O Judiciário precisa se unir; Legislativo deve agir

Retomar reiteradas vezes um tema pode se tornar um pouco chato. Tanto para quem escreve e – talvez – e principalmente para quem lê. Mas existem situações em que é necessário chutar a chatice para escanteio e enfrentar, de forma repetida até, certos assuntos.

A situação política brasileira atual é uma dessas questões, sobretudo porque precisamos estar cada vez mais atentos ao que está acontecendo, se informar sobre o que está ocorrendo e tentar – no caso atual em especial – buscar meios de contribuir para evitar que o pior aconteça, ou minimizar os efeitos se ele acontecer.

Nos reportamos, como talvez já seja possível perceber, aos arroubos ditatoriais do presidente Bolsonaro, potencializados pela atuação – correta e inadiável – do Supremo Tribunal Federal (STF) no que diz respeito às ações perpetradas para desestabilizar – e quiçá acabar – com o império das fake news que mantém de pé todo o desgoverno Bolsonaro.

Nossa preocupação de hoje não se refere tanto ao que Bolsonaro é capaz de fazer. Todos já o sabemos. Ele irá às últimas consequências para se consagrar ditador. Mas pior que isso, é perceber o quanto as demais instituições tem deixado o STF sozinho para frear a sanha despótica bolsonarista. As insossas notas de repúdio são nada para Bolsonaro. Se ele não tem compostura para liderar uma reunião ministerial do seu próprio governo vociferando palavrões no atacado – jamais se sentira incomodado com palavras.

É passada a hora de o Legislativo, dentro de suas atribuições constitucionais de freio e contrapeso, exercer o papel que lhe cabe, enquadrando o presidente legalmente. O Congresso Nacional precisa agir.

Ao Judiciário cabe demonstrar união. Os demais órgãos da Justiça precisam mostrar seu apoio ao STF, afinal de contas são também parte dele. As associações de magistrados e sindicatos de serventuários estão silentes, vendo o circo pegar fogo na doce ilusão de que não irão se queimar. Legislativo e Judiciário necessitam deixar claro a Bolsonaro que ele só comanda – e mal – o Executivo. Ou fazem isso já ou será tarde demais.

PROBLEMAS À VISTA

Promete causar incômodo – e mais alguns problemas – à prefeita Rosalba Ciarlini a CPI da Arena das Dunas. O ex-senador José Agripino é outro que poderá ser atingido. O presidente da comissão é o deputado estadual Coronel Azevedo.

CLOROQUINA A PRAZO

Falar em Rosalba, é pensar o quanto é curioso para uma médica como ela querer adotar um medicamento para tratamento da Covid-19 quando a comunidade médica, nacional e internacional, tem restrições e em alguns casos até refutam o uso dessa medicação. A coincidência é que ao mesmo tempo em que apela para um remédio desaconselhado mundialmente, Rosalba se negue a adotar as medidas mais corretas, como um isolamento social rígido e com fiscalização.

COVID-19 AVANÇA

Está cada vez mais difícil pensar em voltar a uma “nova normalidade” pós-covid-19. Por uma razão muio simples: uma grande parte da população se nega a permanecer a ficar em casa. E haja proliferação da doença. Junho está batendo à porta e nenhum sinal de que os casos irão diminuir. Lamentável.

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