Prefeituras recebem recursos, mas ignoram direitos dos servidores
Prefeitas de Santana do Matos e Baraúnas se recusam a cumprir a lei do piso, mesmo tendo recebido recursos do governo federal
Com queda na arredação por conta da crise financeira causada pela pandemia da Covid-19, muitas prefeituras viram no socorro financeiro a ser oferecido pelo Governo Federal uma chance para equilibrar as finanças e honrar compromissos c om servidores e fornecedores.
Parece que não passava de balela a história de honrar compromissos. Pelo menos com servidores. É o que aconteceu, por exemplo, com as prefeituras de Santana do Matos e Baraúna. Ambas receberam uma boa quantia do governo federal e seguem sem cumprir com suas promessas.
A prefeita de Santana do Matos, Maria Alice Silva (PSD) enviou ofício ao sindicato dos servidores na última sexta-feira, 19/6, em que afirma que não tem como pagar a correção salarial do piso do magistério, em vigor em todo o país desde 1º de janeiro. Mesmo tendo recebido R$ 592.303,30 do Governo Federal, a prefeita firmou que “o município não conta dom disponibilidade financeira necessária para arcar com a implantação do piso nacional do magistério para os professores da rede municipal”.
Já a prefeita de Baraúna, Lúcia Nascimento (PL) sequer responde aos servidores. A prefeitura recebeu mais de R$ 1 milhão de ajuda federal, e mesmo assim diversas demandas dos trabalhadores seguem ignoradas, tais como reajuste do piso, reajuste do plano geral (dos demais servidores), mudanças de letras e níveis. Lúcia Nascimento propôs pagar 5% de correção (bem abaixo dos 12,84% definidos por lei) e mesmo assim não cumpre com o que prometeu.