CRÔNICA

OUTRAS COPAS 2

Outras Copas podem ser relembradas, também, através de organização e regras que mudaram aqui e ali. Mudanças restritas à competição ou interessando ao futebol em geral, até campeonato de várzea.

Alteração relevante ocorreu com o número de seleções na Copa. A primeira contou com apenas 13. No início da série atual eram 16. Passou para 24 e chegou aos atuais 32 países. Outra regra importante foi a substituição de atletas durante a partida. Até 1972 nenhuma era permitida. Por isso, Pelé sofreu grave lesão muscular no início do segundo jogo, contra a então Checoslováquia, e permaneceu em campo, apenas andando até o final da que seria sua última partida naquela Copa. Em 1970 dois jogadores puderam ser trocados durante a disputa, por opção do técnico ou outra razão. Outra mudança de destaque foi quanto ao direito da seleção vencedora sobre a taça. A primeira taça disputada, chamada Jules Rimet em homenagem a um dos primeiros presidentes da FIFA, seria posse definitiva da primeira seleção a vencer a competição por três vezes. O Brasil alcançou esse feito em 1970, tornou-se dono do troféu e o final da história já é conhecido. Hoje, a taça apenas muda de país a cada quatro anos.

Outras normas seriam adotadas para o futebol em geral. Como os cartões (amarelo e vermelho), criados na Copa, após confusão envolvendo árbitro e jogadores falando idiomas diferentes. Antes, advertências eram feitas apenas verbalmente e a expulsão do jogador durante o jogo ocorria quando o árbitro entendesse que havia motivo suficiente ou já tivesse de “saco cheio” com o distinto atleta. A ordem de expulsão era dada com um apito forte e um pouco mais longo e completada pelo gesto do braço estendido em anglo reto com o tronco, dedo indicador em riste apontando para a lateral do campo por onde se dava a saída dos jogadores. O conhecido árbitro brasileiro Armando Marques costumava acentuar o gestual nesses casos empertigando a coluna e levantando o nariz, uma forma de não deixar dúvidas sobre quem mandava no Distrito.

Regras como o goleiro não poder pegar com as mãos a bola “atrasada” pelo companheiro de clube não existiram sempre e foram acrescentadas nos últimos anos. Assim como a suspensão automática por um jogo após expulsão ou sequência de três cartões amarelos. A última grande mudança foi a introdução do árbitro assistente de vídeo, o VAR da sigla em inglês Video Assistant Referee, que trouxe algumas vantagens e um punhado de chatices para as discussões do “velho futebol”.

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