Pânico de uns, pesadelo de todos

Tão tétrico quanto assustador. Tão deplorável quanto inominável. Tão pavoroso quanto desnecessário. Assim foi o gesto do reitor pró tempore do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), professor Josué Moreira, de chamar as polícias (militar e federal) para reprimir, de forma violenta, uma manifestação pacífica.

O dantesco, desarrazoado e perigoso episódio se deu ontem, com cenas para manchar a já arruinada imagem de Josué como gestor (?) do IFRN. Aliás, suas ações à frente da Reitoria da instituição provam, de maneira inequívoca que a pecha de interventor lhe cai bem. E ele parece muito confortável com ela. Josué age como um déspota, sem nenhum esclarecimento. Como um absolutista, sem entender absolutamente nada. De educação ou gestão.

Cinco viaturas das policias (militar e federal) irromperam o pátio do IFRN em Natal com seus ocupantes descendo como que para uma verdadeira operação de guerra, tomando celulares, intimando, ameaçando agarrando, empurrando, machucando alunos que a única coisa que faziam eram dar lição de cidadania. Inclusive para seus algozes.

Serenos, mas duros; impetuosos, mas comedidos; atentos, mas assustados, os estudantes assistiam à correria dos policiais contra seus colegas, enquanto buscavam proteção. Mais despreparada que a atuação dos policiais só mesmo a gestão (?) de Josué Moreira.

O ocorrido no IFRN é só uma demonstração de como o Governo Federal atual pretende que seja o cotidiano nas instituições federais de ensino superior: um cenário de pânico para muitos. E um pesadelo para todos. Nunca 2020 foi tão fiel a 1964. Pelo menos para quem deseja lutar pelo conhecimento

CRIATURA DESPREZÍVEL

Para desviar o foco das investigações sobre os crimes de sua família, o presidente Bolsonaro segue encantando idiotas com piadas de duplo sentido e nenhuma graça.

RESPONSABILIDADE DO JUDICIÁRIO

Caso a situação se agudize ainda mais no IFRN (o que provavelmente ocorrerá) parte de suas consequências poderá ser atribuída ao Judiciário. Inacreditável que numa situação tão sensível haja tanta demora da Justiça para decidir sobre algo que não é tão complexo.

SEGUNDA VIA

Ora, o IFRN teve quatro candidatos concorrendo nas últimas eleições e se há alguma pendência contra o vencedor da disputa, que o deixe no cargo de forma provisória até que a questão seja resolvida e, se ao final do processo se decida que ele não pode continuar à frente da Reitoria, que se nomeie o segundo colocado.

TENENTE LAURENTINO

Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado precisam lançar seu olhar para a prefeitura de Tenente Laurentino Cruz. Tem muita coisa da gestão da prefeita Sueleide Araújo (PSDB) que precisa ser melhor esclarecida para a população.

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