encontra em andamento e muitas outras estão sendo protocoladas com as universidades do Oriente Médio. A bandeira da Ufersa chegou a Israel pela via diplomática”, salientou a reitora para ratificar a importância do Itamaraty para consolidação das parcerias.

Segundo Ludimilla Oliveira, a comitiva da universidade tem o acompanhamento da embaixada desde que desembarcou no Aeroporto de Bem Gurion, em Tel Aviv. “Trata-se de uma questão não apenas de segurança, mas de reconhecimento. Esse suporte institucional acontece de forma bilateral, tanto da Embaixada do Brasil em Israel, como da Embaixada de Israel no Brasil. Estamos numa missão oficial via o Itamaraty”, ressaltou a reitora Ludimilla, destacando o apoio recebido diretamente do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zochine, e do corpo diplomático da embaixada.

Além da reitora, integram a comitiva da Ufersa o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, professor Glauber Nunes; a chefe de gabinete, professora Claúdia Muniz; e o engenheiro agrônomo Francisco das Chagas Gonçalves, coordenador da Fazenda Experimental.

“Estamos viabilizando muitas parcerias que vão além de intercambio de estudantes, contemplando, inclusive, outras áreas do conhecimento que estão diretamente relacionadas com a questão climática com foco na sustentabilidade, no desenvolvimento e nas potencialidades locais”, exemplificou a reitora.

No Deserto do Neguev, a comitiva visitou uma produção de uvas de alta qualidade sob condições de extrema temperatura. “Acompanhamos o processo de produção, processamento e comercialização da fruta produzida em pleno deserto”, afirmou.

Ainda na Universidade de BGU, a comitiva da Ufersa se reuniu com o reitor e equipe de pesquisadores daquela instituição israelense para discutir oportunidades de intercâmbios na pós-graduação, estágios pós-doutoral e intercâmbio entre pesquisadores das duas universidades. Na ocasião, a reitora apresentou o Programa Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, iniciativa de extensão que populariza a ciência para estudantes de Ensino Fundamental e Médio em diferentes cidades do Rio Grande do Norte.

Ainda segundo a professora, a comitiva teve a oportunidade de visitar um instituto de pesquisa em Arava, localizado em uma comunidade que desenvolve trabalho semelhante à agricultura familiar nordestina. No local, as famílias envolvidas nas atividades de produção conquistaram uma excelente qualidade de vida. “Há uma preocupação com a questão climática, o meio ambiente, mas principalmente com a questão social e a valorização humana, com assistência voltada para as minorias e com a população mais vulnerável socialmente”, observou a reitora da Ufersa.

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