Covid

Pacientes de 71% dos municípios potiguares fizeram uso de remédio sem eficácia

Uso de cloroquina e ivermectina traz problemas ao corpo e tem contribuído para colapsar sistemas de saúde

A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio grande do Norte (Sesap/RN) recebeu, nos últimos 14 dias, pedidos de internação de pacientes contaminados pelo novo coronavírus de 140 municípios potiguares diferentes.

Desses, de acordo com levantamento do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pelo menos um paciente de 100 desses municípios fizeram uso de medicamento sem eficácia para o tratamento precoce da Covid. Em nada menos que 71,4% das cidades, as pessoas tomaram remédios não recomendados, exatamente por não terem eficácia.

A informação foi apresentada hoje pelo coordenador do LAIS/UFRN, professor Ricardo Valentim. Ele aponta que esse dado reforça que não há medicamento profilático contra a doença até agora. “A única forma de prevenção é a vacina”, garante.

O uso de cloroquina e ivermectina contra a Covid, além de trazer outrs problemas para a saúde, sobretudo hepáticos, pode estar contribuindo para o aumento no número de internações e para elevar a taxa de mortes pela doença.

Em Natal, cujo prefeito Álvaro Dias (PSDB) recomenda o uso desses medicamentos, o sistema de saúde foi o primeiro a colapsar no Rio Grande do Norte. Além disso, a capital tem o maior índice de letalidade por Covid no país. Natal tem taxa de 1.669 mortos por Covid a cada grupo de um milhão de pessoas. A média nacional é de 1.268 mortes a cada milhão de habitantes.

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