Minha Opinião

Precisamos de um Congresso com cheiro do povo 

A derrota do voto impresso não quer dizer muita coisa diante da catástrofe do governo bolsonaro (continua com “b” minúsculo) para a classe trabalhadora, que assiste a tudo sem reagir, como se acreditasse que as mudanças que estão ocorrendo realmente lhe beneficiassem. Seu programa de governo em consonância com os interesses do capital privado continua de vento em popa sendo aprovado pelo Congresso.

Me lembro que em tempos atrás quando surgiam candidatos empresários e aqui não preciso citar nomes, escutava muito as pessoas dizerem que votariam em empresários, pois os mesmos não precisavam da política nem viviam da politica e, por ter esse perfil estariam lá no Congresso – Senado e Câmara -, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores com compromisso voltado para beneficiar a população, ao contrário de candidatos de sua mesma classe social ou seja, trabalhador(a) que só queriam chegar “lá” para se beneficiar.

Esquisito essa postura, mas não estranho, pois os resultados das eleições continuam provando que grande parte da classe trabalhadora continua acreditando que seus pares não o representam, quem os representam são seus patrões, seus algozes. É como entregar o galinheiro aos cuidados da raposa ou não é verdade que o prato predileto da raposa é a galinha?

Vejamos alguns dados extraído da Agência Brasil , a partir de fontes do DIAP sobre a representação na Câmara Federal, “Dois terços dos 513 deputados federias eleitos e reeleitos nas últimas eleições são empresários e profissionais liberais […] conforme o levantamento, 133 eleitos se declararam empresários, porém há 14 produtores do setor do agronegócio e sete comerciantes”. Ainda podemos acrescentar de acordo com a mesma agência de notícia que, “Segundo o Diap, esse grupo tende a ser maior, porque “um advogado, dono de um grande escritório de advocacia, embora possa viver dos dividendos de seu negócio, prefere se apresentar como profissional liberal do que como empresário”.

Um Congresso desse não representa a classe trabalhadora e o exemplo está aí, todas as propostas de reformas, retiradas de direitos e privatizações para atender aos interesses da classe empresarial. A representação da classe trabalhadora não tem força nem número suficiente enfrentar essas bancadas que são numerosas e poderosas.

Enquanto trabalhador(a) não votar em trabalhador(a) atuante, militante e comprovadamente comprometido com as causas sociais, por que o “comprovadamente”? porque, nem todo(a) trabalhador(a) atuante e militante é comprovadamente defensor das causas sociais, o exemplo disso é a pelegada que se traveste de trabalhador(a) mas que na verdade está ali a serviço do patronato, não teremos uma sociedade que garanta ao povo uma verdadeira inclusão social.

A elite empresarial só vê o povo como massa de manobra ou mão-de-obra barata para ser explorada, sugada e jogada fora igual a bagaço de laranja, que apesar de rico em fibras é jogado fora como lixo. Assim é a classe trabalhadora na visão dos representantes da Paulista. O povo tem que ocupar as cadeiras do Congresso, cada gabinete tem que ter o cheiro do povo, as vestes do povo.

Quando a classe trabalhadora irá aprender quem são seus verdadeiros representantes?

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