Ronaldo e Yasmin se posicionam contra o projeto de desmonte e privatização do SUS
Governo Federal editou decreto para privatizar UBS, recuou diante da pressão, mas já anunciou que pretende reeditá-lo
O presidente Jair Bolsonaro assinou na última terça-feira 27/10, o Decreto 10530/220, que autoriza a equipe econômica a estudar um modelo de privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Diante da repercussão negativa, Bolsonaro recuou, mas já anunciou que pretende reeditar o mencionado decreto.
Para o professor Ronaldo Garcia, servidor público, candidato a prefeito de Mossoró pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), este projeto se caracteriza como efetivo desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O SUS é um patrimônio do povo brasileiro e precisa ser defendido. Com todos seus problemas, ainda garante atenção básica a saúde para as populações carentes, nos bairros e periferias. O projeto do governo federal é fazer a iniciativa privada invadir as conquistas populares e tornar aquilo que deveria ser um direito em uma mercadoria”, afirmou Garcia.
A medida foi duramente criticada pelo Conselho Nacional de Saúde como um ataque à universalidade do direito à saúde, e como um projeto inconstitucional que visa a privatização de um direito.
Para a estudante Yasmin Dias, candidata a vice prefeita, também pelo PSOL, qualquer medida de privatização dos servições de saúde vai afetar primeiramente a população pobre e das periferias. “Normalmente quem tem mais renda busca os planos de saúde, mas não é o caso do público que vai diariamente as Unidades Básicas de Saúde para conseguir fichas e ser atendido pelas equipes de saúde nos bairros mais pobres da cidade. Precisamos de um plano para reestruturar as UBSs e contratar mais profissionais da saúde, e isto é o contrário de privatizar e restringir o acesso” – afirmou a candidata.
No programa do PSOL para Mossoró estão previstas a reestruturação e reabertura das Unidades Básicas de Saúde que estejam deterioradas ou que foram fechadas por falta de recursos públicos ou de pessoal. É o caso, por exemplo, da UBS do CAIC do Belo Horizonte.